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Detroit x Vancouver (4-2)
-- Após vencer os dois jogos iniciais da série na casa do adversário,
os Canucks receberam os Red Wings em uma atmosfera de euforia não vista
desde os playoffs de 1994. Toda a pressão do mundo nos ombros de Dominik
Hasek, que sofrera nove gols nos dois jogos até então disputados. Para
a felicidade geral dos fans dos Wings, o técnico Scotty Bowman
viu que com Krupp no gelo a equipe joga com um a menos; sem o alemão a
tarefa ficou menos difícil. O primeiro período foi amplamente dominado
pelo Detroit, que deu 14 chutes, contra apenas 4 da equipe canadense.
Mas o aproveitamento dos chutes foi fraco e apenas Steve Yzerman conseguiu
vazar Dan Cloutier. A segunda etapa foi mais equilibrada e Todd Bertuzzi
empatou o jogo, com menos de cinco minutos jogados, em situação de vantagem
numérica. Com 25 segundos para o fim do período, o lance que mudou o rumos
da série: o defensor Nicklas Lidstrom carregou o disco de sua própria
zona defensiva e, antes da linha vermelha, mandou um chute não muito perigoso,
que Dan Cloutier aceitou (após esse gol Cloutier defendeu apenas 23 de
33 tacadas que teve contra seu gol, o que dá uma porcentagem de defesas
de .697). A partir daquele momento, a máquina vermelha engrenou, Hasek
voltou a dominar e Cloutier viu sua carruagem virar abóbora novamente.
Brendan Shanahan marcou na terceira etapa seu primeiro gol na série e
Hasek defendeu uma penalidade máxima cobrada por Todd Bertuzzi. No final,
a vitória de 3-1 quebrou a sequencia de seis derrotas dos Wings em jogos
de pós-temporada. No jogo 4, mais uma gloriosa noite na carreira
de Steve Yzerman, que, mesmo com dores no joelho, guiou o Detroit a uma
importante vitória de 4-2 sobre os Canucks em Vancouver. Jiri Fischer
marcou o primeiro gol do jogo e Chris Chelios ampliou a vantagem, ainda
no primeiro período, com um gol em vantagem numérica. O segundo período
foi do Vancouver, que empatou a partida, com gols de Mattias Ohlund e
Matt Cooke. Yzerman, que já havia contribuído com assistência no gol de
Chelios, marcou logo no inicio do terceiro período o gol da vitória. Foi
o ponto de número 159 do capitão em jogos de playoffs, ultrapassando Gordie
Howe como maior artilheiro da equipe em jogos de pós-temporada.
Kris Draper ainda marcou com a rede vazia e a série voltou para Detroit
empatada em 2-2. No final da partida, o treinador dos Canucks, Marc Crawford,
sugeriu ao juiz de linha Randy Mitton que se aposentasse, porque estava
velho demais para a NHL. Lamentável. O Detroit só precisou do primeiro
período do jogo 5 para virar a série. Sergei Fedorov participou de três
dos quatro gols dos Wings no jogo (dois gols e uma assistência), Brett
Hull marcou seus primeiros pontos na série e Hasek obteve seu sétimo shutout
em playoffs na carreira. Os Canucks tiveram quatro situações de vantagem
numérica seguidas na partida, mas, além de desperdiçarem todas, levaram
um gol de desvantagem numérica, cortesia de Mathieu Dandenault.
