Mais um exercício de adivinhação
da equipe The Slot BR. Os troféus Art Ross e Rocket Richard já
estão definidos -- Jarome Iginla, do Calgary Flames, ficou com
eles --, mas os demais vencedores só serão anunciados
depois dos playoffs.
Enquanto os mesmos aquecem as turbinas, dedicamos a nossa capa a tentar
descobrir os vencedores. E foi difícil: não chegamos à
unanimidade em nenhum dos troféus...
Troféu
Memorial Hart |
Dado ao jogador considerado
o mais valioso para seu time |
Alexandre Giesbrecht -- Jarome
Iginla, Patrick Roy e José
Théodore. Por mais que os Flames não tenham ido
aos playoffs, Jarome Iginla não
pode ficar sem este troféu. Claro que Patrick Roy foi importante
para o Colorado, mas o time teria ido aos playoffs sem ele. Já
os Flames, sem Iginla, teriam disputado pau a pau a última colocação
com os Thrashers. Vencedor: Iginla
Bruno Bernardo -- Jarome Iginla,
Patrick Roy e José
Théodore. Apesar de os Flames não terem se classificado
para os playoffs, acredito que o vencedor do Troféu Hart será Iginla.
Roy e Théodore fizeram boas campanhas, mas o atacante do Calgary,
além de ganhar o Art Ross e o Maurice Richard, impulsionou seus
dois companheiros de linha (Craig Conroy e Dean McAmmond) a baterem
seus recordes de gols, assistências e pontos em uma temporada. Sem dúvida,
Iginla foi o jogador mais valioso para seu time. Vencedor: Iginla
Eduardo Costa -- Jarome Iginla,
Patrick Roy e José
Théodore. Nenhum jogador foi mais importante pra sua equipe
nessa temporada que José Théodore. O goleiro dos Canadiens
foi espetacular, defendendo 93% dos chutes, e levando sua equipe aos
playoffs após um hiato de três temporadas. Iginla, infelizmente,
paga o preço por atuar em uma equipe fraca, que falhou no intento de
ir aos playoffs. E Roy, em outra temporada fantástica, tem à
sua frente a melhor defesa da liga: basta verificar que seu reserva,
o suíço David Aebischer, também teve números excelentes na temporada.
Vencedor: Théodore
Fabiano Pereira -- Jarome Iginla,
Patrick Roy e José
Théodore. Esta foi a mais difícil. Começou nos três escolhidos.
Como não colocar Markus Naslund, dos Canucks, e Sean Burke, dos Coyotes,
numa lista? Bem, tinha que fazer três escolhas e as minhas são estas.
E meu escolhido é o goleiro dos Habs. Vamos por eliminação: Iginla foi
o melhor atacante da liga, sem dúvida. Passou dos 50 gols e com pouco
apoio. Mas pesa contra ele o fato de seu time não ter ido aos playoffs.
Claro, os Flames melhoraram absurdamente, mas, ainda assim, não chegaram.
Roy, bem... Roy tinha Foote e Blake à sua frente, além de especialistas
em defesa, como Yelle e Hinote. Depois, ainda chegou Kasparaitis. Convenhamos:
Théodore não tem isso para ajudá-lo. Ele, praticamente sozinho,
conseguiu mais de 30 vitórias e números excepcionais, levando quase
uns 500 chutes por jogo. Para mim, inquestionável. Vencedor: Théodore
Humberto Fernandes -- Jarome Iginla,
Markus Naslund e José
Théodore. José Théodore esteve incrível.
