Por Bruno Bernardo

Os fanáticos por hóquei dizem que o jogo é uma questão de vida ou morte. Para Jamie McLennan, isso é verdade.

Quando as pessoas falam sobre os jogadores mais simpáticos, o nome de McLennan sempre é lembrado, até porque ele está sempre sorrindo. Com seus 31 anos, ele acredita estar mais jovial do que nunca, graças a uma experiência quase mortal que teve há seis anos, devido a uma meningite bacterial.

Tudo começou em 1996, como uma gripe, com fraqueza e náuseas, e, antes que ele percebesse, já estava em uma cama de hospital lutando pela vida.

Depois de se recuperar, seus primeiros pensamentos foram em voltar ao hóquei, mas outros aspectos da vida tiveram que ser resolvidos primeiro. Sair da cama e ir para o banheiro era uma coisa difícil para McLennan; era difícil andar. Foi uma época dura para sua família, e isso o tornou uma pessoa melhor.

Até hoje, McLennan não sabe como contraiu a doença e não sabe por que foi tão suscetível. Ele teve uma infecção no sangue, parecia que não tinha anticorpos para combater a bactéria. Seu sistema nervoso estava destruído.

Há um ano, McLennan foi banido para uma temporada nas ligas menores. Depois de uma temporada com o Minnesota Wild, em que teve uma média de gols sofridos de 2,64, ele foi despachado para o Houston Aeros, da AHL.

McLennan ficou decepcionado, mas sabia que isso não era tão ruim assim. Ele hoje joga pelo Calgary, e, em quatro jogos que atuou desde que o titular Roman Turek se contundiu, teve duas vitórias, um empate e uma derrota na prorrogação. Sua média é de 2,20, e a porcentagem de defesas é de altos 92,8%.

Assim como as decepções da vida, McLennan sabe que o melhor caminho é olhar as coisas da melhor forma possível. Isto dá perspectiva e é fácil de se aprender.