Após o terceiro gol sofrido em nove chutes, Crawford substituiu Cloutier
pelo reserva Peter Skudra. Após a partida, mais choradeira por parte dos
Canucks: desta vez foi o gerente geral Brian Burke, que reclamou de um
suposto favorecimento arbitral a favor do Detroit. Perguntado se gostaria
de comentar sobre a seqüência de vantagens numéricas de sua
equipe no primeiro período, Burke respondeu: "Não". O jogo 6 da série
era de vida ou morte para os donos da casa, que, mais uma vez, contaram
com o apoio maciço de seus torcedores, que lotaram a GM Place. A partida,
que começou fácil, com dois gols do Detroit (Thomas Holmstrom e Igor Larionov)
em menos de cinco minutos de jogo (Cloutier foi substituído após os dois
gols que levou, tendo defendido apenas um chute na partida), ganhou ares
de dramaticidade com dois gols em menos de um minuto do Vancouver (Ed
Jovanovski e Henrik Sedin), ainda no primeiro período. No segundo período,
o Detroit marcou dois gols em desvantagem numérica, resultados de uma
mesma penalidade (cometida por Steve Duchesne). Primeiro com Lidstrom
e depois com Hull. O "golden" Brett não ficou só nisso: um gol em vantagem
numérica no segundo período e outro já no final da partida garantiram
ao veterano seu primeiro hat trick em playoffs. No último período, Henrik
Sedin e Cooke diminuíram para os Canucks, mas não foi o bastante para
manter a equipe viva na briga pela Stanley Cup. Com a partida já encerrada,
os jogadores dos Canucks foram ovacionados pelo publico presente, em reconhecimento
ao esforço feito pela equipe nos últimos meses da temporada regular e
das duas vitórias sobre o poderoso Detroit Red Wings na série. Já a equipe
norte-americana espera agora seu adversário na segunda fase dos playoffs
(Los Angeles Kings ou St. Louis Blues). Colorado x Los Angeles (3-3) -- No terceiro encontro, a linha de Ziggy Palffy e Jason Allison acabou com o Colorado, marcando todos os três gols na vitória de 3-1 para os Kings. Os Avs pressionaram como puderam, disparando 31 chutes a gol, contra apenas 18, mas Felix Potvin estava inspirado e garantiu a vitória. Gols com menos de um minuto de jogo no primeiro e segundo períodos deram a vantagem por duas vezes aos Kings, que jogou a partida na famosa situação de matar ou morrer. No jogo 4, os Avs aprenderam a lição e anularam a linha de Palffy e Allison, permitindo-lhes apenas um chute a gol. Patrick Roy voltou a ser Patrick Roy e fechou o gol para garantir a magérrima vitória por 1-0, com um gol de Steven Reinprecht no segundo período. Os times seguiram para a quinta partida com os Kings sob ameaça de eliminação. Para isso, precisavam, mais uma vez, empreender o esforço hercúleo de tentar eliminar o poderio ofensivo de Joe Sakic e Peter Forsberg, enquanto os Avs mantinham a estratégia de eliminar a única linha produtiva do Los Angeles. Em mais um jogo apertado, a linha de Palffy acabou levando a melhor, marcando o gol da vitória de 1-0 na prorrogação, desta vez com Craig Johnson. A pressão dos Avs foi grande nos períodos iniciais, mas Potvin estava novamente em grande noite. Jogo 6, vida ou morte novamente para os Kings e Forsberg vetado com uma contusão na perna. Sem o sueco, ficou mais fácil para o LA, que venceu por 3-1 e roubou o momento da série. Nem mesmo foi necessário se apoiar na linha principal, já que, além de Allison, o time da Califórnia marcou com Bryan Smolinsky e Chartrand em apenas 20 chutes ao gol de Roy. Seguramente a série mais emocionante da Conferência Oeste, Kings e Avs seguem novamente para o derradeiro jogo 7. San Jose x Phoenix (4-1) -- Com a série empatada em 1-1, surpresa para muitos, os Coyotes vieram com tudo para cima dos Sharks no jogo 3. Não era para menos, pois tinham roubado a vantagem de mando do gelo. Shane Doan abriu o placar para o time da casa a 1:06, no primeiro chute contra Evgeni Nabokov. Só isso já poderia ser suficiente para definir a partida, ainda mais com as recente boas atuações do goleiro Sean Burke. O problema é que Burke não é invencível, mas Nabokov passou a ser, parando os outros 35 chutes