Conduziu os Canadiens aos playoffs com maestria. Foi a alma do time,
disso ninguém tem dúvidas, fazendo valer a verdadeira definição do Troféu
Hart. O ponto negativo da temporada de Théodore foi ter conseguido
mau retrospecto contra os grandes times da liga. Contra os pequenos,
ele só não fez nevar. Maskus Naslund -- leia-se também Todd Bertuzzi
-- foi o grande nome do Vancouver Canucks, liderando a equipe e sendo
o responsável direto pela classificação aos playoffs. Foram 40 gols
e 90 pontos de Naslund e 36 gols e 85 pontos de Bertuzzi. Se fosse possível
juntar os dois jogadores, certamente o prêmio seria deles. Como não
é possível, passemos ao próximo. O jogador mais importante para sua
equipe certamente foi Jarome Iginla. Ele esteve brilhante e proporcionou
ao seu time e à sua torcida um cheiro de playoffs no ar. Infelizmente
para os fãs do esporte, ele, praticamente sozinho, não conseguiu levar
os Flames. Tanto não foram aos playoffs quanto terminaram com uma campanha
abaixo de 50%. E daí? Iginla liderou a liga em gols, com 52, e em pontos,
com 96. Vencedor: Iginla
J. J. Júnior -- Jarome Iginla,
Markus Naslund e José
Théodore. Preciso falar? Iginla teve 52 gols, sendo 16
em vantagem numérica, teve 44 assistências e ainda conseguiu ter um
altíssimo +/- num time medonho como os Flames? O Hart é de Iginla
e ponto final. Vencedor: Iginla
Marcelo Constantino -- Jarome Iginla,
Patrick Roy e José
Théodore. Ficam poucas dúvidas de que estes três
foram os mais destacados da temporada. Iginla e Theodore foram, antes
de tudo, grandes surpresas. Roy vence o Vezina e abre espaço
para o verdadeiro grande destaque da temporada, Jarome Iginla. Não
existe essa de o time não ter chegado aos playoffs, nem mesmo
alguns absurdos absolutos como mencionar algum jogador dos Red Wings
para este prêmio. Vencedor: Iginla
Marco Aurelio Lopes -- Bill Guerin,
Jarome Iginla e Brendan
Shanahan. Não se limitando a ter uma temporada espetacular em
um time limitado como os Flames, Iginla manteve-se regular por toda
a campanha, marcando gols e pontos, e fazendo com que seus parceiros
de linha ofensiva (mais freqüentemente Craig Conroy e Dean McAmmond)
também tivessem recordes pessoais de gols e pontos. Vencedor: Iginla
Thomaz Alexandre -- Jarome Iginla,
Markus Naslund e José
Théodore. Mesmo jogando num time perdedor, Iginla tem
um retrospeco positivo, marcando 96 pontos para liderar a liga. Em sua
linha, jogadores tiveram o melhor ano de suas carreiras. Concorrência,
bata palmas. José Théodore foi a diferença entre seu time
estar ou não nos playoffs. Seu ano foi melhor que qualquer um que Patrick
Roy já tenha tido. Markus Naslund renovou com o Vancouver sendo agente
livre, mesmo podendo conseguir contratos mais apetitosos em outros mercados.
Manteve-se entre os primeiros em pontos por grande parte da temporada,
impulsionando as performances de Bertuzzi, Cassels e Morrison. Se você
é capitão de um ex-time de Mark Messier e é celebrado, as coisas não
poderiam ir melhor. Vencedor: Iginla
Vencedor -- Iginla
Troféu Vezina |
Dado ao goleiro considerado
o melhor da liga na temporada |
Alexandre Giesbrecht -- Sean
Burke, Patrick Roy e José
Théodore. Burke e Théodore poderiam levar tranqüilamente
o troféu, mas Roy nunca se deu tão bem na temporada regular
como em 2001-02. Além do mais, com o Hart indo para Iginla, vão
dar o Vezina para ele. Vencedor: Roy
Bruno Bernardo -- Nikolai
Khabibulin, Patrick Roy e José
Théodore. Patrick Roy é um goleiro excelente, que dispensa
todos os comentários, mas acho que chega por enquanto. Théodore
foi superior a todos os outros goleiros na liga, foi o segundo goleiro
a encarar mais chutes e defendeu mais de 90% deles. Graças a ele, os
Canadiens tiveram a melhor unidade de desvantagem numérica da
liga e os Habs devem a Théodore grande parte do mérito de sua
classificação para os playoffs. Vencedor: Théodore
Eduardo Costa -- Sean Burke, Patrick
Roy e José Théodore.
Em uma época dominada pelos goleiros, Roy se consolida ainda mais no
posto de melhor de sua geração. Mas nesta temporada Théodore
roubou a cena: sem ele, os Canadiens passariam longe dos playoffs. O
mesmo vale para Sean Burke e o Phoenix Coyotes. Na verdade, Burke e
Théodore tiveram temporadas parecidas, com destaque para as rodadas
finais da temporada regular, mas, dando uma olhada na defesa dos Habs
e na defesa do Phoenix, vamos encontrar uma diferença: Teppo Numminen.
