Por
Eduardo Costa
O St. Louis Blues foi das equipes expansionistas que mais obteve êxito
em seus primeiros anos na NHL, tendo ido às finas da Stanley
Cup em suas primeiras três temporadas (1968-70). E até
hoje permanece como uma das melhores equipes da liga, possuindo a maior
seqüência atual de ida à pós-temporada (1979-2002)
entre todas as equipes de todas as grandes ligas americanas, ainda que
ainda não possua o mais desejado troféu da história
do esporte. De 1967 pra cá, grandes nomes do hóquei já
passaram pela franquia e, em comemoração aos 35 anos do
time, os principais patrocinadores e a direção da equipe
promoveram uma eleição para homenagear os maiores nomes
da história do St. Louis Blues.
Al MacInnis foi o que mais votos recebeu. O defensor, que disputa sua
oitava temporada com os Blues, recebeu 12.222 votos. Vindo dos Flames
em 1994, o dono do chute forte mais temido da liga é o jogador
de defesa com mais pontos da história dos Blues, com 384 pontos,
e já passou da marca de mil pontos na carreira. Chris Pronger
foi o segundo defensor mais votado, com 10.101 votos. O jogador tornou-se,
em setembro de 1997, o 16.º capitão da franquia e o mais
jovem a usar o "C" no peito. Na temporada 1999-2000, venceu
os troféus Norris e Hart (o primeiro a vencer os dois troféus
desde Bobby Orr, em 1972). Os irmãos Barclay e Robert Plager
(ambos com números aposentados no Savvis center) ficaram em terceiro
e quarto, respectivamente. Scott Stevens, que jogou apenas uma temporada
(1990-91, quando foi o capitão da equipe) ficou ente os oito
mais votados, assim como Al Arbour (o primeiro capitão da franquia).
No gol, Glenn Hall, que levou a equipe a três finais de Stanley
Cup nos três primeiros anos da franquia, foi preterido por Curtis
Joseph, que é o segundo em número de vitórias do
clube (137), atrás apenas de Mario Liut (151 vitórias).
Liut ficou em terceiro entre os goleiros e o lendário Jacques
Plante ficou em quarto.
Outro grande nome daquela época dos Blues que ficou em segundo
lugar foi Scotty Bowman (treinador do tri-vice-campeonato). O atual
treinador Joel Quenneville, treinador com mais vitórias no comando
do time, obteve 8.797 votos, dois mil a mais que Bowman. Também
treinaram a equipe treinadores do porte de Jacques Demers, Mike Keenan
e Al Arbour.
O central ideal foi Bernie Federko, jogador com maior número
de jogos (927), assistências (721) e pontos (1.073) da história
do St. Louis. Federko também foi o primeiro jogador da NHL a
marcar 50 ou mais assistências em dez temporadas consecutivas
(1979-88) -- todas como jogador dos Blues. Wayne Gretzky, que atuou
em apenas 31 jogos (13 de playoffs) com os Blues, ficou com a oitava
posição entre os centrais, com 3.555 votos, quase 5 mil
a menos que o segundo central eleito, o atual Flyer Adam Oates.
Brian Sutter, treinador dos Hawks recém-eliminados dos playoffs
pelos próprios Blues, foi eleito o melhor asa esquerdo. Sutter
é o jogador com mais minutos de penalidade da franquia, com 1.786.
Em segundo lugar ficou Brendan Shanahan, que teve sua melhor temporada
na carreira como jogador do St. Louis (102 pontos em 84 jogos na temporada
1993-94).
No lado direito do ataque, Brett Hull foi o mais votado. Vestindo a
camisa dos Blues, Hull marcou 86 gols em 78 jogos na temporada 1990-91,
estabelecendo a maior marca de gols em uma única temporada de
um jogador que não se chamasse Wayne Gretzky. Hull lidera a franquia
em gols (527), hat tricks (27), chutes (3.367), gols que garantiram
vitórias (70) e gols em vantagem numérica (195), além
de ser o maior artilheiro de jogos de pós-temporada, com 117
pontos. Em segundo ficou Joe Mullen.
Mercado -- Com a precoce eliminação dos Devils
nestes playoffs, Bobby Holik parece estar ainda mais longe de um acerto
com a equipe do New Jersey. O jogador não recebeu nenhuma proposta
concreta do gerente geral da equipe, Lou Lamoriello, durante a temporada
regular e agora só aceita discutir uma renovação
após os playoffs. A expectativa é que o central tcheco,
que vai se tornar agente livre em 1.º de julho, peça algo
em torno de US$ 7,5 milhões anuais para renovar, um valor muito
acima do que Lamoriello aceita pagar. Recentemente, o próprio
Holik e jogadores como Sykora e Brodeur tiveram dificuldades ao renovar
contratos com a equipe. Times interessados no central de características
defensivas e de ótima presença física não
faltam: um dos principais seria o grande rival New York Rangers, além
do Dallas Stars, Toronto Maple Leafs, entre outros.
Bobby Holik foi escolhido pelo Hartford Whalers na primeira rodada do
recrutamento de 1989, ficando apenas duas temporadas na então
equipe de Connecticut, até ser mandado para o New Jersey em agosto
de 1992. O Hartford recebeu em troca Sean Burke e Eric Weinrich, enquanto
os Devils receberam também uma escolha de segunda rodada no recrutamento
de 1993 (selecionaram Jay Pandolfo). Em sua primeira temporada com os
Devils, Holik teve um início arrasador, com sete pontos em seus
primeiros cinco jogos, incluindo um hat trick. Mas foi após se
juntar a Randy McKay e Mike Peluso que o jovem tcheco se estabeleceu
na liga. A linha de imenso poder destrutivo ficou conhecida como "crash
line" e, com a chegada do retranqueiro Jacques Lemaire, em 1993,
virou símbolo do sistema defensivo implantado pelo treinador
canadense, que ficou conhecido como armadilha da zona neutra.
Em 1995 a equipe varreu o favorito Detroit Red Wings, conquistando sua
primeira Stanley Cup. Daquele ano pra cá, muita coisa mudou no
New Jersey Devils, incluindo aí um rejuvenescimento da equipe
e mais uma Stanley Cup em 2000. Nos últimos playoffs, Holik anulou
Mats Sundin e Mario Lemieux e, nas últimas temporadas, também
teve bons números ofensivos. Tudo isso credencia o jogador, que
deverá ser um dos mais assediados entre os agentes livres. Caso
Ken Hitchcock assuma o posto de treinador nos Rangers, a possibilidade
de Holik vestir a camisa do clube nova-iorquino aumenta, já que
o tcheco reúne as características que o carrancudo treinador
mais aprecia em seus jogadores.
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Eduardo Costa comia Doritos sabor queijo Nacho enquanto escrevia
essa matéria. |
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