contra seu gol. Mike Ricci, Scott Thornton (no segundo período), Patrick Marleau e Adam Graves (no terceiro) viraram o jogo, dando números finais de 4-1 e revertendo novamente o mando do gelo. Burke terminou com 31 defesas, sendo 16 no terceiro período. Os times especiais continuavam sendo um desastre para ambos os times, mas Mike Rathje reviveu a vantagem numérica dos Sharks no jogo 4, com o gol da vitória, encerrando uma seqüência de 20 tentativas sem sucesso seguidas. Mike Ricci fez o outro gol da vitória por 2-1, enquanto Radoslav Suchy descontou para os Yotes. Nabokov teve outra grande noite, com 29 defesas, enquanto Burke parou 22 chutes do outro lado, o que significa que o Phoenix até criou, mas não conseguiu converter suas chances. Com a eliminação em jogo, a série voltou para San Jose e os Sharks não perderam a oportunidade: pela primeira vez venceram uma série em menos de sete jogos, com a vitória por 4-1 no jogo e na série. Enquanto Nabokov continuou carregando seu time nas costas, desta vez com 22 defesas, Burke desmoronou de vez, defendendo apenas 15 chutes. Os gols foram marcados por Marleau, Graves, Vincent Damphousse e Marco Sturm. O único gol do Phoenix veio em uma penalidade máxima convertida por Mike Johnson depois que Nabokov jogou seu taco para impedir uma chance de gol. Foi a décima eliminação seguida na primeira fase por parte dos Coyotes (a última vitória foi em 1987, quando ainda estavam em Winnipeg), que marcaram apenas sete gols na série. St. Louis x Chicago (4-1) -- Depois de dividirem os dois primeiros jogos disputados em St. Louis, Blackhawks e Blues viajaram para Chicago para disputar o terceiro jogo da série no United Center, o primeiro jogo de playoff realizado em Chicago em cinco anos. Infelizmente para os fans de Chicago, a espera acabou não sendo recompensada. Assim como no jogo 2, a defesa dos Blues simplesmente anulou as opções ofensivas do Chicago e, pela segunda vez consecutiva, Brent Johnson saiu do gelo com mais um shutout, desta vez com os Blues massacrando os Hawks por 4-0. Com um gol de Jamal Mayers a 1:48 de jogo, a torcida silenciou-se, como se pressentindo a má fortuna dos Hawks na noite. Ainda no primeiro período, Scott Mellanby fez em vantagem numérica o segundo do Blues, mais do que suficiente para Johnson. Mais dois gols no segundo período (um em vantagem e um em desvantagem numérica, marcados por Pavol Demitra e Scott Young, respectivamente) definiram o placar para a noite. Em um terceiro período que viu mais uma vez a excelente forma da defesa dos Blues na série (tão questionada na temporada regular) e a inoperância do ataque de Chicago, que só deu 12 chutes a gol -- uma única nos últimos 20 minutos --, a única surpresa foi a entrada de Steve Passmore no lugar de Jocelyn Thibault no gol dos Hawks, já que Thibault foi intensamente vaiado ao falhar clamorosamente no lance que deu origem ao quarto gol dos Blues. O resultado devolveu ao St. Louis o mando de gelo. No jogo 4, mais uma vez Brent Johnson saiu do gelo recebendo todos os elogios de seus companheiros ao igualar um recorde da NHL, conseguindo seu terceiro shutout consecutivo em playoffs, ao deixar em branco o placar dos Blackhwaks mais uma vez, na vitória de seus Blues por 1-0, em pleno United Center. Com Passmore no lugar de Thibault, os Hawks até tiveram uma melhor postura defensiva (mesmo sem contar com Lyle Odelein, suspenso por uma agressão a Jamal Mayers no jogo anterior). Também o ataque foi mais funcional, dando 27 chutes a gol, mas, ainda assim, insuficientes para superar o ótimo momento de Brent Johnson. No entanto, a única razão para alegria da torcida foi um lance controversial de Steve Sullivan, que acabou sendo revisto pela arbitragem, que não validou o gol e gerou muitos protestos da torcida, que de alegre ficou triste com o gol da partida, marcado por Pavol Demitra, no final do segundo período. Mais uma vez, destaque negativo para o ataque dos Blackhawks, que nem com cinco vantagens numéricas soube superar a crescente defesa do St. Louis. Finalmente no jogo 