Vencedor: Théodore
Fabiano Pereira -- Nikolai Khabibulin,
Patrick Roy e José
Théodore. Quando o melhor jogador que se tem à sua frente
atende pelo nome de Pavel Kubina e você ainda consegue ganhar mais de
20 jogos por seu time, além de números impressionantes, como uma média
de gols contra por jogo de aproximadamente 2,35, percentual de defesas
de chutes em torno de 92% e sete shutouts, levando quase 2 mil chutes
em toda a temporada, fica difícil querer escolher Roy e Théodore,
mesmo seus números sendo melhores. Na escolha para o Hart, votei em
Théodore, porque ele levou seu time aos playoffs. E, mesmo a
defesa dos Canadiens não sendo boa como a do Avalanche, ainda assim
é melhor que a do Lightning. Vencedor: Khabibulin
Humberto Fernandes -- Nikolai Khabibulin,
Patrick Roy e José
Théodore. Quando se fala no Troféu Vezina, logo se pensa
em Dominik Hasek. O novo goleiro dos Red Wings, desta vez, não merece
o prêmio. Não que ele tenha ido mal, pelo contrário; mas outros foram
ainda melhores. Patrick Roy esteve fantástico, mesmo quando o Avalanche
demonstrava sinais de fraqueza. Ele segurou vários jogos para seu time
e não seria surpresa que ele vencesse o prêmio. Entretanto, em matéria
de números, seu reserva David Aebischer foi melhor, bem melhor, mas,
claro, como um reserva, não atingiu o mínimo de jogos exigidos. Nikolai
Khabibulin é a grande incógnita da NHL. Todos gostariam de saber onde
ele busca inspiração para defender o fraco Tampa Bay Lightning. O time
não ajuda e, mesmo assim, ele faz milagres lá atrás. José Théodore
também joga em um time não muito forte, mas foi o maior responsável
por uma grande campanha dos Canadiens. Diziam que ele só poderia vencer
o prêmio se levasse o Montreal aos playoffs. E ele assim o fez. Vencedor:
Théodore
J. J. Júnior -- Nikolai Khabibulin,
Patrick Roy e José
Théodore. Irei inovar e votar em José Théodore.
Por quê? Porque Théodore sofreu do mesmo caso de Khabibulin,
não ter uma boa defesa para protegê-lo. E mais, os Habs tiveram sempre
sérias contusões de seus principais jogadores, o que fez sobrar a tarefa
difícil para Théodore, que teve números expressivos, como sete
shutouts, 30 vitórias e um aproveitamento de 93,2% de defesas,
levando os Habs aos playoffs. Vencedor: Théodore
Marcelo Constantino -- Sean Burke,
Patrick Roy e José
Théodore. Roy surpreendeu pela excelente forma técnica
do alto de seus 37 anos e pela excelência durante a temporada,
quando seu forte sabidamente são os playoffs. Théodore
foi a principal razão para os Canadiens chegarem aos playoffs
sem seu capitão Saku Koivu. E Burke, mesmo descontando a campanha
que Wayne Gretzky vem fazendo em cima do seu nome, é um dos grandes
responsáveis pela inacreditável campanha dos Coyotes.
O principal argumento para Théodore é que, sem ele, fica
difícil acreditar que os Canadiens chegariam aos playoffs. Sem
Roy, como estariam os Avs, um time largamente superior ao Montreal?
Certamente não seriam os segundos colocados na conferência,
ainda mais com a famosa dificuldade de fazer gols. É a escolha
mais difícil de todas, Théodore x Roy, mas fico com Roy.
Vencedor: Roy
Marco Aurelio Lopes -- Evgeni Nabokov,
Patrick Roy e José
Théodore. Entrar em uma situação difícil, substituindo
o lesionado titular Jeff Hackett, e fazer a torcida esquecer dele, além
de ser fundamental no retorno do Montreal Canadiens aos playoffs, com
atuações dignas de veterano, fazem com que o jovem mereça o prêmio.
