Por
Bruno Bernardo
Hoje inicio uma série de reportagens sobre o futuro da NHL. Primeiramente,
farei uma breve introdução de um dos grandes problemas
da atualidade: as finanças dos times.
Imagine que você tem o jogador que é o quarto colocado
na em pontos na liga, o que faria com ele? Trocaria-o ou manteria-o
no time? Para os Penguins, talvez a melhor opção seja
trocar mesmo.
Os Penguins ainda sofrem com seus problemas financeiros, mesmo após
a troca de Jaromir Jagr que consumia quase dez milhões
na folha salarial do time para os Capitals. Também se
foram Bob Boughner, Robert Lang e Darius Kasparaitis.
O fato é que o time esté num desmanche. E o próximo
a sair pode ser Alexei Kovalev.
Kovalev é um jogador indispensável para o time: marca
muitos gols, tem uma posição sólida em vantagem
numérica e é dono de um chute potente e certeiro. Apesar
disso, deverá receber o passe livre no fim da temporada, enquanto
as negociações não foram lá muito saudáveis.
Jogadores como Bobby Holik, dos Rangers, estão recebendo algo
como nove milhões salariais. É logico que um jogador como
Kovalev, muito melhor, vai querer receber um salário do nível,
mas será que os Penguins, que já tiveram de cortar um
jogador que ganhava dez milhões, terá condições
de pagar um de nove?
A situação do time da Pensilvânia é menos
complicada que a de times como o Ottawa Senators, que não consegue
pagar seus jogadores, ou do Buffalo Sabres, que assim como o Ottawa,
já pediu falência, mas estes fatos estão se repetindo
e os grandes mercados, como Nova York, aumentam cada vez mais o nível
salarial dos jogadores, fazendo com que os outros sigam este fluxo.
A NHL terá que agir, e rápido, pois cada vez mais os times
fecham o ano com suas contas em débito, e os salários
aumentam cada vez mais. O “Collective Bargains Agreement”
um acordo entre a liga, os clubes e os jogadores expira
em 2004, e a liga terá que pressionar a Associação
de Jogadores para acabar com estes salários ridículos.
Gary Bettman, o comissário da NHL, diz que o preço dos
ingressos durante este acordo aumentou 171%, porém os salários
aumentaram 244%, durante o mesmo período. A média salarial
da liga é de U$ 1,6 milhão, maior até que a da
NFL, que é de U$ 1,1 milhão, sendo que a última
tem uma quantidade de torcedores muito maior nos EUA.
Na minha opinião, deveriam ser adicionados um teto salarial comum
para todos os times e algum tipo de divisão nas cotas dos ingressos,
pois não dá para a liga continuar sofrendo com cada vez
mais times tendo problemas financeiros.
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Bruno Bernardo comeu um biscoito de chocolate enquanto fazia este
artigo. |
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