JOGO 5
Carolina 3-4 Edmonton (OT)

O GOL
Em desvantagem numérica, na prorrogação e num jogo de vida ou morte para os Oilers (Ryan Matthes/Getty Images - 14/06/2006)

14/06/2006
Edmonton 3 0 0 1 4
Carolina 2 1 0 0 3
PRIMEIRO PERÍODO — Gols: 1. Edmonton, Fernando Pisani 11 (Chris Pronger, Raffi Torres), 0:16. 2. Carolina, Eric Staal 8 (vantagem numérica) (Doug Weight, Bret Hedican), 5:54. 3. Carolina, Ray Whitney 9 (VN) (Eric Staal, Mark Recchi), 10:16. 4. Edmonton, Ales Hemsky 6 (VN) (Dick Tarnström, Steve Staios), 13:25. 5. Edmonton, Michael Peca 6 (Ales Hemsky, Chris Pronger), 19:42. Penalidades: A Hemsky, EDM (tripping), 2:27; M Greene, EDM (hooking), 5:03; M Greene, EDM (holding), 9:06; M Cullen, CAR (hooking), 11:40; J Spacek, EDM (high sticking), 14:42; C Adams, CAR (hooking), 17:17; D Tarnstrom, EDM (interference), 18:46; M Commodore, CAR (goalie interference), 19:13.
SEGUNDO PERÍODO — Gols: 6. Carolina, Eric Staal 9 (vantagem numérica) (Ray Whitney, Cory Stillman), 9:56. Penalidades: B Hedican, Car (interference), 2:43; J Stoll, EDM (hooking), 4:11; S Staios, EDM (hooking), 8:20; R Brind'Amour, CAR (high sticking), 15:32.
TERCEIRO PERÍODO — Gols: Nenhum. Penalidades: M Commodore, CAR (holding), 4:23; J Vasicek, CAR (hooking), 7:53.
PRORROGAÇÃO — Gols: 7, Edmonton, Fernando Pisani 12 (desvantagem numérica) (sem assistência), 3:31. Penalidades: S Staios, EDM (tripping), 3:03.
CHUTES A GOL
Edmonton 10 7 5 7 29
Carolina 14 8 2 0 24
Vantagem numérica: EDM – 1 de 7; CAR– 3 de 7. Goleiros: Edmonton – Jussi Markkanen (24 chutes, 21 defesas). Carolina – Cam Ward (29, 25). Público: 18.974. Árbitros: Paul Devorski, Mick McGeough.
Numa partida em que finalmente o Edmonton Oilers conseguiu marcar um gol em vantagem numérica (VN), em que o Carolina Hurricanes confirmou, mais uma vez, sua excelência nesta situação, marcando os seus três gols também em VN, o jogo tinha de ser decidido em alguma VN. E assim foi, só que o felizardo acabou sendo o time que estava em desvantagem, o Edmonton. E o mais sensacional: em plena prorrogação de vida ou morte para eles.

Fazer um gol em desvantagem numérica é algo que eu já considero sensacional. Adoro gols assim. Fazer um gol em desvantagem numérica e numa prorrogação é mais que sensacional. Fazer um gol em desvantagem numérica, numa prorrogação de final de Copa Stanley num jogo em que, se você perder, acabou o sonho, é absolutamente inominável. Melhor que isso só mesmo fazer um gol em desvantagem numérica, numa prorrogação de jogo 7 de final de Copa Stanley.

O gol foi lindo. Fernando Pisani interceptou um passe ruim de Cory Stillman (logo ele, um dos destaques do time nesses playoffs!) na zona de ataque dos Oilers, entrou livre e chutou no ângulo de Cam Ward. Uma pintura, gol típico de desvantagem numérica. Aliás, até a combinação das palavras em inglês para o gol de Fernando Pisani soa bacana: breakaway shorthanded overtime winner [for Pisani]. Que maravilha!

Foi mais um bom jogo dessas finais. Semelhante aos dois anteriores, ainda que com mais gols. Achei que os árbitros andaram exagerando em algumas penalidades (seguramente algumas não existiram), mas sem chegar a interferir no resultado do jogo. A VN dos Hurricanes é assim mesmo, fatal. Dessa vez ninguém abusou de cometer penalidades desnecessárias, e certamente ambos os times evitarão ao máximo repetir a festa de vantagens concedidas ao adversário nesse jogo: sete para cada. Mas nenhuma com dois homens.

Os Canes têm agora dois problemas para o jogo de sábado, já que Aaron Ward e Doug Weight se contundiram no jogo. Ambos voltaram a jogar ontem, mesmo contundidos, e, se a coisa for suportável, é certo que estarão no gelo no jogo 6. Caso contrário, melhor para os Oilers.

Se Ward jogar no sacrifício, provavelmente o técnico Peter Laviolette entrará com sete defensores novamente (ele já tinha feito isso na série, com Oleg Tverdovsky na equipe apenas por precaução). O problema será quem sacar do time. Se antes havia o sempre-disponível-para-ser-sacado Chad LaRose, agora o time conta com um Josef Vasicek exercendo um ótimo papel para o time.

É evidente que os Canes não querem um jogo 7, ainda que seja em casa. O caminho dos Oilers certamente é mais penoso: vencer ou vencer, agora em casa, depois no adversário. Ambos os times já venceram na arena adversária, ambos os times têm plenas chances de alcançarem seu objetivo. Ainda acredito que os Hurricanes têm a experiência, a paciência e o conjunto necessários à vitória na série.

Por outro lado, tenho certeza absoluta de que os Oilers têm também o conjunto, o momentum e a raça de um time que nunca se entrega, necessários às três vitórias consecutivas e históricas.



Marcelo Constantino é adepto da alimentação à base de churrasco e pizza.
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Página publicada em 15 de junho de 2006.