Cresce o sentimento em Toronto de que os Maple Leafs vão ser o time mais agressivo em busca de grandes nomes até a data-limite de trocas, em 11 de março. E há motivo para isso, já que, fora os Rangers, nenhum time está numa posição pior para o que parece ser o novo acordo de trabalho da liga, em 2004. Ed Belfour já vai fazer 38 anos. Gary Roberts, que aparentemente já sofreu todo tipo de intervenção cirúrgica, tem 36. Alexander Mogilny tem 34. Robert Svehla também, e ele teve de ser convencido a abandonar a aposentadoria para defender o time. Mesmo Mats Sundin, a pedra fundamental da franquia, tem 32. Somados, eles recebem US$ 30 milhões.

Outra quase certeza até a data-limite é que os Flyers irão atrás de ofensividade. Antes dos 5-0 contra os Kings na quinta-feira, o Philadelphia tinha apenas 17 gols nos 13 jogos anteriores. Eles sofreram shutouts por quatro vezes nesse intervalo, chegando a nove na temporada, a um do recorde do time, que já dura 34 anos. O técnico Ken Hitchcock, como sempre, prega uma melhor defesa. "Marcar gols é a última parte do nosso problema", disse ele ao jornal Philadelphia Inquirer. "A maior parte é o nosso posicionamento e força com o disco, que não nos têm deixado marcar gols."

Continuam correndo os boatos de que os Flames, baseados na menor cidade da NHL, estão solicitando ofertas para se livrar de Jarome Iginla, o artilheiro da liga na temporada passada. Ele está ganhando US$ 5,5 milhões neste ano, e deverá ganhar US$ 7 milhões na próxima temporada, um quarto do orçamento do time. Em teoria, Iginla, de 25 anos, é exatamente o tipo de jogador que uma cidade do tamanho de Calgary deveria poder manter, ao menos em seus primeiros anos de liga.

O dono dos Blackhawks, Bill Wirtz, aquele mesmo da frase que publicamos na semana passada ("Mesmo se você apontar uma arma para a minha cabeça, eu não compraria nenhum time, incluindo o meu próprio. E olha que estamos em melhor situação que a maioria, porque não temos nenhum débito."), tornou-se o mais recente dono de time a divulgar publicamente seus prejuízos financeiros, que ele estima em US$ 15 milhões para esta temporada.

O primeiro jogador que assinou com os Thrashers não poderia ter descido mais baixo: Damian Rhodes, tido como o goleiro da franquia ao chegar a Atlanta, foi rebaixado na semana passada para o Greenville Grrrowl, da ECHL. Ele ainda ganha seu salário da NHL, de US$ 2,75 milhões, até o fim do ano.

Ainda assim, é fácil argumentar que Rhodes foi um ótimo investimento, ao menos perto do contrato de dez anos, a US$ 90 milhões, que os Islanders deram a Alexei Yashin em 2001. Yashin tem 14 gols e já irritou tanto o técnico Peter Laviolette que está na quarta linha.

Janne Laukkanen tem treinado com os Rangers, mas ainda não sabe se vai voltar a jogar, por causa da artrite em seus quadris. Como fez em seus últimos dias em Pittsburgh, ele tem dado a entender que vai se aposentar após esta temporada. Ele também disse que pode jogar na Finlândia, seu país natal, onde a liga principal tem a metade dos jogos em relação à NHL.

Na última quinta, no Corel Centre, em Ottawa, Jim Gregory, o vice-presidente sênior de operações de hóquei da NHL, deu ao técnico Jacques Martin e ao goleiro Patrick Lalime, ambos dos Senators, prêmios por marcas alcançadas. O de Martin foi pelo seu 750.° jogo atrás do banco, enquanto o de Lalime foi pelo seu 25.° shutout. Vale lembrar que ainda não houve reconhecimento público da liga pela milésima assistência de Mario Lemieux, marcada há duas semanas.

Por falar em Lemieux, o técnico dos Oilers, Craig MacTavish, durante visita de seu time a Pittsburgh na semana passada, relembrou um jogo de 1988, em que Lemieux registrou sete pontos contra ele e seus colegas de linha de choque Kelly Buchberger e Dave Hunter: "Hunts culpou Bucky. Bucky me culpou. Eu culpei Hunts. Bucky e eu nos reunimos depois do jogo, e nós dois culpamos Hunts."

Uma matéria sobre Rico Fata, que os Penguins receberam na troca que mandou Alexei Kovalev para os Rangers, na edição da última quarta-feira do jornal Edmonton Sun, apontou que ele está jogando "ao lado do dono e futuro membro do Hall da Fama Mario Lemieux". No entanto, não disse quando os eleitos para o Hall em 1997, como Lemieux, passarão a efetivamente fazer parte dele. Ah, já fazem?