Por Alexandre Giesbrecht

O encontro de gerentes gerais da NHL produziu quatro recomendações: o retorno de três regras antigas e uma nova mudança (que alguns chamariam de radical). Os GGs recomendaram a diminuição da largura dos protetores de perna do goleiros para os 25 centímetros que vigoravam até pouco mais de 15 anos, ao invés dos atuais 30. Também recomendaram que os gols voltem a ficar a três metros das paredes do fundo, ao invés dos atuais quatro metros e o retorno da regra de impedimento em que os jogadores têm de estar fora da zona de ataque (ao invés do disco). A nova mudança prevê que os goleiros não mais poderão dominar o disco atrás da linha do gol. Esta última mudança deve render críticas da associação de jogadores, já que muitos dos principais goleiros são especialistas no domínio do disco.

A tentativa da cidade de Winnipeg de tentar conseguir de volta uma franquia da NHL aparentemente já resultou em ao menos um interessado. Isso depois de, há dois meses, vários clubes terem rido de uma carta enviada pela prefeitura da cidade canadense, propondo a mudança para o norte da fronteira. Uma fonte intimamente familiar com o hóquei na província de Manitoba acredita que um dos times do sul dos EUA recentemente entrou em contato com representantes de Winnipeg atrás de informações. A mesma fonte também revelou que esse time teria ainda contatado Houston, Kansas City e Portland.

Os Red Wings finalmente viram morrer o seu "goleiro-monstro de três cabeças", mas não do jeito que imaginavam. O veterano Dominik Hasek, de 39 anos, vai ficar de fora do restante da temporada, por causa de sua persistente contusão na virilha. A situação só é uma boa notícia para Curtis Joseph, o goleiro que foi eleito vilão em Detroit e que esperava ser trocado em algum momento durante esta temporada. De acordo com várias fontes, também foi uma boa notícia para os outros jogadores dos Red Wings, já que a presença de Hasek e Joseph tinha dividido o vestiário do time.

Há não muito tempo, os Penguins dominavam a lista de artilheiros da NHL. Agora, os dois primeiros lugares são ocupados por dois ex-jogadores do time, Markus Naslund, que tem 67 pontos, e Robert Lang, que tem 64. Naslund, que perdeu a corrida pelo Troféu Art Ross no último dia da temporada passada, insiste que não o considera uma prioridade: "Eu já estive nessa posição antes e descobri que não é bom se focar nas coisas erradas. Se você trabalhar no seu jogo, coisas boas como [o troféu] acontecem."

Lang, aliás, disse que o vestiário do Washington "não é o melhor lugar para se estar" desde que os Capitals trocaram Jaromir Jagr, há duas semanas. Ele revelou que todos os jogadores com salários altos no elenco, incluindo ele mesmo, estão imaginando quem será o próximo. Lang, Olaf Kolzig, Sergei Gonchar e Peter Bondra têm salários acima de US$ 3 milhões. "É praticamente inevitável que mais irão embora. Provavelmente eu também. É a minha segunda vez nessa situação."

O San Jose Sharks nunca ganhou um jogo em Buffalo desde que entrou na NHL, em 1991. Na verdade, o time sequer conseguiu um empate na casa dos Sabres em toda a história, com uma terrível campanha de 0-11-0-0. A seqüência foi mantida na terça-feira, com a derrota dos Sharks por 2-1 para os Sabres — que agora estão a apenas seis pontos do New York Islanders na corrida pela oitava e última vaga no Leste. Enquanto isso, os surpreendentes Sharks têm uma vantagem de cinco pontos na Divisão Pacífico sobre o experiente Dallas Stars.

Depois de um jogo em novembro, contra o Pittsburgh, Joe Thornton, dos Bruins, reclamou dos árbitros da NHL, dando o que falar no mundo do hóquei. Perguntado na semana passada sobre a evolução do trabalho dos juízes desde então, ele respondeu: "Para ser sincero, os árbitros melhoraram bastante desde aquele dia. Eu não tenho mais do que reclamar quanto a isso." Ele então começou a gargalhar. "Vamos deixar assim e me livrar de encrenca."

Marc-Andre Fleury venceu a partida que marcou sua volta ao Cape Breton Screaming Eagles, seu time júnior, com 21 defesas e ainda duas assistências contra Baie-Comeau na sexta-feira: 5-1. O goleiro de 19 anos, primeira escolha no último recrutamento, foi mandado de volta para Nova Scotia depois de passar quase quatro meses com os Penguins, em Pittsburgh, quando chegou a ser eleito o novato do mês, em outubro, mas suas performances caíram junto com as do time, hoje o lanterna da liga. Ele teve de voltar à QMJHL para os Penguins não serem obrigados a pagar US$ 3 milhões em bônus facilmente atingíveis a Fleury.