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9 de outubro de 2002
Cláudio: Será que agora vai... pelo menos para os playoffs?

Por Cláudio Aguiar

Cinco temporadas consecutivas fora dos playoffs, mesmo contando sempre com uma das folhas de pagamento mais altas da NHL, quando não a mais alta. Gozações não faltam: "compra todo mundo, mas não ganha de ninguém", "os Rangers estão comprando a NHL em seis prestações", "os Rangers são o Flamengo da NHL", entre outras. O fato é que nada justifica um time com tantos astros ter desempenhos tão pífios consecutivamente, conseguindo ser ultrapassado até pelos maiores rivais, o New York Islanders, ex-lanterninha permanente da liga.

Depois da terceira temporada consecutiva assistindo à pós-temporada de casa, a organização finalmente demitiu Neil Smith e contratou um novo gerente geral, Glen Sather, que imediatamente agradou a toda a comunidade Ranger ao trazer de volta o grande ídolo e mito Mark Messier. Mas logo começa a tropeçar, nomeando como técnico seu amigo pessoal Ron Low, mesmo sob críticas pesadas. Low se mostra um péssimo técnico, sem espírito de liderança e sem táticas defensivas eficientes, e os Rangers ficam de fora pela quarta temporada consecutiva.

Para Sather, não parecia ser suficiente, e ele mantém o técnico, principalmente após a ascensão dos Rangers à primeira colocação na Conferência Leste, mesmo percebendo que o time estava levando tantos gols. Mike Richter salvou o time por inúmeras partidas e o ataque altamente eficiente estava mascarando uma defesa podre, uma situação que nitidamente não se sustentaria por muito tempo. Os Rangers decaíram, Sather insistiu com Low e lá vamos nós: cinco temporadas fora dos playoffs. Low finalmente é demitido. A cabeça de Sather é salva pelas boas trocas realizadas durante a temporada: um Lindros desacreditado que mostrou que ainda tem muito jogo para mostrar, em troca de Hlavac e prospectos que sequer permaneceram nos Flyers e, ao final da temporada, Pavel Bure vindo quase "de graça".

Trottier, ex-assistente técnico do Avalanche, torna-se o novo técnico dos Rangers, como um anúncio de que "agora vamos trabalhar melhor nossa defesa". Anúncio esse reforçado pela vinda de Bobby Holik, central largado pelos Devils por puro pão-durismo, que pode ajudar muito na defesa, e Darius Kasparaitis, ambos por salários milionários (claro, estamos falando do New York Rangers). O contrato de Mike Richter, que deu sopa durante algum tempo como agente livre, é finalmente renovado: alívio em Nova York. O fato de Curtis Joseph ter ido para os Red Wings contribuiu para isso.

Já estamos ao fim da pré-temporada e, até o momento, os Rangers ainda não mostraram a que vieram. Seguindo a crendice popular de que uma má pré-temporada é sinônimo de boa temporada regular e vice-versa, deveríamos estar felizes: os Rangers fizeram uma ótima pré-temporada no ano passado e deu no que deu. Quem sabe a situação não se inverterá. É ver para crer. Que venham os Hurricanes na estréia!

Cláudio Aguiar agora só acredita vendo.
 
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Página publicada em 7 de outubro de 2002.