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| Detroit x Vancouver (0-2)
-- Na abertura dos playoffs em Detroit, nada mais natural que encontrar
a Joe Louis Arena lotada, com mais de 20 mil torcedores prontos para comemorar
a vitória dos Red Wings... Opa, não foi bem assim. O Vancouver Canucks
continuou jogando como se estivesse no último jogo da temporada e os Wings
não conseguiram segurar tanta garra. Henrik Sedin marcou seu primeiro
gol em playoffs na carreira, dando a vitória na prorrogação. O disco desviou
em Igor Larionov, um dos melhores jogadores do Detroit naquela noite,
e enganou Dominik Hasek. Com esta vitória, o Vancouver reverteu o mando
de gelo na série e estendeu sua seqüência de vitórias para seis jogos
e de invencibilidade para dez. Os Red Wings capturaram o Troféu dos Presidentes
e, desde então, iniciaram uma decadência assustadora. Terminaram a temporada
com oito jogos sem vitória. A equipe de Detroit esteve à frente do placar
por três vezes, com gols de Luc Robitaille, Sergei Fedorov e Igor Larionov.
Para o Vancouver, Todd Warriner, Andrew Cassels e Trevor Linden, além
de Sedin na prorrogação. Dan Cloutier fez 32 defesas, contra 22 do apagado
Hasek. Nunca o pesadelo de 1994 esteve tão vivo na memória
dos torcedores do Detroit Red Wings como agora, especialmente para os
20.058 que lotaram a Joe Louis Arena e viram o Vancouver Canucks vencer
o jogo por 5-2 e abrir 2-0 na série. Todd Bertuzzi, Andrew Cassels,
Scott Lachance, Markus Naslund e Matt Cook marcaram os gols do Vancouver,
que esteve sempre à frente no placar e que teve, mais uma vez,
o goleiro Dan Cloutier numa noite inspirada, com 34 defesas. Do lado do
Detroit o capitão Steve Yzerman e Nicklas Lidstrom, com 2 pontos
cada, foram os destaques. Contando com os playoffs do ano passado, foi
a sexta derrota consecutiva dos Red Wings em jogos de pós-temporada
e a primeira vez em sete anos que os Canucks vencem dois jogos seguidos
de playoffs. Nas arquibancadas, muitos gritos de "shoot the puck"
e aplausos sarcásticos quando Hasek defendia alguma coisa; apenas
15 defesas em 19 chutes. Colorado x Los Angeles (2-0) -- Peter Forbserg voltou ao gelo, atuando por cerca de 15 minutos, dando um chute a gol e marcando duas assistências. Mas foi Greg de Vries o herói da noite, marcando o derradeiro gol da vitória, quando faltavam 5:34 para o jogo acabar e o placar estava 3-3. Mais do que acostumados a jogos apertados deste tipo, o Colorado conseguiu espantar o uma possível zebra logo no primeiro jogo, contando com uma atuação insegura do goleiro adversário, Felix Potvin. Os Avs abriram vantagem de 2-0 (Alex Tanguay e Steven Reinprecht), mas os Kings correram atrás e conseguiram empatar a partida (Bryan Smolinsky e Zigmund Palffy). No início do terceiro período, Joe Sakic abriu nova vantagem, mas Palffy mais uma vez empatou. Até que de Vries decidisse a partida. No segundo jogo, Joe Sakic e Peter Forsberg mostraram que são muita areia para o caminhão dos Kings e combinaram nada menos que três gols, três assistências e nove chutes a gol nesta partida. Os Kings assumiram a liderança do jogo ainda no primeiro período, de virada. Sakic e Forsberg empataram a partida por duas vezes, até que Steven Reinprecht deu a vantagem definitiva para os Avs, no segundo período. San Jose x Phoenix (1-1) -- Ambos os times têm campanhas ruins em jogos 1 (Sharks têm 3-6; Coyotes, 4-12), mas alguém tinha de ganhar o primeiro jogo de uma série que muitos suspeitam ser uma das mais desequilibradas. Bem, os Sharks venceram, por 2-1, mas o jogo não foi fácil como se poderia imaginar, mesmo sendo no Compaq Center. Os Yotes não tremeram e o goleiro Sean Burke fez uma excelente partida, sendo, inclusive, escolhido a terceira estrela do jogo, mas a equipe de vantagem numérica não contribuiu (0 de 7). Patrick Marleau marcou o gol da vitória. Só que os Sharks foram escolher