Se fosse outro jogador que tivesse dado um tranco baixo nos joelhos de Zdeno Chara, dos Islanders, na última quarta, poderia não ser grande coisa. Mas Michael Peca? O capitão dos Islanders tinha reclamado bastante de tais trancos depois de um tranco literalmente submarino dado por Darcy Tucker, do Toronto, nos últimos playoffs. Mas Peca agora inverteu os papéis, e Chara não escondeu sua raiva. "Principalmente depois de alguém fazer o mesmo com ele, nunca achei que ele faria com outra pessoa", disse ele a jornalistas, em Ottawa. "Foi um golpe baixo". A versão de Peca? "Ele tem 2,06 m; eu tenho 1,80. E eu ainda o peguei acima do joelho". Peca foi expulso do jogo, mas não suspenso.

Por falar nisso, vamos ter Peca contra Tucker na sexta-feira, em Long Island. Já há torcedores falando em chegar mais cedo para a perturbar os Maple Leafs quando eles fizerem a caminhada normal pelo estacionamento, vindos do hotel. Peca prometeu que não irá em busca de vingança.

O verdadeiro problema dos Sabres não é talento ou garra. É falta de capacidade nas finalizações. A porcentagem de chutes do time é de 7,1%, a pior da liga. Artilheiros comprovados, como Miroslav Satan e Stu Barnes, têm cinco e quatro gols, respectivamente. Outros, que pareciam ter um belo futuro pela frente, como Curtis Brown e Tim Connolly, parecem ter sumido. Como o técnico Lindy Ruff disse depois do jogo de sexta-feira, contra os Penguins, em que o goleiro adversário, Johan Hedberg, defendeu 43 dos 44 chutes disparados contra ele, "se nossos jogadores-chave não finalizarem, não temos a menor chance de ganhar".

Apesar de toda a atenção que tem sido dada à situação financeira dos Sabres, pode não haver um time na NHL em pior situação que os Senators. O jornal Globe and Mail, de Toronto, reportou na semana passada que recentemente a liga deu um empréstimo de US$ 9 milhões para o time manter suas operações. O jornal também descobriu que a franquia perdeu US$ 10 milhões na temporada passada.

Lembram-se de Roman Cechmanek se auto-sacando de um dos jogos dos Flyers na temporada passada? Agora outro Roman fez a mesma coisa. Roman Turek, dos Flames, patinou em direção ao banco na última sexta, depois de sofrer o sexto gol em 15 chutes, na derrota por 7-2 em St. Louis. Turek não falou com a imprensa depois do jogo. As coisas não poderiam estar piores em Calgary, a menor e mais triste cidade na liga.

Não é exatamente a mesma coisa que os prematuros planos de uma parada que o pessoal em Minnesota fez em 1991, mas, ainda assim, foi uma surpresa que o técnico do Wild, Jacques Lemaire, reconheceu na semana passada que seu time pode se classificar para os playoffs. Ele vinha sendo cauteloso para nunca dar essa impressão a respeito do seu time nos primeiros dois anos de existência deste. Mas, quando questionado por um jornalista de Minneapolis por que ele passou de repente a usar quem estiver melhor no gol, depois de alternar Manny Fernandez e Dwayne Roloson no início da temporada, Lemaire respondeu: "Por que não dar a quem está bem mais um jogo? Estou pensando nisso porque vamos dizer que acabemos indo bem e ainda tenhamos uma chance de... Odeio falar sobre isso".

Alguém ainda acha que Theoren Fleury vai ajudar os Blackhawks nesta temporada? Três dias depois de ser liberado para treinar, depois de um mês de tratamento comportamental, ele chegou atrasado para um treino sexta-feira, em Los Angeles. Ao chegar, ele criticou o motorista do seu táxi por ter se perdido e por não ter um sistema de direcionamento via satélite no carro.

Já é doloroso para os Predators perder por um gol dez vezes. O pior é que eles não conseguiram passar de dois gols por 16 vezes. Mas perder Andreas Johansson, o artilheiro do time com 22 pontos, um jogo depois de seu primeiro hat trick? Johansson vai ficar um mês de fora, devido a uma contusão no ombro sexta-feira, depois de ser seguro por Joe Nieuwendyk, dos Devils, e depois pregado por Colin White. O técnico Barry Trotz estava furioso depois do jogo: "O tranco de White foi limpo, mas achei um problema Nieuwendyk agarrando o A.J. pelo pescoço e estirando-o. Não recebi o memorando sobre as regras terem sido mudadas no intervalo".

Richard Zednik e Karl Dykhuis, companheiros de time do Montreal Canadiens, brigaram durante um treino realizado na quinta-feira passada, 28/11/02, no banco dos jogadores, e foram apartados pelos colegas. O tempo esquentou entre ambos quando o capitão Saku Koivu foi derrubado. Esta foi a segunda briga entre jogadores do Canadiens durante um treino. Três semanas atrás, Donald Audette e Craig Rivet tiveram de ser separados depois de Audette receber um tranco que o levou ao chão.

Nenhum time, por melhor que esteja, tem recebido tantos elogios quanto os Stars. Veja só o que Daniel Briere, dos Coyotes, tinha a dizer depois que seu time perdeu para o Dallas por 5-1, na segunda-feira da semana passada: "Eles são definitivamente o melhor que vi até agora. Você não pode se concentrar em uma linha, porque eles têm muito talento. No passado, só se falava de Mike Modano. Agora, eles mandam Bill Guerin, Jason Arnott, Scott Young, Pierre Turgeon, Jere Lehtinen, todos esses caras para cima de você. Eles têm Brenden Morrow jogando na terceira linha. Eles são bons assim". O Dallas tem 11 jogadores com dois dígitos na artilharia em pontos, mais que qualquer time na NHL.