Para tentar dar um pouco mais de emoção ao Jogo das Estrelas, a NHL decidiu voltar ao formato Leste contra Oeste, depois de usar América do Norte contra Resto do Mundo por cinco anos. Mas, se eles realmente queriam tornar o jogo melhor, eles deveriam ter dado uma olhada na lista de artilheiros, para assegurar que jogadores tendo bons anos estejam na cédula de votação. Por exemplo: o jogo será no Office Depot Center, na Flórida, a casa do Florida Panthers, mas o central Olli Jokinen, do time local, não está na cédula. Jokinen tem sido uma das surpresas neste início de temporada, assim como outro jogador que também não está presente na cédula — Martin St. Louis, do Tampa Bay, atualmente em segundo na artilharia. Enquanto isso, jogadores que já estiveram no evento em anos anteriores, mas que ainda não jogaram a temporada, como Chris Pronger, dos Blues, Theoren Fleury, dos Blackhawks, e Steve Yzerman, dos Wings, estão na cédula. E eles podem até acabar votados como titulares.

Está acontecendo em todo lugar. O público que assistiu ao empate de 1-1 entre Flyers e Panthers, na última quarta-feira, não passou de 18.834. Foi a primeira vez desde 14 de novembro de 1996 que um jogo do Philadelphia em casa não atraiu ao menos 19 mil pessoas. Como dizem na política (e na liga), é a economia, estúpido.

Repórteres em Calgary perguntaram a Bobby Holik, durante a visita dos Rangers àquela cidade, se a razão para Jarome Iginla, dos Flames, ter passado de um jogador de 52 gols para um jogador ordinário, com quatro gols em 17 jogos, pode ser dinheiro. Afinal, Iginla assinou um contrato de dois anos, valendo US$ 13 milhões durante as últimas férias. "Olhem para ele como o jogador que ele é, não pelo que ele ganha", disse Holik, que está ouvindo muitas acusações parecidas em Nova York, depois de começar com o pé esquerdo seu contrato de cinco anos a US$ 45 milhões com os Rangers. "Ele trabalha duro? Sim. Ele joga com vontade? Sim. Jogadores não mudam por causa de novos contratos, mas a perspectiva da torcida muda".

O Edmonton Oilers deu um ultimato a Jiri Dopita, adquirido nas últimas férias, ao colocar o improdutivo central na Desistência. Decepcionada com a falta de produção de Dopita — ele tem apenas três assistências em 13 jogos — e precisando abrir uma vaga no elenco para chamar de volta Marty Reasoner, a gerência do Edmonton achou que tinha de fazer alguma coisa. O alto salário de Dopita, US$ 1,75 milhão, deve intimidar qualquer pretendente, por isso ele deve ficar na organização. Se ganhar uma nova chance, ele precisa aproveitá-la.

Quão desesperados estavam os Flames para se livrar do problemático Marc Savard? O prospecto que eles adquiriram dos Thrashers, Ruslan Zainullin, da Superliga Russa, já teve seus direitos trocados duas vezes por outros times da NHL.

Quão desesperados estão os Maple Leafs para se livrar do ponta veterando Shayne Corson e de seu salário de US$ 2,45 milhões? De acordo com vários rumores vindos de Toronto, os Leafs podem incluir o cunhado de Corson, Darcy Tucker, num pacote. Entretanto, Corson tem uma cláusula que impede trocas e parece decidido a ficar onde está.

Até por serem gêmeos, Henrik e Daniel Sedin não tinham sido separados muitas vezes, na vida e no hóquei. Mas a frustração dos Canucks com a falta de produção deles — somados, têm um gol em 17 jogos — aumentou tanto que agora eles estão operando em linhas separadas pela primeira vez em três temporadas de NHL. "Foi difícil no começo", disse Henrik ao jornal Vancouver Province. "Nós jogamos juntos por muito tempo. Mas talvez isso nos torne jogadores mais equilibrados".

O goleiro veterano Tom Barrasso fez sua estréia pelo St. Louis Blues na última terça-feira, em Vancouver. Barrasso, de 37 anos, esteve bastante ocupado e pareceu um pouco enferrujado. Ele terminou a partida com 29 defesas em 35 chutes.

Só para ver se entendemos direito: o zagueiro Jason Woolley não era bom o bastante para jogar no pior time da NHL, mas os Red Wings deram uma escolha no próximo recrutamento para consegui-lo. É isso, não é?

O prospecto Kari Lehtonen, do Atlanta Thrashers, escolha de número dois no recrutamento passado e suposto goleiro do futuro, pode ser o melhor jogador fora da NHL hoje. Jogando na SM-Liiga finlandesa, Lehtonen, de apenas 19 anos, mantém uma campanha de 13-2-2, uma média de gols contra de 1,46 e uma média de defesas de 94,6%.