7, depois de mais de três horas de hóquei sem gols, o Chicago Blackhawks conseguiu descobrir o caminho do gol contra Brent Johnson. Infelizmente, na mesma noite em que o ataque dos Blues resolveu mostrar seu poderio e capacidade de reação. Em um jogo onde o Chicago chegou a liderar por 3-1, o St. Louis garantiu a classificação à próxima fase dos playoffs com uma vitória de 5-3, fazendo 4-1 na série, sendo a primeira equipe a classificar-se. Scott Mellanby, em mais um gol de vantagem numerica, abriu o placar para os Blues, que já pressentiam a vitória, visto a falta de habilidade dos Hawks para pôr o disco no gol. Mas o Chicago sabia que não teria outra chance caso perdesse o jogo 5 e, ao chegar o segundo período, partiu em busca do resultado. Coube a Steve Thomas mostrar que a vitória era possível, marcando aos 4:34 do segundo período. E daí os Hawks cresceram, marcando mais dois gols, com Kyle Calder e Steve Sullivan, dando a impressão que o jogo 6 poderia ser disputado. Mas a série era mesmo dos Blues. Logo no minuto seguinte, Young reduziu a vantagem a um gol. Para piorar as coisas para os de Chicago, o capitão Chris Pronger tratou de empatar o jogo nos últimos segundos do período, levando o jogo a um 3-3 entrando no terceiro período. O gol esfriou o Chicago, que, mais uma vez, exibiu suas deficiências no último período e assistiu a Jamal Mayers marcar aos 6:23 do terceiro período o que seria o gol da classificação dos Blues. Aos 15:56, Keith Tkachuk sacramentou de vez o destino da série, marcando o quinto gol dos Blues na partida de maior número de gols na série e dando aos Blues praticamente uma semana para descansar até o início da próxima série. Aos Blackhawks, sobrou um rápido retorno aos playoffs depois de cinco anos, e ainda podem ter-se despedido de Tony Amonte, capitão da equipe e agente livre ao final da temporada, que ainda não tem sua renovação definida. Depois de uma temporada irregular e um início de playoffs com algumas interrogações, os Blues mostraram sua força nos últimos jogos e provaram porque são um dos candidatos à Stanley Cup. Boston x Montreal (2-3) -- Saku Koivu marcou o gol da vitória no terceiro período na incrível virada do Montreal. Os Canadiens abriram o placar a 4:54 do primeiro período, num gol de Yanic Perreault, mas os Bruins reagiram com gols de P. J. Axelsson, Bill Guerin e Nick Boynton. O goleiro José Théodore não pôde fazer nada para evitar o gol de Axelsson, mas falhou no gol de Boynton, deixando entrar um chute fraco. No final do segundo período, os Habs perdiam por 3-1: foi quando Gilmour, de 38 anos, fez um discurso no vestiário que inspirou seus colegas, o técnico Michel Terrien ajudou movendo Koivu para sua posição natural (central) e pôs Perreault na quarta linha. Koivu iniciou a virada do Montreal dando um passe para Donald Audette, aos 7:04 do terceiro período, Gilmour marcou 53 segundos depois e Koivu recebeu de volta a gentileza num passe de Audette e marcou em Byron Dafoe aos 11:59, virando o jogo para 4-3. O publico de 21.273 pessoas ficou abismado com a reação do time, que parecia morto no segundo período. Fechando o placar, Joe Juneau marcou na rede vazia: 5-3 para os Canadiens. O destaque do jogo, com certeza, foi Saku Koivu, que batalhou contra o câncer e voltou ao time. A série ficou feia no quarto jogo. Com 1:17 faltando na vitória de 5-2 do Boston -- que igualou a série em 2-2 --, Richard Zednik teve que sair do jogo de maca e imobilizado após uma colisão com Kyle McLaren, dos Bruins. McLaren deu uma cotovelada que o fez desmaiar. Zednik ficou sem movimentos por cerca de cinco minutos e foi removido para um hospital local. Os médicos constataram que ele teve uma concussão e contusões no nariz e olho direito. O técnico do Montreal, Michel Therrien, prometeu uma retaliação no jogo 5, em Boston. Os Canadiens também ficaram furiosos com Guerin, que colidiu com o joelho do defensor Andrei Markov no segundo período. Therrien e Odjick compararam a cotovelada de McLaren em Zednik com o incidente que eliminou Tie Domi dos playoffs no ano