Vencedor: Théodore
Thomaz Alexandre -- Nikolai Khabibulin,
Patrick Roy e José
Théodore. José Théodore, mesmo sendo um
dos três goleiros que viu mais chutes na temporada, emplacou um percentual
de defesas superior ao de qualquer titular na liga. Nada mal para quem
era reserva em outubro, lembrando que a titularidade conseguida na contusão
de Hackett pareceu uma grande fria na época. No jogo das estrelas, Théodore
conseguiu o raro feito de defender 100% dos chutes sofridos durante
todo o período. Sem ele no time, o Washington Capitals estaria nos playoffs
neste momento, no lugar dos Habs. A temporada de 2001-02 não foi a melhor
para o Colorado Avalanche no quesito ataque. Logo, se o time marca menos
gols, precisa também sofrer menos. Tudo bem, eles têm Patrick Roy. São
Patrick teve os melhores números de sua carreira e isso é assustador
para quem, no mesmo ano, estava vencendo sua 500.ª partida. Que meda,
Wah! Mesmo que após as Olimpíadas seu percentual de defesas tenha sido
mais de um ponto inferior ao de antes (o que, mesmo assim, é altíssimo),
a performance de Khabibulin entre outubro e fevereiro foi notável. Até
então, ele era o jogador mais valioso e maior atração da liga, mantendo
o ridículo Tampa Bay Lightning a rondar a última vaga aos playoffs,
mesmo com o pior ataque da liga. Como explicar tal concentração e motivação
quando se luta por uma causa perdida? Vencedor: Théodore
Vencedor -- Théodore
Troféu Norris |
Dado ao zagueiro que mais se destacou
na temporada |
Alexandre Giesbrecht -- Chris
Chelios, Sergei Gonchar e Nicklas
Lidstrom. Assim como no caso dos goleiros, é difícil
ver outros finalistas que não estes três. Gonchar, sempre
com altos números ofensivos, pode acabar levando o troféu
por essa tendência recente da NHL, mas acho que o troféu
vai para a casa de Chelios, pelo enredo: um jogador de 40 anos, que
todos pensavam que iria encerrar a carreira decadentemente, tem uma
de suas melhores temporadas atrás de um time vencedor. Vencedor:
Chelios
Bruno Bernardo -- Chris
Chelios, Sergei Gonchar e Nicklas
Lidstrom. A briga deve ser interna entre Chelios e Lidstrom.
Nicklas tem, em média, 29 minutos por jogo e possui os melhores
atributos para um defensor. Ele também é o jogador de defesa que mais
marcou na história do time. Chelios deve ser lembrado: ele teve este
ano sua melhor temporada ofensiva em Detroit, com 39 pontos em 79 jogos,
mas, mesmo assim, ainda acho que o prêmio vai para Lidstrom. Vencedor:
Lidstrom
Eduardo Costa -- Rob Blake,
Chris Chelios e Nicklas Lidstrom.
Chelios foi o mais regular jogador da temporada, liderou a liga na categoria
mais-menos e isso com 40 anos de idade. E é bom lembrar que ele ficou
uma boa parte do tempo machucado na temporada 2000-01. Lidstrom e Blake
seguem sendo os dois defensores mais perigosos ofensivamente da NHL.
Vencedor: Chelios
Fabiano Pereira -- Chris Chelios,
Brian Leetch e Nicklas
Lidstrom. Chelios seria a escolha afetiva. 40 anos, +/- de +40,
mais de 40 pontos. É, um perfeito quarentão. Mas Lidstrom é, inquestionavelmente,
o melhor defensor da liga. No apoio ao ataque ou defendendo. Seus números
ofensivos e defensivos são impressionantes, além de ficar muito tempo
no gelo. Quando em vantagem numérica, os Red Wings são beneficiados,
e muito, com sua presença no gelo. É uma decisão difícil, mas fico com
o jogador sueco. Vencedor: Lidstrom
Humberto Fernandes -- Rob Blake,
Chris Chelios e Nicklas Lidstrom.
Este prêmio nem merecia ter concorrentes. Chris Chelios, mesmo com 40
anos, foi um monstro durante toda a temporada. Encantou não só a torcida
do Detroit, como desfilou sua magia por toda a NHL. Apenas não o credito
como concorrente ao Troféu Hart porque ele fez parte da máquina vermelha
dos Red Wings. Líder em +/- de toda a Liga, representa o melhor exemplo
de defensor, enquanto outros, como Sergei Gonchar, parecem atacantes.
Nicklas Lidstrom e Rob Blake, como sempre, tiveram bons anos. Lidstrom
caracterizou-se por uma redução na produção ofensiva, mas defensivamente
ele continua perfeito. Blake sempre foi ótimo atrás e continua fazendo
seus gols. Sem dúvida alguma, Lidstrom e Blake são os dois melhores
defensores da NHL, mas, este ano, Chelios esteve acima de qualquer um.
