Por
Marcelo Constantino
Eles conseguiram de novo. Na primeira fase dos playoffs, perdendo a
série para o Colorado Avalanche por 3-1, o Minnesota Wild virou e venceu
por 4-3. Agora foi a vez do Vancouver Canucks sofrer na pele exatamente
a mesma história. Só que, se contra os Avs foram necessárias duas vitórias
seguidas na prorrogação, desta vez o Wild venceu duas vezes de forma
definitiva os Canucks.
No jogo 7 de quinta-feira, o Vancouver chegou a abrir a vantagem de
2-0 no segundo período. Incrivelmente, deixou tudo escapar e levou quatro
gols seguidos do Wild, que avançou para a final da Conferência Oeste
com a vitória por 4-2.
Quatro fatos tornam estes feitos ainda mais significativos: este é apenas
o terceiro ano de vida da franquia do Wild; esta é a primeira vez que
o time está nos playoffs; foi a primeira vez na história da NHL que
um time vira, nos mesmos playoffs, duas séries em que perdia por 3-1;
até então apenas o Montreal Canadiens, em 1971, havia vencido dois jogos
7 fora de casa.
Os Canucks, que também protagonizaram uma virada semelhante na primeira
fase contra os Blues e que não haviam perdido três partidas seguidas
na temporada, tinham o controle total do jogo quando estavam com a vantagem
de 2-0. Até que um lance de sorte do Minnesota mudou o caminho de ambos
os times.
Faltando 4,5 minutos para encerrar o período, o defensor Marek Malik
tentou aliviar o disco de trás do gol de Dan Cloutier O disco bateu
no taco de Sergei Zholtok e foi parar dentro do gol do time canadense
depois do empurrãozinho de Pascal Dupuis. Era o início da derrocada.
Os canadenses ainda lideravam até quase a metade do período final quando
mais um lance de sorte veio na direção do Wild: Antti Laaksonen tentou
mandar o de backhand para o gol, mas ele acabou batendo no patim
do defensor Nolan Baumgartner e sobrou para Wes Walz mandar para o fundo
da rede.
Com cinco minutos para o fim, Darby Hendrickson marcou o gol da virada,
disparando do alto do círculo esquerdo. Qualquer tentativa de reação
do Vancouver foi sepultada quando Todd Bertuzzi foi penalizado por interferência
aos 15:34. Na vantagem numérica Dupuis marcou seu segundo gol e praticamente
selou a eliminação dos Canucks.
No desespero, o Vancouver retirou o ineficiente Cloutier em troca de
mais um atacante com 2,5 minutos faltando. Em vão, a armadilha da zona
neutra venceu mais uma vez.
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CHORA CANUCKS Enquanto o Wild
comemorava o quarto gol do time, Ed Jovanovski (55) sabia que estava
tudo perdido (Richard Lam/CP - 08/05/2003) |
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Minnesota Wild |
0 |
1 |
3 |
4 |
Vancouver Canucks |
0 |
2 |
0 |
2 |
PRIMEIRO PERÍODO -- Gols:
Nenhum. |
SEGUNDO PERÍODO -- Gols: 1,
Vancouver, Mattias Ohlund 3 (Brent Sopel, Jarkko Ruutu), 11:29.
2, Vancouver, Todd Bertuzzi 2 (Henrik Sedin, Murray Baron),
12:30. 3, Minnesota, Pascal Dupuis 3 (Sergei Zholtok),
15:30. Penalidades: B Morrison, Van (holding stick), 16:47.
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TERCEIRO PERÍODO -- Gols:
4, Minnesota, Wes Walz 7 (Antti Laaksonen, Nick Schultz),
8:05. 5, Minnesota, Darby Hendrickson 2 (Richard Park,
Andrei Zyuzin), 14:48. 6, Minnesota, Pascal Dupuis 4 (vantagem
numérica) (Sergei Zholtok, Richard Park), 17:27. Penalidades:
T Bertuzzi, Van (interference), 15:34. |
Minnesota Wild |
6 |
4 |
6 |
16 |
Vancouver Canucks |
12 |
7 |
7 |
26 |
Vantagens Numéricas: MIN - 1 de 2, VAN - 0 de 0. Goleiros:
Minnesota, Dwayne Roloson (26 chutes, 24 defesas; campanha: 5-4-0).
Vancouver, Dan Cloutier (16, 12; campanha: 7-7-0). Público:
18.514. Árbitros: Bill Mccreary, Kevin Pollock. Assistentes de linha: Brad
Lazarowich, Mark Wheler. |
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