Por
Marcelo Constantino
Nesta semana darei aqui um breve panorama da Divisão Central, onde jogam
o atual campeão da Stanley Cup, Detroit, seu freguês de carteirinha
nos playoffs, St. Louis, e seu antigo rival, Chicago. Ah, sim, e ainda
duas das equipes de expansão, puro numerário para a NHL.
Detroit Red Wings -- Imagine um time que perde Dominik Hasek e Scotty
Bowman de uma temporada para outra. E mais, que não terá
Steve Yzerman por, pelo menos, metade da temporada. Os atuais campeões
chegam novamente como fortes candidatos ao título, mesmo com
um ano a mais pesando sobre as estrelas (quase) quarentonas do time.
Afinal, a tão esperada e postergada renovação está
chegando, seja nos tacos dos ex-novatos Fischer, Datsyuk, Williams e
Avery, seja na exagerada badalação de Zetterberg e até
mesmo no pouco falado Bykov. CuJo chega com sede de título, para
tentar repetir o feito de Hasek, o que, decididamente, renova as expectativas
do time. Só que na mesma conferência existe um Colorado
Avalanche, sempre favorito, e um San Jose Sharks, que acha, com razão,
que agora é a sua vez. Palpite: candidato a mais um título.
St. Louis Blues -- A cada ano que passa é como se o título
ficasse mais distante de St. Louis. Desde quando venceram o Troféu
dos Presidentes os Blues vêm caindo, sem nunca ter realmente chegado
perto de vencer a Stanley Cup. O ápice de Al MacInnis já
passou faz tempo; goleiro é problema desde que Grant Fuhr foi
embora; Doug Weight rende bem menos aqui do que rendia em Edmonton;
Chris Pronger tenta levar o time nas costas e, não raro, acaba
estragando tudo, e Keith Tkachuk parece que será aquele típico
adolescente americano tapado, estilo Maçaranduba, até
o dia em que for avô, muito embora os Blues pareçam satisfeitos
com a produção dele. Apenas Pavol Demitra convence neste
time. Para piorar, Pronger estará de fora até o fim do
ano, recuperando-se de cirurgia. Maus presságios para um time
que parece acostumado a se classificar para os playoffs e ser eliminado
antes de chegar à final. Palpite: nadar e nadar para morrer na
praia, eis a sina dos Blues.
Chicago Blackhawks -- Uma surpreendente campanha na temporada
passada credenciou Brian Sutter como um grande técnico na NHL.
Mas será ele capaz de repetir o feito, agora sem Tony Amonte
no time? Sim porém improvável , afinal Amonte
não vinha rendendo o que se espera dele. Para suprir a ausência
de Amonte, o time teria Theoren Fleury, mas sabe-se lá exatamente
o que acontece com este jogador, que deveria estar no auge de sua forma.
Fora isso, com mais um ano nas costas e nas pernas dos já mais
do que veteranos defensores do time, o trabalho só fica mais
pesado para Sutter conseguir colocar o time nos playoffs. Palpite: a
vaga nos playoffs do Oeste deve ser bem disputada; Hawks fora.
Nashville Predators -- Eles já estão há
algum tempo na NHL, mas não passa nem em sonho de Cinderela repetir
o feito do Florida Panthers em 1996. Isso porque até mesmo chegar
aos playoffs já seria piada se não fosse apenas sonho.
Daqui a pouco já poderemos chamá-los de Tampa Bay do Oeste.
Palpite: outra temporada para fazer número.
Columbus Blue Jackets -- Time ainda lutando para fazer valer
a categoria de "profissional", um dos grandes feitos dos Blue
Jackets em 2001-02 era não amolecer quando jogavam contra o então
líder Detroit. Ainda deve levar tempo para que o já milionário
(e ainda há times que reclamam de estouro no orçamento)
recruta número 1 deste ano, Rick Nash, mostre a que veio. Novos
defensores veteranos chegaram para tentar não permitir goleadas
sucessivas, objetivo (e motivação) da maioria dos times
adversários que os Jackets encaram. Palpite: deve sair de desastroso
para apenas ruim.
|
Marcelo Constantino Monteiro está curioso pra saber em
qual droga Theo Fleury está viciado. Quem souber, favor avisar. |
|
|
ESPERANÇA PÓS-HASEK
Curtis Joseph faz uma defesa na estréia vitoriosa contra
os Sharks (Paul Sakuma/AP - 10/10/2002) |
|