a hora -- para não dizer o adversário -- errada para perder o mando de gelo, com a derrota por 3-1 no segundo jogo. Os Yotes tiveram a terceira melhor campanha em casa e estão invictos há 13 jogos em seus domínios. Burke novamente garantiu atrás e, desta vez, o ataque e a vantagem numérica (1 de 4) decidiram. Daymond Langkow marcou 1-0 aos 5:31 do segundo período e Daniel Briere ampliou no início do terceiro, aproveitando-se da vantagem numérica. Marco Sturm ainda deu esperanças aos Sharks com menos de seis minutos para o final, mas Shane Doan definiu o placar 40 segundos depois. St. Louis x Chicago (1-1) -- Na primeira partida de playoffs em cinco anos, o Chicago Blackhawks fez valer sua tradição ao derrotar por 2-1 o St. Louis Blues, em pleno Savvis Center, revertendo logo no primeiro jogo a vantagem de mando de gelo. Apesar de contar com artilheiros do nível de Amonte, Daze e Zhamnov, coube a Calder e Karpovtsev marcar os gols do Chicago. Mesmo com os Blues entrando nos playoffs vindo de um bom final de temporada e os Hawks vindo de um final cambaleante, o que se viu foi o contrário, com os Hawks mostrando mais determinação e sabendo parar o ataque de St. Louis. O jogo em si não foi de alto nível técnico, foi brigado como um jogo de playoff, mas sem um número de jogadas de efeito que caracterizam a "segunda temporada" da NHL. O St. Louis Blues sabia que teria que mudar para não ir para Chicago com desvantagem de 2-0 na série. E foi exatamente isso que Joel Quenneville ordenou a seus comandados, que, com gols de Doug Weight e Scott Mellanby e com um shutout de Brent Johnson, derrotaram os Blackhwaks por 2-0, empatando a série e mantendo o equiíbrio. Ao contrário do jogo 1, o time da casa mostrou mais determinação, partindo para um jogo mais físico, evitando dar espaços ao adversário, completando os hits e, principalmente, aproveitando os rebotes de Jocelyn Thibault, que, se não foram aproveitados no jogo 1, foram determinantes nos gols dos Blues, já que ambos saíram dessa forma. Boston x Montreal (1-1) -- O Montreal venceu o primeiro jogo por 5-2: Donald Audette marcou três gols e Saku Koivu assistiu em dois. Com isso, o Boston perdeu o mando de gelo. Yanic Perreault foi um dos destaques, com três assistências. O Boston deu 37 chutes, contra apenas 27 do Montreal, e abriu o placar com Joe Thornton. Audette empatou o jogo em vantagem numérica, depois de seu chute bater no taco de Nick Boyton. Doug Gilmour e Bill Guerin (também em vantagem numérica) marcaram no segundo período, deixando o jogo empatado para o terceiro. Audette desempatou a 2:18 do último período e consolidou seu hat trick aos 10:00. Este gol teve que ser revisto pelos juízes e ficou claro que o disco cruzou a linha antes de ser tirado pelo goleiro do Boston, Byron Dafoe. O jogo foi violento, com 19 penalidades e 13 vantagens numéricas. ao final da partida, um jogador do Montreal foi atingido por uma garrafa de água que foi jogada por um torcedor. No segundo período, P. J. Axelsson machucou-se e foi para o vestiário depois de ser atingido na mão pelo taco de Craig Rivet. Quando Axelsson voltou ao gelo, tentou dar um soco em Gilmour e vários jogadores se envolveram no incidente. Philadelphia x Ottawa (1-1) -- A série entre Flyers e Sens começou com grandes atuações da posição mais instável de ambas as equipes: a de goleiro. Roman Cechmanek e Patrick Lalime somaram quase 60 defesas num jogo que ficou em 0-0 no tempo normal, apesar de várias chances para ambos os times, notadamente no terceiro período. Na prorrogação, Marty Murray, dos Flyers, disparou um disco que rebateu no Senator Shane Hnidy e chegou a Ruslam Fedotenko, que, posicionado entre os círculos, girou e deu o chute. O segundo-anista ucraniano venceu Lalime com um backhand no canto da luva. A derrota foi a quinta de Lalime em playoffs, levando a 0-5 seu retrospecto na pós-temporada. Mas