JOGO 2
Carolina 5-0 Edmonton

GOLAÇO
Cory Stillman marcou o gol mais bonito da noite (Elsa/Getty Images - 07/06/2006)

POBRE, MARKKANEN
Lançado às feras em plenas finais de Copa Stanley, sem jogar há três meses (Grant Halverson/Getty Images - 07/06/2006)

GOL LEGAL?
Doug Weight empurra o disco para o gol com o próprio patim, mas os juízes validaram (Grant Halverson/Getty Images - 07/06/2006)

07/06/2006
Edmonton 0 0 0 0
Carolina 1 2 2 5
PRIMEIRO PERÍODO — Gols: 1.Carolina, Andrew Ladd 2 (Eric Staal, Frantisek Kaberle), 6:21. Penalidades: C Adams, CAR (interference), 3:26; C Pronger, EDM (hooking), 11:13; C Stillman, CAR (goalie interference), 12:47; R Whitney, CAR (hooking), 18:46.
SEGUNDO PERÍODO — Gols: 2.Carolina, Frantisek Kaberle 3 (VN) (Ray Whitney, Matt Cullen), 10:28. 3.Carolina, Cory Stillman 8 (Niclas Wallin, Justin Williams), 19:57. Penalidades: M Greene, EDM (cross checking), 5:34; J Smith, EDM (roughing), 6:20; R Torres, EDM (interference), 8:52; A Ward, CAR (holding), 11:23; S Horcoff, EDM (interference), 14:20.
TERCEIRO PERÍODO — Gols: 4.Carolina, Doug Weight 3 (VN) (Mark Recchi, Matt Cullen), 2:21; 5.Carolina, Mark Recchi 6 (VN) (Frantisek Kaberle, Matt Cullen), 4:12. Penalidades: S Samsonov, EDM (goalie interference), 1:31; E Moreau, EDM (roughing), 2:47; R Smyth, EDM (high sticking), 5:01; C Adams, CAR (cross checking), 8:33; G Laraque, EDM (tripping), 11:14; G Wesley, CAR (holding), 14:12; G Laraque, EDM (major boarding, misconduct), 16:44; G Wesley, CAR (holding), 19:19.
CHUTES A GOL
Edmonton 6 10 9 25
Carolina 8 10 8 26
Vantagem numérica: EDM – 0 de 6; CAR – 3 de 10. Goleiros: Edmonton – Jussi Markkanen (26 chutes, 21 defesas). Carolina, Cam Ward (25, 25). Público: 18.928. Árbitros: Greg Devorski, Jay Sharrers.
Se a série será uma varrida, é o que vamos ver. Mas o jogo 2 foi uma verdadeira vassourada do Carolina Hurricanes em cima do Edmonton Oilers. Chegou a lembrar um pouco do jogo 2 das finais de 1996, entre Colorado Avalanche e Florida Panthers (só um pouco, claro, as diferenças são gritantes).

Ontem os Hurricanes estavam melhores. Não tanto, mas ainda assim, melhores que na maior parte do jogo 1. Digamos, iguais aos Hurricanes do terceiro período do jogo 1. Já os Oilers estavam bem abaixo. É difícil culpar apenas a contusão de Dwayne Roloson, afinal o time sequer conseguiu marcar um gol. Porém, a contusão do goleiro, que vinha sendo um dos grandes motivos dessa empreitada do time canadense a final, pode ter sido um daqueles pontos de ruptura que fazem ruir um conjunto de coisas que estava dando certo. Pode ser.

Ainda tem dois jogos pela frente e a expectativa é de que os Oilers reequilibrem as coisas. O último time a perder as duas partidas iniciais, fora de casa, e virar a série foi o Montreal Canadiens de 1971. Faz tempo, mas para os Oilers isso não é nada implausível. Lembrem-se, esse time saiu perdendo de 0-2 a série contra o San Jose Sharks, apenas para ganhar as quatro partidas seguintes e virar para 4-2. Lembrem-se de que se há um time que está aqui majoritariamente pela raça com que joga, conhecido por jamais se entregar, esse é o Edmonton Oilers.

Para isso é fundamental que o time não perca a cabeça como perdeu no jogo 2. Um número excessivo de vantagens numéricas concedidas aos Hurricanes foi fatal, resultando em três gols nessa situação, dois deles no terceiro período, num momento em que os Oilers não podiam mais levar gols. Até mesmo um 5-contra-3 foi concedido — ainda que brilhantemente defendido por Chris Pronger e Jaroslav Spacek, impedindo que os Canes marcassem.

Escalar Jussi Markkanen no lugar de Ty Conklin já foi um mau sinal inicial, indicativo de que a falha de Conklin no jogo 1 estava sendo levada em conta — ainda que a decisão tivesse advindo de treinamentos. O fato é que os Oilers não perderam por causa de Markannen — embora ele estivesse sem atuar desde o dia 1.º de março. Possivelmente a estrela de Roloson teria feito parar alguns daqueles cinco gols, e possivelmente, com isso, a equipe teria conseguido momentum para marcar alguns gols. Sabe-se lá.

Do outro lado o novato Cam Ward manteve sua fase formidável, com algumas belas defesas e ainda anotou seu primeiro shutout em plenas finais de Copa Stanley.

Vale destacar ainda o golaço de Cory Stillman, que deu um passe para si mesmo, lançando o disco de um lado ao outro do gol, dando a volta por trás da baliza e pegando o disco do outro lado para meter para dentro da rede.

E o gol de Doug Weight? Até onde eu tenha visto — e a OLN repetiu o lance algumas vezes, de diferentes ângulos — foi claramente ilegal, com o disco sendo chutado por ele com o patim pra dentro do gol. Não consegui ver, em momento algum, o disco batendo no taco dele. Até onde eu saiba isso invalida o gol, mas os juizes validaram. Vai entender...

Enfim, não foi uma vitória de sorte, muito longe disso. O Carolina foi superior do minuto inicial ao final. Dominou o jogo, teve paciência para ir marcando os gols, soube se defender, bloqueou chutes quando preciso, colocou seus cinco jogadores quase dentro da própria área quando necessário, capitalizou nas vantagens numéricas e matou as penalidades cometidas. Fez tudo certinho.

Ah, sim! Nosso grande Rod Brind'Amour venceu alguns face-offs importantes e foi o líder de sempre, mas dessa vez nem precisou se destacar para o time vencer. O conjunto do time já foi suficiente.

A torcida agora é por um ainda melhor e mais disputado hóquei, ou seja, para que os próximos jogos não sejam esse passeio que foi dos Hurricanes no jogo 2.



Marcelo Constantino manda um abraço de agradecimento ao leitor Bruno, que nos deu a dica de assistir às finais ao vivo pela Internet.
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Página publicada em 8 de junho de 2006.