Vencedor: Chelios
J. J. Júnior -- Rob Blake,
Nicklas Lidstrom e Chris
Pronger. Voto em Rob Blake, pois foi o defensor mais regular,
fazendo 16 gols, dos quais 10 sendo em vantagem numérica, e 40 assistências,
tendo um +/- de +16 e ainda fazendo poucas penalidades (58 PIM). Vencedor:
Blake
Marcelo Constantino -- Chris Chelios,
Sergei Gonchar e Nicklas
Lidstrom. Parece que finalmente a NHL deverá premiar um
defensor por suas qualidades defensivas! Esta não foi a melhor
temporada da carreira de Lidstrom nem a segunda nem a terceira. Ele
deverá estar entre os três por falta de concorrência
no seu nível. Sergei Gonchar é outro defensor que vem
melhorando a cada ano e teve outra ótima temporada, desta vez
marcando nada menos do que 26 gols. Mas Chris Chelios é o nome
do ano. Aos 40 anos de idade, no último ano de seu contrato --
e que seria o último de sua carreira --, Chelios mostrou a toda
a NHL o que é um defensor propriamente dito. Vencedor: Chelios
Marco Aurelio Lopes -- Chris Chelios,
Sergei Gonchar e Phil
Housley. Aos 40 anos, mostrou habilidade e liderança, sendo um
dos pilares dos Wings nesta campanha, comandando a defesa vermelha.
Além disso, Chelios teve neste ano sua melhor temporada em Detroit desde
que veio para a equipe. Vencedor: Chelios
Thomaz Alexandre -- Adrian Aucoin,
Chris Chelios e Sergei Gonchar.
Chris Chelios, aos 40 anos, impôs-se sobre os mais jovens, sendo o único
defensor notável da temporada. Sua performance defensiva não foi nem
mesmo aproximada e, para insultar ainda mais, contribuiu com bons passes,
inclusive nos times especiais. Foi também escolhido para o primeiro
time das estrelas dos jogos de Salt Lake City. Adrian Aucoin assumiu
a responsabilidade sobre uma defesa bastante frágil. Jogou mais de 25
minutos por jogo, permitiu poucos ataques dos adversários no cinco-contra-cinco
e marcou 18 pontos apenas na vantagem numérica. Sergei Gonchar, apesar
de o ritmo ter caído após o intervalo olímpico, marcou 26 gols, nove
a mais que os do segundo colocado entre os defensores. Até o meio da
temporada, estava com ritmo para fazer 30. Seu chute forte é inspirador
e o talento poderia valer-lhe uma tentativa como asa direito na próxima
temporada. Vencedor: Aucoin
Vencedor -- Chelios
Troféu Jack Adams |
Dado ao técnico considerado
o melhor da liga na temporada |
Alexandre Giesbrecht -- Bobby
Francis (PHX), Robbie Ftorek (BOS)
e Brian Sutter (CHI). Três times
revitalizados. Tudo bem que Ftorek tinha um elenco recheado de estrelas,
mas, com poucas modificações, levou o time à primeira
colocação no Leste depois de ficar de fora no ano passado.
