Por: Marcelo Constantino
Duas semanas atrás, esta coluna listava Craig Conroy como uma das dez maiores decepções da temporada, lembrando que ele já fazia parte das intensas boatarias de trocas pela liga. Eis que agora ele foi negociado, e justamente para o time onde ele realizou a melhor temporada de sua carreira e também em que chegou mais perto do título: o Calgary Flames.

O preço pago pelos Flames não foi alto. Jamie Lundmark é ainda uma promessa não cumprida; uma escolha de quarta rodada não é grande coisa, a não ser que você tenha realmente bons olheiros; e ainda uma de segunda rodada, aí sim algo de real valor. Tudo isso por um central veterano, que já teve ótima passagem pelo time e que ainda terá mais um ano de contrato. Não é mau negócio.

Aos 35 anos de idade, Conroy deverá trazer muito mais que experiência e liderança à equipe. Ele deverá descarregar o peso das costas de Daymond Langkow, atualmente o central número 1 do time — antiga atribuição de Conroy. Deverá também ser escalado para disputar face-offs decisivos, além de trazer qualidade ao jogo defensivo da equipe, especialmente ao capenga time de matar penalidades. Ou seja, se antes havia o eterno problema de quem seria o central de Jarome Iginla, isso já estava resolvido com Langkow, que faz ótima temporada. Conroy chega para agregar. No máximo para (tentar) consertar o medonho time de matar penalidades.

É diferente para um jogador de qualidade como Conroy estar jogando num time sem qualquer pretensão nesta temporada, como o Los Angeles Kings, e num time que briga por posições mais altas nos playoffs, caso dos Flames. Atualmente o time canadense está numa briga ferrenha, ponto a ponto, com o Vancouver Canucks pela liderança da Divisão Noroeste, de longe a mais equilibrada na temporada.

É claro que todos esperam que Conroy dê um salto de produtividade, ainda mais se pensarmos nos pífios cinco gols e 16 pontos pelo LA (apenas um gol nas últimas 21 partidas pelo time). Não precisa chegar, claro, à produção de sua melhor temporada, mas também não será aceitável mantê-la nos patamares atuais. E, pelo que vimos na reestréia, o central recebeu uma verdadeira injeção de rejuvenescimento.

A (re)estréia

São as famosas coincidências do destino. Quis ele que Conroy fizesse sua reestréia pelos Flames jogando justamente contra os Kings. E o que se viu no gelo foi exatamente o Conroy dos tempos de Flames, marcando duas vezes e ajudando o atual time na vitória de 4-1 sobre o ex-time. "Foi uma noite especial para mim, não vou conseguir dormir esta noite", exagerou Conroy. O retorno dele ao Calgary parece mesmo um alívio. Para ambos.
Marcelo Constantino quase ficou de fora desta edição, pela primeira vez em sua carreira na TheSlot.com.br. O Virtua pifou — algo nada incomum — na terça-feira de manhã e só voltou na quarta à noite. Deu tempo, ainda que na correria.
Larry MacDougal/AP
Craig Conroy já chegou aos Flames marcando dois gols, e justamente sobre sua ex-equipe, os Kings.
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Página publicada em 31 de janeiro de 2007.