passado, o que resultou uma punição de oito jogos para o jogador do Toronto. Os Bruins fizeram 3-0 no primeiro período, com gols de P. J. Stock, Bill Guerin e Martin Lapointe. O Montreal tentou uma reação: Zednik marcou seu primeiro na partida em vantagem numérica a 14:14 do segundo período, mas Rolston marcou um gol em desvantagem numérica a 15:46, matando a boa fase do Montreal. Zednik ainda marcou aos 7:07 do terceiro e Samsonov fez seu primeiro na série, aos 14:20. Zednik marcou ambos os gols do Montreal em vantagens numéricas e lidera o time, com oito pontos em quatro jogos. Therrien e Robbie Ftorek discutiram muito ao final do jogo, que acabou com muitas brigas. Alguns fãs dentre os 21.273 atiraram cerveja e refrigerantes no banco dos Bruins. Com Zednik em casa, descansando, os outros jogadores dos Canadiens sabiam que, se quisessem dar o troco, deveria ser em forma de vitórias. Os dois times jogaram com disciplina e puseram de lado as ameaças e palavras que tornariam o jogo uma batalha. Houve apenas cinco penalidades no jogo e só uma vantagem numérica. O melhor exemplo disso foi Bill Lindsay, um atacante que teve cinco gols e 104 minutos de penalidade na temporada regular. Ele não brigou nenhuma vez e marcou seu primeiro gol em playoffs em quase seis anos. O Montreal abriu o placar quando Arron Asham roubou o disco do defensor Sean Brown e o pôs atrás de Byron Dafoe; Lindsay aproveitou e marcou 1-0, aos 2:23 do primeiro período. Os Canadiens marcaram novamente quando Doug Gilmour, de trás da rede passou, para Oleg Petrov, que, num chute direto, fez 2-0. O Boston teve um gol anulado quando Don Sweeney ficou em impedimento antes de Samsonov pôr o disco na rede faltando 45 segundos no primeiro período. Samsonov marcou, desta vez de forma legal, o gol com 9:30 faltando no segundo, após receber um passe de Jozef Stumpel, para diminuir a liderança dos Canadiens para 2-1. Hal Gill acertou a trave a 13 minutos do final e Stumpel fez o mesmo com 2 minutos restantes. Os Habs só deram 13 chutes durante todo o jogo. José Théodore defendeu 43 chutes e os Canadiens agora só precisam de uma vitoria para avançar para a segunda rodada. O Boston , que terminou a temporada regular com o melhor recorde no Leste, precisa vencer os próximos dois jogos para se classificar. Philadelphia x Ottawa (1-4) -- No jogo 3, a série foi para Ottawa, onde os Senators tentariam manter a vantagem roubada dos Flyers em Philadelphia. Não só puderam manter a vantagem, vencendo por 3-0, levando a série para 2-1, como dois jogadores conseguiram feitos individuais: Patrick Lalime, o segundo shutout consecutivo (e total) de sua carreira em pós-temporada, e Radek Bonk, seu primeiro gol na fase eliminatória (27 jogos, somando duas assistências). Parecia que Bonk, autor de um chute na trave neste mesmo jogo, jamais conseguiria. Daniel Alfredsson e Marian Hossa marcaram com a rede vazia, enquanto Bonk abriu o placar na vantagem numérica, no início do terceiro período. Até aí, nove períodos da série tinham sido 0-0, sem os Flyers marcarem gol algum no tempo regulamentar. Apesar das derrotas, Roman Cechmanek mantinha 95,5% de defesas. Ainda em Ottawa, Lalime se juntava a Brent Johnson e seu recente recorde: três jogos consecutivos em playoffs sem sofrer gols. 3-0 no jogo mais uma vez e 3-1 na série, sendo que os Flyers jamais viraram uma série perdendo por este placar. Wade Redden, Sammy Salo e Hossa marcaram, nesta ordem, com Alfredsson assistindo no primeiro após patinar em direção ao gol do Philadelphia. Neste jogo, Mark Recchi não jogou devido a uma contusão no pulso. Estaria liberado para o jogo seguinte, que chegou dois dias depois. Brian Boucher iniciou o jogo no lugar de Cechmanek, com os Flyers a uma derrota da eliminação. A seqüência de 320 minutos sem marcar gols em playoffs (exceto prorrogação) logo foi encerrada, com o gol de Dan McGillis em vantagem numérica, recebendo suave passe de Eric Desjardins. Este foi apenas o segundo gol sofrido por Lalime na série -- e também o último. Na primeira oportunidade em vantagem numérica