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17 de outubro de 2003
Tragédia na NHL

Por Daniel Rocha

Segue o problema que envolve estrelas de todos esportes: acidentes automobilísticos. Certamente já passou o momento de maior comoção em relação ao acidente envolvendo dois jovens jogadores da NHL, os companheiros de Atlanta Thrashers Danny Heatley e Dan Snyder, mas não é possível deixarmos tal acontecimento passar em branco.

Não foi o primeiro nem será o último acidente envolvendo estrelas do primeiro escalão no esporte. Em 2000, na NBA, Bobby Phills, do Charlotte Hornets, acabou morto após perder o controle do carro e bater em um veículo vindo na direção oposta. A polícia afirma que ele e seu companheiro de equipe, David Wesley, estavam em um "racha" com seus Porsches.

No nosso futebol temos inúmeros casos, como o de Edmundo, que causou a morte de uma passageira, e o de Dener, então jogador do Vasco, que encerrou a carreira antes mesmo de despontar como estrela.

Há algumas diferenças neste caso da NHL, quando comparado aos outros. Primeiramente, não houve uma quantidade considerável de álcool no caso, já que foi constatada a presença de apenas uma pequena fração no sangue de Heatley, o que leva a crer que o acidente pode não ter sido causado pelo jogador, mas sim por uma falha no carro ou um problema na pista.

Isso logicamente não livraria Heatley da culpa, já que foi constatado que ele dirigia a uma velocidade acima de 120 km/h. Outro fator a se destacar é o fato da família de Dan Snyder perdoar Heatley pelo que houve sem hesitar em momento algum. Graham Snyder, parente de Dan, disse: "Nós somos todos humanos e cometemos erros (...), queremos que vocês saibam que não colocamos a culpa em Heatley pelo acidente que nos tirou nosso filho".

Depois de toda tragédia, começam a ser observadas agora as conseqüências do acidente. Muitos acreditam que Heatley não precisará passar tempo algum na cadeia, já que a família de Snyder já afirmou que não pretende processá-lo.

Outro ponto a se observar é a reação de Heatley frente à tal tragédia. Era do conhecimento de todos que Snyder era o melhor amigo dele dentro da equipe. Paira no ar a dúvida: Seria Heatley capaz de superar algo tão marcante como um acidente de tamanhas proporções? Essa dúvida só poderá começar a ser respondida em no mínimo cinco meses, período que se espera que Heatley consiga ficar totalmente curado da cirurgia sofrida nos ligamentos do joelho. Até lá, como bem disse Waddell, GG dos Thrashers: "Ele está se sentindo bem em relação à cirurgia (...), é a única coisa sobre a qual ele está se sentindo bem".

Daniel Rocha, deixa nesse espaço sua pequena homenagem a Snyder, que ele esteja bem, onde quer que seja.
 
  HOMENAGEM Os pais de Snyder passam em frente a jovens jogadores de hóquei em uma homenagem a jogador em sua cidade natal. (Mike Cassese/Reuters)
   
 
  COM O 37 NA CAMISA Os Thrashers usarão uma "patch" com o número 37 durante toda a temporada. Na Foto, Pasi Nurminen abaixa a cabeça em memória ao ex-companheiro. (Reuters)
   
 
  DAN SNYDER Foto de Dan Snyder, retirada dos profiles da NHL.com (www.nhl.com)
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Página publicada em 15 de outubro de 2003.