Por Alexandre Giesbrecht

O agente Allan Walsh tem como clientes os três jogadores sem contrato mais proeminentes da liga. Marian Gaborik e Pascal Dupuis, os artilheiros do Minnesota Wild na última temporada, deram declarações, por meio de Walsh, na última sexta-feira, dizendo que podem não chegar a um acordo até o fim da temporada. Martin Havlat, do Ottawa Senators, chegou a um acordo com o time e assinou contrato. As conversas ainda não se encerraram para nenhum dos outros dois, mas as propostas de todos têm grandes diferenças em relação ao oferecido pelos times.

Isso ainda deve ir longe... Fontes indicam que a NHLPA se ofereceu para aceitar um corte salarial de 5% para cada um de seus membros, na tentativa de pôr um ponto final às negociações do novo acordo de trabalho com a NHL. Ao mesmo tempo, a liga colocou na mesa como proposta inicial um teto salarial de US$ 31 milhões por time. É até encorajador ver os dois lados conversando, mas eles ainda parecem estar extremamente longe de um acordo, que, se acontecer antes da próxima temporada, tende a ser conquistado apenas na última hora — e a duras penas.

Uma marca até impressionante, em uma época de transição: no sábado passado, Martin Brodeur quebrou o recorde de jogos de um goleiro que passou a carreira toda em um só time, ao aparecer em seu 667.° jogo com o New Jersey Devils. Ele e o recém-aposentado Mike Richter, dos Rangers, estavam empatados.

O comissário da NHL, Gary Bettman, disse que a liga começou a conversar sobre o novo contrato com os atuais detentores dos direitos de transmissão para os Estados Unidos, a ABC e a ESPN. Graças à decadente audiência e à frustração das duas redes com a falta de gols, é consenso quase geral que a liga deverá aceitar um contrato bem menos lucrativo que o de US$ 600 milhões por cinco anos que expirará ao final desta temporada. Mudanças à vista para os pobres brasileiros, que não conseguem assistir a hóquei ao vivo? Não aposte nisso.

Jarome Iginla, vencedor do Troféu Art Ross em 2001-02 e uma grande decepção em 2002-03, foi anunciado como novo capitão dos Flames. Com isso, ele tornou-se o primeiro negro a ser capitão de time na NHL.

O Chicago Blackhawks, que já tinha um dos elencos mais jovens da NHL, com seis novatos, ficará sem o capitão e central da primeira linha Alexei Zhamnov por pelo menos seis semanas. Zhamnov deve se submenter a uma operação nas costas no final desta semana. Para substituí-lo no time, os Hawks convocaram das ligas menores Brett McLean. Entretanto, a responsabilidade agora recai sobre os ombros do segundo-anista Tyler Arnason e do novato finlandês Tuomo Ruutu.

Pode até não ser tão surpreendente que Alexandre Daigle marcou um gol em sua estréia pelo Wild sexta-feira, uma vitória por 5-3 em casa sobre os Rangers. Mesmo quando se leva em consideração que ele marcou apenas quatro gols em 33 jogos pelos Penguins na última temporada. Mas que tal o fato que sua linha de tranco — sim de tranco — impediu a linha de Eric Lindros, Anson Carter e Martin Rucinsky de marcar? Os colegas de linha de Daigle são o central Marc Chouinard, de 1,96 m de altura, e o novato austríaco Christoph Brandner.

Por que os técnicos preferem alugar casas, ao invés de comprá-las: Desde que Paul Maurice, o técnico há mais tempo no cargo na NHL, foi contratado pelo então Hartford Whalers em 6 de novembro de 1995, o New York Islanders degolou sete técnicos. Os Penguins vêm em segundo lugar, com seis.

Contusões sempre foram parte do hóquei, mas contusões como a que deixou o central Claude Lapointe, dos Flyers, de fora da pré-temporada são mais que ordinárias. O tornozelo de Lapointe foi torcido quando ele caiu da escada ao tentar evitar pisar no seu gato. "É idiota como parece", disse Lapointe.