Os detalhes, curiosidades e informações (nem sempre úteis) sobre os confrontos da segunda fase dos playoffs.

Pittsburgh Penguins x Montreal Canadiens
O Montreal entrou no gelo para disputar o jogo 1 em Pittsburgh menos de 48 horas depois de eliminar o Washington Capitals no jogo 7 da primeira fase.

O primeiro gol do confronto foi também o primeiro gol da carreira de P.K. Subban, jovem defensor selecionado em 2007 pelo Montreal. Ainda no período inicial, o Pittsburgh virou com dois gols em vantagem numérica, mas não foi a virada o que mais entristeceu a torcida canadense. Andrei Markov , o patinador mais importante do time, rompeu os ligamentos do joelho direito após sofrer um tranco do brucutu Matt Cooke.

No começo do segundo período, Jaroslav Halak sofreu o terceiro gol em oito chutes, uma atuação diametralmente oposta à do confronto anterior, quando sofreu três gols em 134 chutes. Ainda no segundo período, Jordan Staal "tropeçou" ao esbarrar em Subban e se machucou, deixando a partida com uma contusão que afastaria qualquer jogador por semanas, mas nos playoffs, semanas viram dias.

Os Penguins tiveram quatro oportunidades de vantagem numérica e marcaram em todas, garantindo a vitória com os 100% de aproveitamento nesta situação. Um dos gols nasceu de uma penalidade por homens demais no gelo e outro por atrasar a partida. Contra os Capitals, os Canadiens sofreram apenas um gol de vantagem numérica.

No jogo 2, Halak foi Halak, com o perdão do clichê. O goleiro fez 38 defesas, roubando o jogo para os Habs. Lá na frente, Michael Cammalleri resolveu a parada, com dois gols, chegando a oito nos playoffs. O segundo gol nasceu de um erro de Sidney Crosby, que se desculpou com o goleiro Marc-Andre Fleury logo a seguir.

O empate por 0-0 persistiu por dois períodos inteiros no jogo 3, especialmente porque o Montreal não deixou o Pittsburgh jogar no primeiro período e segurou a pressão no segundo. Os canadenses tiveram chances de marcar um gol, mas Fleury não permitiu. Com 18 defesas, sendo três decisivas no terceiro período, o goleiro dos Penguins se recuperou de algumas más atuações nestes playoffs. O gol da vitória foi marcado no segundo minuto do terceiro período por Evgeni Malkin, em vantagem numérica.

Cinco dos nove gols dos Penguins no confronto foram marcados em vantagem numérica.

Boston Bruins x Philadelphia Flyers
O atacante Marc Savard retornou ao Boston quase dois meses depois de seu último jogo, quando se contundiu ao receber um tranco de Cooke (sempre ele). Mas enquanto um jogador retornava, outro se despedia. Em seu primeiro turno no jogo 1, Marco Sturm desferiu um tranco e se machucou.

O primeiro jogo do confronto foi marcado pela chuva de gols, algo que não era esperado para um duelo entre os times de Chris Pronger e Zdeno Chara. Os Flyers perdiam por 4-2 e empataram o placar com dois gols nos oito minutos finais, sendo que o segundo gol, marcado por Daniel Briere, entrou para a galeria dos mais bonitos da temporada. Na prorrogação, Savard marcou o gol da vitória, celebrando o seu retorno em alto estilo.

Gols no jogo 1, confusão no jogo 2. Em um dos momentos de carinho, Daniel Carcillo se engalfinhou com Savard para fazê-lo pagar pelo "toque" proposital no goleiro Brian Boucher. Logo depois, Carcillo acusou o adversário de tê-lo mordido, mostrando o dedo para os árbitros e para seus companheiros de equipe. Savard não é réu primário. Em 2003, ele foi suspenso por morder Darcy Tucker.

A imprensa da Filadélfia que tanto criticou o capitão Mike Richards durante a temporada regular não tem o que questionar nestes playoffs. Richards faz ótima campanha e lidera o time em gols, assistências e pontos.

O gol da vitória dos Bruins em mais um jogo decidido por um gol foi marcado por Milan Lucic, faltando menos de três minutos para o fim. Ao longo da temporada regular, Lucic marcou apenas um gol em Boston.

San Jose Sharks x Detroit Red Wings
A cobertura desta série está em outro artigo.

Chicago Blackhawks x Vancouver Canucks
A revanche entre Chicago e Vancouver não teve, no jogo 1, todo o sangue que se esperava. Na verdade, não teve sangue nenhum.

Com ótima atuação de Roberto Luongo, que defendeu 17 chutes apenas no primeiro período, o Vancouver abriu 2-0 no placar. Entre o segundo e o terceiro gols, marcados em períodos diferentes, foram jogados apenas 43 segundos, o que anulou qualquer tentativa de reação dos Blackhawks. Ao fim do segundo período, os Canucks venciam por 5-0, sem um ponto sequer de Mikael Samuelsson, então o goleador dos playoffs.

No jogo 2, em apenas cinco minutos os Canucks marcaram dois gols, acertaram a trave e quase marcaram em outra jogada, em que a defesa do Chicago limpou o disco perto da linha fatal. O começo arrasador dos visitantes aterrorizou o United Center. Para a sorte dos Blackhawks, Brent Seabrook diminuiu o prejuízo dois minutos depois do gol canadense.

A estratégia do Chicago envolvia usar todos os artifícios legais para perturbar Luongo. Em uma das tentativas, um atacante dos Hawks freou centímetros antes do goleiro, fazendo chover neve em seu rosto; em outra, o esbarrão em sua máscara foi proposital.

A campanha dos Hawks nos playoffs será marcada pelos gols em desvantagem numérica. Antes da metade do terceiro período, Patrick Sharp empatou o jogo em 4-contra-5, mudando de vez a história do jogo. A menos de dois minutos do fim, Kris Versteeg fez o seu primeiro gol nos playoffs, aproveitando um momento de pressão total dos Hawks.

Os irmãos Henrik e Daniel Sedin marcaram ao todo um gol e duas assistências nos dois jogos. Os Canucks vão precisar de muito mais de seus dois principais atacantes.

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