Em uma temporada em que sete técnicos foram demitidos — os times estão a uma demissão do recorde da NHL, estabelecido há duas temporadas —, o Wild fez o inimaginável: deu a Jacques Lemaire uma extensão de três anos no seu contrato, a US$ 1,2 milhão por ano. Isso o deixa entre os técnicos mais bem pagos da liga e, dadas suas credenciais, é difícil discutir o fato. A folha de pagamento de jogadores do Minnesota é a mais baixa da liga, a US$ 21 milhões, mas o Wild tem sido a surpresa da temporada.

Os Kings finalmente reconheceram que estão oferecendo Zigmund Palffy, que irá ganhar US$ 7 milhões na próxima temporada se o clube decidir exercer a cláusula de renovação por um ano a que tem direito. A diretoria do time de Los Angeles, que já tornou público seu crescente prejuízo, não quer ter US$ 15 milhões comprometidos em dois jogadores, e Jason Allison deverá receber US$ 8 milhões. "Ziggy tem sido nosso melhor jogador neste ano", disse o gerente geral Dave Taylor ao jornal Los Angeles Times. "Mas temos de olhar pela ótica econômica das coisas. Também queremos ficar de olho em 2004".

Fontes no Jogo das Estrelas, no fim de semana retrasado, apontaram que o próximo grande artilheiro a entrar no bloco dos "trocáveis" vai ser Owen Nolan, dos Sharks. Há uma tensão quase palpável entre o capitão do San Jose e o GG Dean Lombardi. Lombardi tem culpado Nolan pelo fato de os Sharks serem a maior decepção da NHL nesta temporada. Perguntado sobre isso pelo jornal San Jose Mercury News na semana passada, Nolan respondeu: "Não, não estou nem ligando". E saiu de fininho.

A seqüência de contusões dos Islanders praticamente os tirou da concorrência para adquirir Alexei Kovalev, dos Penguins, ou qualquer outro jogador de destaque. Com Kenny Jonsson, um de seus defensores mais importantes, arrumando mais uma concussão para a sua série na terça-feira da semana passada, a mão do GG Mike Milbury não está lá muito boa.

Em Ottawa, Rod Bryden, o homem que tenta tirar os Senators da concordata, começou em grande estilo. Desde que Bryden solicitou à torcida e as empresas da cidade que aparecesem para tentar salvar o time, sete dos oito jogos no Corel Centre tiveram público de 18 mil ou mais.

Nos importantes 5-4 do Detroit sobre o San Jose na última quinta, o gol da vitória foi marcado pelo desconhecido zagueiro Patrick Boileau. Ele assinou com os Wings como agente livre nas últimas férias, mas, aos quase 28 anos, só tinha sete jogos na NHL no currículo, todos com o Washington Capitals, entre 1996-97 e 2001-02. De repente, Boileau está logando muitos minutos pelos atuais campeões da Stanley Cup. Na verdade, Boileau jogou mais contra os Sharks (17:36) que Mathieu Dandenault (17:08), normalmente um dos quatro principais defensores do Detroit.

Steve McKenna, dos Penguins, cujos nove gols em 52 jogos nesta temporada ultrapassam seu total de oito em 245 partidas durante seus seis primeiros anos na NHL, tem a chance de assegurar um lugar no livro dos recordes da liga. Como? Bem, ele terá de ser uma nulidade no ataque para conseguir, e isso não é muito provável se ele seguir jogando na primeira linha, ao lado de Mario Lemieux. McKenna atingiu um patamar inédito para jogadores produzindo gols — sem produzir assistências — numa só temporada. Antes de marcar dois na vitória dos Pens por 5-2 em Boston no sábado, ele dividia o recorde com Dan Quinn, que teve sete gols e nenhuma assistência jogando pelo Ottawa em 1993-94. Assim que McKenna, que tem 11 assistências em 297 jogos na carreira, assistir em um gol, ele perderá a chance de disputar essa distinção peculiar.

Penguins e Bruins empataram sua série de temporada regular, 2-2. Nada estranho nisso, é claro, exceto por uma coisa: o time visitante ganhou todos os quatro jogos, e a simetria não pára por aí. Os Penguins fizeram 7-3 no Boston jogando no FleetCenter, enquanto os Bruins tiveram uma vantagem idêntica na Mellon Arena.

Colin Campbell, o diretor de operações de hóquei da NHL, tem sido enfático nas suas críticas à encenação de penalidades. Mas ele destacou um aspecto peculiar das reclamações encaminhadas para a sua mesa: "Todos dizem que não há problemas com seus próprios times, mas que certamente há algum problema com as outras 29 equipes".

O veterano defensor Patrice Brisebois está de volta a Montreal, depois de passar a noite de sábado num hospital de Toronto, graças a uma taquicardia. O incidente fez o jogador dos Canadiens, de 32 anos, ficar de fora da derrota por 3-1 para os Maple Leafs, no mesmo dia. Brisebois não deve ficar fora por muito tempo, e os médicos continuam fazendo exames.