Por Alessander Laurentino

Assim como a febre do renascimento atingiu times como o Tampa Bay, no Oeste um belo candidato a exemplo desta moda na NHL é o Anaheim Mighty Ducks. Mas será que o time da Disney vai sustentar o ritmo até o final da temporada? Apesar de pertencer a um grupo bastante popular na América e no mundo, a franquia californiana não anda muito popular com o público de sua cidade-base.

Já há algumas temporadas o time vem jogando mal, não tem se classificado para os playoffs e tem flertado insistentemente com o fundo do poço. Para se ter uma idéia da falta de interesse do público local, a equipe vem tendo uma média de apenas cerca de 11 mil torcedores por partida, enquanto a maioria dos times da liga tem uma média de cerca de 18 mil.

Mesmo a Disney parece ter seu limite de prejuízos, tanto que decidiu colocar o time à venda. No entanto, a empresa tem anunciado que impõe como condição que o time seja mantido onde está.

Apesar dos sucessivos prejuízos, o time investiu na contratação de um dos melhores centrais da liga, Adam Oates, trouxe de volta o veterano defensor Fredrik Olausson, além de Petr Sykora, ex-Devils. Os Ducks ainda resolveram apostar no promissor atacante russo Stanislav Chistov.

Mas será que finalmente Paul Kariya poderá contar com jogadores de seu nível? Afinal, Kariya tem praticamente carregado os Ducks nas costas, sendo considerado por muitos como um jogador formidável que está desperdiçando sua carreira num time sem futuro. O porquê de ele ainda não ter jogado a toalha ninguém sabe, afinal, dólar por dólar, certamente ele conseguiria ganhar a mesma quantia, ou até mais, em outros times, como Rangers e Red Wings.

Alguns acreditam que, em caso de novo fracasso dos Ducks, ele não teria muitos motivos para permanecer por lá. É possível que essa seja a última chance que Kariya dá ao Ducks de formar um bom time, capaz de competir na NHL, e não apenas participar da liga como o saco de pancadas que tem sido. Ou a Disney — ou até mesmo um eventual novo dono — resolve acertar nas contratações ou correrá o risco de ver a estrela restante e maior esperança do time pedir para sair, assim como fez Teemu Selanne na temporada 2000-01.