NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

A notícia da semana em Phoenix: a corte federal que julgava o caso de falência do Phoenix Coyotes aprovou a compra da franquia pela NHL.

A liga pretende concluir a compra o mais rápido possível para assumir total controle das operações dos Coyotes, enquanto procura por um comprador que esteja interessado em adquirir a franquia com o compromisso de mantê-la na área de Glendale por longo tempo.

Em seu comunicado oficial, a NHL agradeceu aos torcedores dos Coyotes pelo "apoio contínuo". Apoio? Com menos de 10 mil torcedores em média por jogo?

O público dos quatro últimos jogos dos Coyotes em casa: 11.938 (22 de outubro, contra o Detroit), 7.968 (24 de outubro, contra o Los Angeles), 6.495 (31 de outubro, contra o Anaheim) e 5.855 (2 de novembro, contra o Los Angeles). Neste último jogo foi estabelecido o recorde de menor público na história do time, que perdurava desde... dois dias antes.

Há várias razões para o número patético de torcedores nestes jogos e Jim Balsillie tem alguma culpa nisso. Os meses de incerteza sobre a permanência da franquia em Phoenix afastou os torcedores regulares, que na temporada passada compraram 11 mil ingressos em média por jogo, além dos outros 3 mil ingressos distribuídos gratuitamente pela gerência.

Apesar da promessa da NHL de manter o time em Glendale, ainda é muito provável que o time se mude. Em dezembro, na reunião do manda-chuva da liga com seus pares, a pressão será muito grande e Gary Bettman não conseguirá responder com "está tudo bem" a todos os questionamentos de proprietários de equipes, que estão perdendo dinheiro enquanto o comissário procura um salvador.

No fundo, ninguém fora de Phoenix tem interesse no time, a menos que ele esteja se mudando. A novela de sua venda gerou o interesse dos canadenses, que vislumbraram a sétima franquia no país em um momento de frevor patriótico.

Com o fim da novela, os Coyotes voltam a ser ignorados, exceto, é claro, pela ótima campanha da equipe. Dentro do gelo as coisas estão indo muito bem.
Eric Staal é um dos jogadores de maior durabilidade da NHL. Nas últimas quatro temporadas, Staal disputou todos os 82 jogos, numa sequência que já durava 349 partidas consecutivas, contando o começo de 2009-10 e o fim de 2003-04, ano de sua estreia pelo Carolina Hurricanes.

Mas a sequência chegou ao fim no jogo de quarta-feira contra o Florida Panthers.

Staal deve retornar em uma ou duas semanas, o suficiente para implodir a incrível marca de apenas um jogo perdido em seis temporadas na NHL.

Por coincidência (ou não), Staal faz a pior campanha de sua carreira, com três gols e cinco pontos em 13 jogos — com exceção, claro, ao ano de estreia.
Aos 47 anos, depois de 25 temporadas na NHL, Chris Chelios ainda tem força e motivação para continuar jogando hóquei no gelo. E pelos números, o defensor ainda mantém o alto nível.

Em cinco jogos com o Chicago Wolves na AHL, Chelios marcou um gol e cinco pontos, com saldo +7 (quesito em que lidera o time).

Os Wolves são afiliados do Atlanta Thrashers. Será que algum time da NHL vai dar uma nova chance a Chelios se ele continuar jogando assim?

Christian Petersen/Getty Images
"Novamente poderosos?"
Sim, porque os Ducks só foram Mighty quando eram uma franquia inexpressiva e com raras aparições nos playoffs, embora as últimas duas tenham sido bem-sucedidas, alcançando uma decisão de Copa Stanley e uma final de conferência, desta vez já com o time sob propriedade de Henry e Susan Samueli. Mas, sem exageros, desde o título de 2007 o Anaheim vem lembrando os velhos tempos da Disney. A campanha lembra um pouco a da temporada passada, quando os Ducks começaram com resultados ruins e acabaram indo à pós-temporada em oitavo lugar no Oeste e desempenhado grande papel. Mas a gerência do time de Anaheim não pode acreditar que esse tipo de situação se repete todo ano, principalmente quando rivais como Los Angeles Kings e Phoenix Coyotes vêm superando expectativas e brigando por vaga nos playoffs. Neste ritmo, a foto acima pode se repetir em abril, representando a eliminação dos Ducks ao final da temporada regular — e até mesmo uma escolha de número um no próximo recrutamento.
(31/10/2009)

O dono desta seção, Peter Forsberg, estaria a caminho de assinar com o AK Bars Kazan, time da República do Tartaristão que disputa a KHL.

De acordo com reportagens publicadas na Suécia e na Eslováquia, os representantes da equipe já ofereceram contrato a Forsberg, que vai disputar a Karjala Cup pela seleção de seu país no fim de semana.

O jogador já disse ao seu ex-treinador no MoDo Hockey que tinha 95% de certeza de não retornar ao time. Assim, as opções para a continuidade da carreira do central se resumem à NHL e à KHL, caso ele leve adiante o desejo de disputar as Olimpíadas de 2010.

Entre os interessados em Forsberg estão Colorado Avalanche, Philadelphia Flyers, Montreal Canadiens e Washington Capitals.
Para o mau gosto não há limite. O Bakersfield Condors, time da ECHL, decidiu homenagear o rei do pop, Michael Jackson, na semana passada.

Na partida contra o Utah Grizzlies, a equipe utilizou um uniforme especial, desenhado para a ocasião, em que o condor, pássado que dá nome ao time, aparece usando o chapéu que Michael eternizou. Outros detalhes são os números em dourado nos ombros, irreconhecíveis, e os suspensórios — sim, suspensórios numa camisa de hóquei no gelo.

Além do uniforme, os jogadores utilizaram uma luva branca, assim como o cantor fazia. E qualquer torcedor chamado Michael Jackson ou Billie Jean entrou de graça no jogo.

Os Condors perderam o jogo, é claro.
Não foi apenas nesta pequena liga de hóquei no gelo que Michael Jackson "apareceu".

Graças a Jeff Marek (Hockey Night in Canada) e ao blog Puck Daddy (leitura recomendada), caiu na rede o show de Matti Höylä, o goleiro finlandês que se empolgou ao fim de um jogo e dançou Thriller no meio do gelo — com direito a moonwalk.

O repertório de Höylä inclui também uma pescaria no rinque em outra ocasião.

Uma pena que Höylä, de 31 anos, goleiro de segunda e terceira divisão na Europa, nunca demonstrará suas habilidades na NHL.
Bruce Bennett/Getty Images
Henrik Lundqvist, meu filho, acho que você está procurando o disco do lado errado.
(28/10/2009)
Bruce Bennett/Getty Images
Eu avisei! Tarde demais agora! Burro!
(28/10/2009)
AP
O Fortaleza marca mais um gol na luta contra o rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro.
(31/10/2009)
Bruce Bennett/Getty Images
Dustin Penner, criador de uma tática defensiva imbatível: cócegas. É o fim dos intimidadores na NHL!
(02/11/2009)
Abelimages/Getty Images
Trocou o Boston pelo Toronto? Rá! Acabou de conseguir uma bela dor de cabeça, Phil Kessel!
(03/11/2009)
IceThetics
Peraí! Para tudo! Um uniforme de hóquei em homenagem ao terninho xadrez do Don Cherry? Patos me mordam! O que pode ser pior que isso?
IceThetics
Um uniforme em homenagem ao Michael Jackson? Chega! Exagerei no uísque. Até semana que vem.
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Página publicada em 4 de novembro de 2009.