NOTAS e FOTOS • Por: Humberto Fernandes e Thiago Leal

Em março do ano passado, o defensor Kurtis Foster, do Minnesota Wild, teve seu fêmur da perna esquerda partido em dois. Três pessoas disseram ao jogador que aquela teria sido a pior perna quebrada já vista em alguém.

Muita gente duvidava que Foster voltaria a jogar hóquei. Ele ainda caminha com dificuldade. Nove meses depois, o defensor do Wild está perto de ser enviado para a AHL para se reabilitar fisicamente.

Foster trabalhou duro para chegar até aqui. Ele teve muita paciência, mas precisará de mais calma além desse ponto. Segundo o jogador, a NHL está apressando o seu retorno ao jogo.

De acordo com as regras, as equipes não podem enviar jogadores para adquirir condicionamento físico nas ligas menores por mais de 14 dias consecutivos. A pedido de Foster, o Wild solicitou que a liga abrisse uma exceção, oferecendo os registros médicos do jogador e admitindo a possibilidade de ele ser examinado pelos médicos da NHL. Ainda assim, a liga recusou o pedido. Se Foster permanecer um segundo a mais do que duas semanas, ele terá que passar pela Desistência antes de retornar ao Wild.

É uma injustiça. Foster sofreu uma contusão que ameaçou e ainda ameaça sua carreira. Ele ainda sente dores às vezes e sabe-se lá como irá reagir ao perseguir um disco nas bordas novamente. Tudo o que o defensor precisava era de três a quatro semanas treinando com o time da AHL, praticando atividades de patinação e recuperando suas habilidades. Algo que, de tão óbvio, a liga não consegue enxergar.

Prorrogação nunca reservou um espaço para a frase da semana, algo que a antiga seção de Notas fazia — tão antiga quanto a final da Copa Stanley entre Carolina Hurricanes e Edmonton Oilers.

Mas as palavras de Ilya Kovalchuk, sobre ter sido o responsável por encerrar as desavenças entre Alexander Ovechkin e Evgeni Malkin no fim de semana do Jogo das Estrelas, merece uma aparição em português.

"Eu não sei o que eles [a imprensa] estão falando," disse Kovalchuk sobre o seu suposto papel de pacificador. "Os dois são russos. Eles sempre foram amigos. Russos desferem trancos uns nos outros dentro do gelo, eles [a imprensa] fazem muito barulho por causa disso. Canadenses brigam o tempo todo, e eles não dizem nada."

É verdade, Kovalchuk. Mas a relação entre Ovechkin e Malkin, nos últimos tempos, parecia tumultuada, para dizer o mínimo.

O Chicago Blackhawks se despediu de Bensenville, sede de sua arena de treinamentos, e embarcou em sua segunda mais longa viagem das últimas oito temporadas, a segunda maior nos 82 anos de história da franquia.

A sequência de oito jogos como visitante começa na quarta-feira, 27, em Anaheim, e termina no dia 13 de fevereiro, em St. Louis, com passagem pela costa oeste dos Estados Unidos e também pela do Canadá. Serão 17 dias de viagem.

A maior sequência de jogos fora de casa da equipe aconteceu na temporada 1954-55, quando os Hawks venceram quatro dos nove jogos disputados. Em outras duas ocasiões a equipe disputou oito jogos na estrada: em 1994-95 (com seis vitórias e duas derrotas) e em 2000-01 (com duas vitórias, quatro derrotas e dois empates).

O Chicago viaja com o objetivo de ganhar pelo menos metade dos pontos em disputa. Até o Jogo das Estrelas a equipe ocupava a quarta posição na Conferência Oeste, com 58 pontos em 45 jogos, aproveitamento equivalente a 106 pontos ao fim da temporada regular.

Bruce Bennett/Getty Images
"Estrelas sorridentes"
O evento é uma megafesta. E nada mais. É legal você ir à arena para ver Andrew Cogliano, Shane Doan, Alexander Ovechkin, Zdeno Chara, Evgeni Malkin, entre outros, mostrar suas habilidades e rir o tempo inteiro com a diversão que o evento proporciona. Porque hóquei no gelo não tem que ser trancos, socos, sangue e dentes perdidos. No meio de toda essa disputa, que é o que dá a graça ao esporte, a gente pode tirar um tempinho para brincar um pouco. E é justamente isso o que o Jogo das Estrelas propõe. É tudo uma grande brincadeira. Portanto, se por acaso você resolver assistir a esse jogo, à Competição de Habilidades, ao Jogo de Jovens estrelas... é melhor que você encare como tal.
(25/01/2009)

O Dallas Stars anunciou na terça-feira, 27, o rebaixamento do atacante Fabian Brunnstrom para o Manitoba Moose, da AHL. Não foi declarado oficialmente que se trata de uma passagem para reabilitação física, mas o time já planeja o retorno do jogador ao elenco principal.

