Por
Fabiano Pereira
Primeiro, quero avisar que todo o conteúdo desta coluna é
apenas opinião deste desregrado colunista, e que isso não
me torna dono da verdade ou supremo ser especialista de hóquei
no gelo no Brasil. Mas adoro uma boa discussão e sei que você
que está lendo este texto parabéns pela coragem
vai adorar descer a lenha contra minhas escolhas. Mas, afinal,
quem disse que no esporte precisa sempre haver consenso? Segundo, as
estatísticas destacadas datam do fechamento desta edição.
Conversamos (eu, eu mesmo e a Inês, que não é morta),
aqui no boteco, e, depois de muitas discussões, chegamos às
seguintes conclusões:
Anaheim Mighty Ducks: Que tal o óbvio e trivial?
Paul Kariya, certo? Errado. Eu vou de Jean-Sebastien Giguere. Defendendo
91,3% dos chutes que encara, 17 vitórias em 37 jogos e cinco
shutouts, não tenho dúvidas. Ah sim, Kariya tem um mais/menos
de -12...
Atlanta Trashers: Vou cair no lugar comum, mas sem
problemas. Dany Heatley e Ilya Kovalchuk, claro.
Boston Bruins: Desta vez vou no óbvio e trivial.
Joe Thornton.
Buffalo Sabres: Miroslav Satan. Fala sério.
Quando você disse o nome deste jogador pra alguém que não
entende bulhufas de hóquei, deve ter ouvido algo do tipo: "Ah,
ele deve ser diabólico, infernal".
Calgary Flames: E pensar que na temporada passada essa
seria fácil. Era só escrever: "J-A-R-O-M-E I-G-I-N-L-A".
Nesta, voto em Martin Gelinas.
Carolina Hurricanes: Bem, já que vovô
Francis parece não estar empolgado, e seu sobrinho Paul Maurice
parece não dar mais jeito na equipe, Kevin Weekes é o
escolhido. O goleiro vem bem na temporada e, se não fosse por
ele, as coisas poderiam estar piores...
Chicago Blackhawks: o preterido, esquecido e excomungado
Jocelyn Thibault é uma das poucas razões por que os Hawks
lutam por uma vaga nos playoffs. Ou seja, saiu da condição
de ser um "futuro Patrick Roy" para se tornar apenas "Jocelyn
Thibault".
Colorado Avalanche: Depois de uma temporada tremendamente
apagada, Milan Hejduk justifica seu salário e minha escolha.
Apesar que coçou o dedo em escolher Adam Foote...
Columbus Blue Jackets: Huummmm... Huuuuuuuummmmmmm...
(antes que algum engraçadinho pense algo errado, estou apenas
pensando). E agora? Tá, Andrew Cassels. Ele conseguiu ressuscitar
Geoff Sanderson e, finalmente, os Jackets têm uma linha perigosa
de ataque.
Dallas Stars: Como escolher? Num time com apenas três
jogadores com mais/menos negativo, pode-se ter uma idéia do poderio
dos texanos. E, para contrariar tudo, divido a escolha entre Mike Modano
e Bill Guerin. Nada mais justo.
Detroit Red Wings: Brett Hull e seus quase 700 gols.
Edmonton Oilers: Craig MacTavish. Tá bom, ele
não joga na liga desde sei lá quando, mas, se não
fosse pelo esquema de jogo dos Oilers, duvido que alguém se destacaria.
Florida Panthers: Conhece este nome? Olli Jokinen?
Vamos, tente lembrar. Pense, rebusque em sua mente. Difícil associar
a alguma coisa, não? Pois bem: é ele que tem feito o sério
Mike Keenan sorrir toda noite, com seus 22 gols.
Los Angeles Kings: Ziggy Palffy, que tem sido uma
das poucas fontes ofensivas em Los Angeles. O gato Felix (Potvin)? O
Professor, pai do Poindexter, deve ter pegado o dito cujo.
Minnesota Wild: No NHL 2001 e no 2002, da EA Sports,
eu tinha certeza: Marian Gaborik viraria estrela. Dito e feito: 23 gols
e causando impressões das melhores na liga.
Montreal Canadiens: Já que Théodore está
oscilando mais que ponte de filme de Indiana Jones, o capitão
Saku Koivu mostra o caminho certo para o cálice sagrado da Stanley
Cup.
Nashville Predators: Agora, sim. Essa é difícil!
O time vem mal e ninguém realmente se destaca. Talvez o capitão
Scott Walker e seus 20 pontos em 25 jogos. Mas, não. Essa, infelizmente,
vai passar em branco.
New Jersey Devils: "Defesa de Brodeur!" Esta
frase é o que provavelmente os torcedores dos Devils mais têm
ouvido. Por isso, mais uma vez: "Que defesa de Martin Brodeur!"
New York Islanders: Apesar de Yashin liderar em pontos
sua equipe, aquele mais/menos horroroso faz qualquer técnico
ter um ataque cardíaco. Para isso, Michael Peca é a solução.
New York Rangers: Lindros? Bure? Leetch? Messier?
Nada disso. Sempre ele, Petr Nedved, o homem do segundo plano. Mas sem
problemas, já que ele não liga para isso...
Ottawa Senators: Crise à parte, Marian Hossa
e seus incríveis 28 gols seguem implacáveis.
Philadelphia Flyers: Ninguém tem se destacado
muito. Jeremy Roenick e sua consistência e longevidade são
o que mais se aproxima do merecimento. Ei, não estou desmerecendo
os Flyers, hein?
Phoenix Coyotes: Quando se vê Teppo Numminen
com péssimos números defensivos, é de se preocupar.
Mas Ladislav Nagy vem jogando bem e é uma das boas surpresas
dos Yotes.
Pittsburgh Penguins: 68 pontos em 41 jogos. Mario
Lemieux. Nada mais a comentar.
St. Louis Blues: 39 anos e ainda jogando muito. Parabéns,
Al MacInnis, líder de pontos entre os defensores da liga.
San Jose Sharks: É, por mais que tentem mandá-lo
embora, que briguem com ele, Teemu Selanne vem segurando o rojão
dos tubarões em São José. Não, isto não
foi uma frase com duplo sentido, pegadinha, algo do tipo.
Tampa Bay Lightning: Fácil: Nikolai Khabibulin.
Próximo.
Toronto Maple Leafs: Quando a diferença de pontos
do maior pontuador para o segundo é 12, fica fácil também.
Alexander Mogilny.
Vancouver Canucks: Fácil também. Markus
Naslund e seus 31 gols. Próximo.
Washington Capitals: O fato de ser Jaromir Jagr faz
com que todos exijam muito de você, inclusive eu. Por isso: Olaf
Kolzig, que tem mantido os Caps com alguma chance, fica com a indicação.
Concorda, discorda? Envie-me um e-mail,
para que possamos discutir mais. Por discussão, não quero
dizer xingamentos, ofensas pessoais ou à senhora minha mãe,
está bem?
|
Fabiano Pereira não é dono da verdade, mas adora
uma boa discussão! |
|
|