Por
Alexandre Giesbrecht
Se
já é (ou era?) raro um jogo da NHL terminar sem gols,
já imaginou como seria ter dois jogos terminados em 0-0 na mesma
noite? Se não tinha imaginado até quinta-feira passada,
pôde sentir o gostinho naquela noite, a primeira com dois jogos
sem gols na mesma noite em 69 anos: New York Rangers x Atlanta e San
Jose x Philadelphia. A última vez que isso tinha acontecido foi
no longínquo dia 30 de dezembro de 1934, quando os jogos New
York Rangers x Boston e Detroit x New York Americans terminaram sem
abertura de placar. Até sexta-feira, a média de gols por
jogo na liga estava em 4,2, mais de um gol de média abaixo da
já horrível média de 5,31 na temporada passada.
Desde que atingiu seu ápice em 1992-93, com 7,2 gols por jogo,
a média tem caído ano após ano.
Por
causa da cautelosa temporada dos agentes livres, algo raro nos últimos
anos, o salário médio da NHL mal aumentou: foi de US$
1,79 milhão na temporada passada para US$ 1,81 milhão
nesta. Essa média dobrou na última década. A folha
de pagamento média dos times subiu de US$ 42 milhões para
US$ 44,1 milhões. A maior folha de pagamento pertence ao New
York Rangers, com US$ 81,3 milhões. A menor, ao Nashville Predators,
com US$ 22,5 milhões.
O
goleiro Curtis Joseph e o Detroit Red Wings concordaram que uma passada
pela liga menor é o melhor no momento. Joseph, veterano que sempre
teve destaque na NHL e que tem sido oferecido pelo Detroit desde que
o time readquiriu Dominik Hasek, foi mandado para o Grand Rapids, da
AHL. Ele vai comerçar o jogo dos Griffins na sexta, quando eles
jogarão em casa contra o Utah Grizzlies.
Ah,
se todos os jogos fossem assim... O jogo entre Edmonton e Colorado,
no último sábado, chamou a atenção não
apenas pelo número de gols (nove, a vitória dos Oilers
por 6-3). Também chamou a atenção por como foram
marcados. Em 5-contra-5, mesmo, apenas um. Todos os gols dos Avs vieram
durante vantagem numérica. Excelente trabalho de times especiais,
certo? Errado. A mesma equipe especial concedeu dois gols em desvantagem
numérica para os Oilers, que também marcaram mais três
gols com um homem a mais, incluindo um de rede vazia, que não
conta nas estatísticas como vantagem numérica.
Das
finais da Copa Stanley para Johnstown em apenas dois anos, Arturs Irbe
teve uma curva descendente de dar inveja a muitas progressões
geométricas negativas. O Carolina Hurricanes, tentando se livrar
dos US$ 5,2 milhões que deve a ele nos próximos dois anos,
cumpriu sua ameaça de mandá-lo para a ECHL na quinta-feira,
em resposta à negativa de Irbe em ajustar seu contrato. Irbe,
que vai ganhar US$ 2,7 milhões nesta temporada, independentemente
de onde estiver jogando, estreou pelos Chiefs no sábado, parando
25 dos 26 chutes que o Long Beach mandou contra ele na vitória
por 4-1.
O
ponta Bates Battaglia, do Colorado, foi mantido no banco por algum tempo
na semana passada, apesar de ainda não ter chegado ao fundo do
poço com o Avalanche. Battaglia atualmente está treinando
na quarta linha, com Riku Hahl e Jim Cummins, enquanto o ex-zagueiro
Chris McAllister e o novato Cody McCormick estão na linha 3.
Adquirido na data-limite de trocas da última temporada, em troca
do promissor ponta Radim Vrbata, esperava-se que Battaglia se tornasse
um atacante de força para os Avs. Isso não aconteceu,
e o jogador de 27 anos continua não se adaptando ao sistema do
Colorado e à vida em geral na Conferência Oeste.
O
goleiro Sebastien Charpentier, de 26 anos, começou um jogo pelos
Capitals pela primeira vez na terça-feira da semana passada e
não se deu muito bem na frente da família e de amigos,
que foram vê-lo em Montreal. Enquanto isso, Maxime Ouellet, considerado
o goleiro do futuro do time, está com 22 anos e dando início
à sua terceira temporada na AHL. Adquirido dos Flyers na troca
de Adam Oates, em março de 2002, Ouellet tem ido bem na liga
menor. Ele não parece ter de provar mais nada nesse nível,
então pode acabar sendo convocado em breve especialmente
se Charpentier continuar tropeçando no disco.
Daniel
Briere, do Buffalo, e o intimidador Donald Brashear, dos Flyers, são
os mais recentes jogadores da NHL a se contundir nos treinos. Briere
machucou a virilha ao levantar pesos, e Brashear caiu de mau jeito durante
um treino de ataque contra defesa. Hóquei já é
um esporte duro quando se encara adversários, então deve
ser duplamente frustrante para os técnicos quando perdem jogadores
assim.
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Terça, 14/outubro/2003 |
Montreal 5-1 Washington
Atlanta 2-2 NY Islanders
Calgary 1-0 Edmonton |
Quarta, 15/outubro/2003 |
Los Angeles 4-3 Ottawa
Florida 1-2 Phoenix
Dallas 0-2 Boston |
Quinta, 16/outubro/2003 |
Minnesota 2-5 Colorado
Tampa Bay 5-1 Phoenix
Edmonton 4-1 Buffalo
Montreal 4-1 Pittsburgh
Mashville 4-1 St. Louis
Detroit 3-2 Vancouver
New Jersey 2-2 Toronto
Columbus 2-1 Chicago
NY Rangers 0-0 Atlanta
San Jose 0-0 Philadelphia
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Sexta, 17/outubro/2003 |
Dallas 4-2 Washington
Anaheim 0-3 Ottawa |
Sábado, 18/outubro/2003 |
Atlanta 7-2 Chicago (HT)
Edmonton 6-3 Colorado
Phoenix 4-5 Philadelphia
Los Angeles 3-4 Boston
Pittsburgh 4-3 Detroit
San Jose 1-4 Ottawa
St. Louis 4-1 Washington
New jersey 2-3 Tampa Bay
Nashville 3-2 Columbus
Minnesota 2-2 Vancouver
NY Rangers 2-2 Carolina
NY Islanders 2-1 Florida
Calgary 0-2 Buffalo
Montreal 0-1 Toronto |
Domingo, 19/outubro/2003 |
Anaheim 3-4 Boston (P)
Chicago 3-1 Nashville
Dallas 3-1 Minnesota |
Segunda, 20/outubro/2003 |
Vancouver 6-1 Buffalo
NY Islanders 5-2 Toronto
NY Rangers 3-1 Florida
Montreal 2-1 Detroit |
Legenda |
(P) = prorrogação; (HT)
= hat trick
Obs.: à esquerda os times da casa |
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