Aos 23 anos, Brunnstrom disputou 31 jogos pelos Stars, marcando dez gols e 14 pontos. Ele liderava a equipe em gols da vitória (quatro) e a liga em aproveitamento de chutes (22,2%).

Independentemente do propósito do rebaixamento, a experiência Brunnstrom demonstrou-se um completo fracasso. O sueco é o jogador mais fraco do time em aspectos defensivos, com a quinta maior média de gols sofridos por jogo de toda a liga (4,17 a cada 60 minutos), mesmo atuando na maior parte do tempo contra os piores atacantes dos times adversários, principalmente contra a quarta linha das outras equipes.

Os Stars venceram a disputa pelo jogador no ano passado, mas Detroit Red Wings e Vancouver Canucks não estão lamentando por essa derrota. Com US$ 2,25 milhões de salário e quase 24 anos, Brunnstrom não está nem perto de ter a qualidade necessária para jogar na NHL. Mais um erro da gerência que não quer enxergar além de Sean Avery.
Há pouco mais de um ano, na edição n.º 178 de TheSlot.com.br, Prorrogação destacou:

"Peter Forsberg ainda acredita que pode retornar ao hóquei e fará uma nova tentativa em fevereiro, no LG Hockey Games em Estocolmo, na Suécia. O treinador Bengt-Ake Gustafsson afirmou que se o jogador estiver em condições, ele terá chance de jogar pela seleção sueca. Forsberg vem treinando fora do gelo nas últimas semanas e almeja a NHL. Ele está otimista e confiante nas palavras dos médicos, que acreditam ter solucionado os problemas do tornozelo do jogador."

O mesmo jogador, os mesmos problemas de saúde, o mesmo torneio, um mesmo objetivo: retornar à NHL. Na segunda-feira, 26 de janeiro, a Suécia revelou que reservou um lugar no elenco para Forsberg, caso ele queria disputar o LG Hockey Games 2009, entre 5 e 8 de fevereiro.
A Associação dos Jogadores da NHL (NHLPA) decidiu não reabrir as negociações para um novo acordo coletivo de trabalho com a liga.

Para os fãs de hóquei no gelo isso significa que não há possibilidade de outro locaute ocorrer pelo menos até conhecermos o campeão da Copa Stanley de 2011. E provavelmente por outro ano além desse, porque a NHLPA tem a seu favor uma cláusula de extensão do contrato por outra temporada, até o fim de 2012.

Nos próximos dois anos o acordo coletivo de trabalho será posto à prova. É quase certo que o teto salarial vai estagnar e, em seguida, decrescer, como consequência da crise econômica mundial. Já para a próxima temporada deve haver contração nos salários, talvez mais evidente para aqueles situados na parte de baixo da folha de pagamento, o que pode semear intranquilidade entre os jogadores e abrir as portas para uma nova crise interna.
Phillip MacCullum/Getty Images
Na Competição de Inteligência, Gary Bettman enfrentou uma criança pré-escolar. O prêmio para o vencedor era uma camisa da Conferência Leste.
(25/01/2008)
Richard Wolowicz/Getty Images
Alexander Ovechkin preferiu ir a um Concurso de Rodeio a disputar a Competição de Habilidades.
(25/01/2009)
Mike Stobe/Getty Images
Ronaldinho Gaúcho e sua mania de equilibrar a bola no pescoço.
(25/01/2009)
Dave Sandford /Getty Images
Bêbado, Chara foi driblado até por um jogador reserva do Boston Baby Bruins.
(25/01/2009)
Ryan Remiorz/Canadian Press
Crimes no Jogo das Estrelas: Evgeni Malkin tenta envenenar Ovechkin.
(25/01/2009)
Ryan Remiorz/Canadian Press
Uma fã dos Ducks disfarçada tenta enforcar Shane Doan...
(25/01/2009)
Bruce Bennett/Getty Images
E o mascote SJ Sharkie tenta devorar Stormy.
(25/01/2009)
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Página publicada em 28 de janeiro de 2009.