que teve, o Ottawa capitalizou através de seu capitão Alfredsson, que marcou pontos nas quatro vitórias consecutivas dos Sens. A partir daí, trancos em freqüência recorde, alguns normais, alguns covardes, como o de Luke Richardson em Martin Havlat, que se estendeu para um taco alto na boca do asa tcheco. Havlat ficou alguns instantes parado no gelo e cuspiu sangue no banco por um bom tempo, enquanto Richardson não sofreu qualquer punição. Mal sabia Havlat que seu sangue estaria simbolicamente comprando a classificação. O jogo terminaria empatado em 1-1 e, na prorrogação, o Ottawa levou. Após boa marcação na zona ofensiva de Hossa e passe de Bonk, Havlat recebeu posicionado à esquerda da área do goleiro e bateu Boucher com um chute de pulso. Nos cumprimentos finais, Havlat não perdeu a oportunidade de apertar a mão de Richardson. Carolina x New Jersey (4-2) -- Por problemas técnicos, não publicamos o resumo desta série. Toronto x NY Islanders (3-2) -- Com o Nassau Coliseum lotado para o jogo 3, os Islanders não decepcionaram a torcida e venceram os Leafs por 6-1. Mas foram os Leafs que saíram na frente, com um gol de Alexander Mogilny aos 7:23 do primeiro período. Mas, depois de sete minutos, Mark Parrish empataria para os Isles em vantagem numérica, com belos passes de Roman Hamrlik e Alexei Yashin. Depois do segundo período, o jogo seria um massacre dos Islanders, com cinco gols seguidos, sendo três no segundo período, feitos por Brad Isbister em vantagem numérica, Mike Peca e, novamente, Mark Parrish, em vantagem numérica. No terceiro período, Shawn Bates e Dave Scatchard fechariam o placar e o jogo em 6-1, sendo quatro gols em vantagem numérica, fato que levou os Leafs a reclamar muito sobre a marcação das penalidades. Osgood parou 34 chutes a gol; Curtis Joseph parou 33 e ainda foi substituído no final do jogo por Corey Schwab. Depois de uma bela vitória, os Isles empataram a série em duas vitórias no jogo 4. Antes do jogo começar, Mats Sundin teve uma contusão e não jogaria essa partida, provavelmente ficando de fora dos playoffs. Bem, depois do face-off, vimos um belo jogo bem disputado. No primeiro período, Yashin finalmente desencantou e marcou seu primeiro gol em playoffs depois de um belo jejum com uma bela assistência de Parrish e Adrian Aucoin, mas Alexander Mogilny empataria o jogo com um gol sob vantagem numérica no finalzinho do primeiro período. No segundo, o gol de Tomas Kaberle, aos 19:19, com Gary Roberts e Bryan McCabe nas assistências, daria a vantagem aos Leafs por 2-1, mas os Islanders viraram o placar para 3-2, com gols de Kip Miller e Hamrlik. O empate novamente aconteceria aos 16:34, com um gol de Shayne Corson. O Lance crucial desse jogo aconteceria no final do jogo, aos 17:30, quando o juiz marcou uma penalidade máxima em cima de Bates -- duvidosa e que seria de alvo de reclamação pela imprensa de Toronto. Nesse pênalti, Bates marcaria um golaço, dando a vitória aos Isles por 4-3. Os Maple Leafs encararam o quinto jogo da série como uma guerra e retaliariam os Islanders, atacando Kenny Jonsson, contudindo com concussão e problemas no pescoço após se chocar nas bordas do rinque com Roberts, e atacaram também o capitão Mike Peca, após ter um forte encontrão com Darcy Tucker -- Peca deverá ficar fora dos playoffs. No jogo, os Leafs ganhariam dominando desde o início, fazendo logo dois gols, com Garry Valk e Jonas Hoglund. Os Isles descontariam com Kip Miller, em vantagem numérica. No segundo período, os Leafs detonariam o jogo com três gols, sendo dois de McCabe, um de Tucker e um da revelação do time afiliado dos Isles na AHL -- o Bridgeport --, Trent Hunter. E, para finalizar, no terceiro período, Hoglund também marcaria seu segundo gol na partida e Aucoin descontaria novamente para os Isles. O jogo terminou com a vitória dos Leafs por 6-3 e a liderança na série por 3-2. Curtis Joseph jogou muito bem nas redes, parando 16 chutes, e Chris Osgood teve uma péssima noite, sendo até substituído por Garth Snow. |
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