no jogo seguinte, enquanto Lalime permaneceu sólido, Cechmanek lembrou sua performance na pós-temporada de 2001. O shutout do goleiro dos Senators desta vez foi adicionado de três gols, assinados por Mike Fisher, Jody Hull e o capitão sueco Daniel Alfredsson. As 33 defesas de Lalime significaram a primeira vitória fora de casa dos Sens desde 1998 (13 derrotas). Já o Philadelphia, pior time em vantagem numérica entre os classificados aos playoffs, ficou com 0-3 nesse quesito. Carolina x New Jersey (2-0) -- Jogando para sua torcida (quer dizer, para quem apareceu, porque o público de 15.401 pagantes foi menor até do que a média de público durante a temporada), o Carolina Hurricanes surpreendeu o favorito New Jersey Devils e levou o primeiro jogo, 2-1, com gols de Rod Brind'Amour e o novato Eric Cole com 1:22 de diferença na primeiro período. Os Canes venceram usando as armas dos Devils: goleiro e defesa. O goleiro Arturs Irbe foi um dos fatores determinantes do jogo. Patrik Elias marcou para o New Jersey no terceiro período, botando alguma pressão no jogo, mas a defesa do Carolina não tremeu e jogou com confiança. Os Canes acabaram levando o segundo jogo também, aumentando ainda mais a surpresa dos (muitos) que imaginavam vida fácil para os Devils na primeira fase. O jogo também acabou em 2-1, mas com muito mais emoção, pois apenas um gol na prorrogação de Bates Battaglia decidiu o vencedor. Cole marcou o outro gol do time da Carolina do Norte a cinco minutos do fim do segundo período. A vitória na partida anterior animou a torcida, que, desta vez, encheu a Raleigh Entertainment and Sports Arena, mas isso não impediu que os Devil abrissem o placar, com Bobby Holik aos 37 segundos do segundo período. Esta foi a primeira vez que o Carolina fez 2-0 numa série de playoffs em 15 anos. Na última vez, o então Hartford Whalers venceu as duas primeiras partidas contra o Québec Nordiques, mas acabou perdendo as quatro seguintes. Toronto x NY Islanders (2-0) -- Em pleno Air Canada Centre, com 19.438 torcedores, os Maple Leafs confirmaram seu favoritismo e bateram os Islanders por 3-1 no primeiro jogo. Mas o jogo foi bem disputado e duro -- de assistir --, e os Isles abriram o placar aos 5:57 do primeiro período, com o gol em vantagem numérica de Kenny Jonsson, após um belo chute a gol, aproveitando-se da confusão em frente ao goleiro dos Maple Leafs, Curtis Joseph. Depois disso, tivemos gols apenas no terceiro período, com um Toronto decidido a mudar a história do jogo, o que conseguiu. Travis Green (ex-Islanders) conseguiu enganar Chris Osgood e dar um belo passe para Darcy Tucker empatar o placar aos 4:03. E a pressão do time canadense aumentou até conseguirem vazar novamente Osgood, com o gol do intimidador Tie Domi, aos 8:39. Os Isles, com o placar adverso, correram atrás do prejuízo perdendo oportunidades, mas, como diz o provérbio, "quem não faz, toma". Mats Sundin marcou com o gol vazio aos 19:20. Numa bela tarde de sábado, realizou-se a segunda partida, que foi caracterizada pelo duelo entre os goleiros. Nos dois primeiros períodos, somente eles foram as estrelas, deixando o placar em branco, com Osgood fazendo 16 defesas e CuJo, 20. O placar seria modificado apenas no terceiro período, graças a uma excepcional jogada de Mats Sundin, oriunda de uma assistência de Tie Domi. Osgood fez uma bela defesa, mas deu o rebote e possibilitou ao jovem central Alyn McCauley marcar aos 3:10 e dar a vantagem aos Maple Leafs. Depois do gol, vimos um Curtis Joseph infernal, não deixando os Islanders empatar o placar, com uma sensacional sequência de defesas até o final do jogo, quando, aos 19:53, o defensor Tomas Kaberle destruiria as esperanças dos Isles de empatar o jogo fazendo seu gol com as traves vazias e dando alegria aos 19.434 torcedores do Air Canada Centre. |
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