Só que ele não tem chance contra Sutter e, principalmente,
Francis. Sutter pegou praticamente o mesmo time que vinha seguidamente
ficando de fora dos playoffs e deu uma cara nova a ele. Francis pegou
um time cotado para a última colocação e levou-o
aos playoffs. Por isso, ele leva. Vencedor: Francis
Bruno Bernardo -- Scott
Bowman (DET), Bobby Francis (PHX)
e Robbie Ftorek (BOS). Simplesmente por
levar um time que nem se classificou aos playoffs no ano passado à
primeira colocação no Leste -- e, quem sabe, vencedor
da conferência. Vencedor: Ftorek
Fabiano Pereira -- Bobby Francis (PHX),
Robbie Ftorek (BOS) e Brian
Sutter (CHI). Sutter tem um elenco não muito forte, excetuando
alguns poucos jogadores. Seu time jogou muito bem, chegando, em épocas,
a ameaçar os todo-poderosos Red Wings. E, mesmo tendo decaído no meio
da temporada, ele segurou bem o time. Mas, principalmente: fez com que
jogadores como Daze, Zhamnov, Thibault e Mironov tivessem temporadas
excepcionais. Fiquei tentado a votar no Bobby Francis, mas, pelo show
de horrores que é Chicago, a pressão da cidade, fico com Sutter. Vencedor:
Sutter
Eduardo Costa -- Bobby Francis (PHX),
Robbie Ftorek (BOS) e Brian
Sutter (CHI). Brian Sutter e Robbie Ftorek tiveram o valioso
mérito de reconduzir duas tradicionais equipes aos playoffs. Ftorek
teve um elenco mais valioso em suas mãos, mas o primeiro lugar na Conferência
Leste foi muito mais do que todos esperavam. A tarefa de Sutter era
mais difícil, afinal contava praticamente com o mesmo elenco da vergonhosa
campanha da temporada passada. No final da temporada regular, o Chicago
somava 96 pontos, 25 a mais em relação à temporada passada. Bobby
Francis conseguiu fazer do Phoenix um time melhor do que quando possuía
as super estrelas Keith Tkachuk e Jeremy Roenick. Vencedor: Sutter
Humberto Fernandes -- Bobby Francis (PHX),
Peter Laviolette (NYI) e Brian
Sutter (CHI). Analisando os elencos, Peter Laviolette teve um
melhor material humano em mãos para trabalhar e, por isso, talvez não
mereça tanto o troféu como os outros dois indicados. Seu mérito foi
ter conseguido acertar os Islanders, criando um poderoso ataque. Bob
Francis pegou um perdido Phoenix e transformou-o completamente, conseguindo
montar um sistema de jogo e, com isso, garantiu a vaga aos playoffs.
Vários jogadores da equipe tiveram a temporada de suas carreiras, mostrando
também que o elenco esteve unido. Brian Sutter conseguiu as mesmas coisas
que Laviolette e Francis conseguiram. E mais. Pegou um time de tamanha
tradição, sinônimo de decepção nos últimos anos, e deu a volta por cima.
O Chicago chegou a ser o segundo melhor time da NHL, em meados de dezembro.
Sutter fez Chicago, uma das seis cidades originais do hóquei, renascer
para o esporte. Vencedor: Sutter
J. J. Júnior -- Bobby Francis (PHX),
Robbie Ftorek (BOS) e Brian
Sutter (CHI). Voto em Bob Francis, pois ele surpreendeu toda
a NHL, com o elenco dos Coyotes cheio de belos jogadores em todos os
setores do rinque. E ainda levou o time para os playoffs. Parece que
o Wayne Gretzky acertou em cheio desta vez. Vencedor: Francis
Marcelo Constantino -- Bobby Francis (PHX),
Peter Laviolette (NYI) e Brian
Sutter (CHI). Sutter realizou um impressionante trabalho, revitalizando
vários jogadores de potencial que pareciam adormecidos -- alguns
deles até tidos como grandes enganações da Liga
(leia-se Alexei Zhamnov). Laviollete venceria o Troféu Calder
dos técnicos, com uma estréia surpreendente e de grande
sucesso. Mas os Islanders passaram a contar com estrelas no elenco,
como Peca e Yashin, coisa que Francis não tem. Este é
o que mais me impressionou, conseguindo levar aquele time dos Coyotes
até uma incrível sexta colocação na Conferência
Oeste. Vencedor: Francis
Marco Aurelio Lopes -- Bobby Francis (PHX),
Robbie Ftorek (BOS) e Peter
Laviolette (NYI). Como treinador calouro, levou o New York Islanders
a uma revolução, fazendo com que a equipe passasse de saco de pancadas
da liga a um dos candidatos do Leste para a Stanley Cup em apenas uma
temporada. Vencedor: Laviolette
Thomaz Alexandre -- Scott Bowman (DET),
Brian Sutter (CHI) e Darryl
Sutter (SAN). Brian Sutter, sem mudar muito o elenco, brincou
com as peças e, antes que percebessem, ele já estava quebrando a banca.
Com ele, Zhamnov é consistente, Sullivan parece um líder nato e Karpovtsev
é uma coluna grega. Até Steve Passmore venceu jogos defendendo este
time. O melhor elenco da liga nas mãos de Scott Bowman é covardia. O
problema é que Ken Holland fez um time tão bom, mas tão bom, que dificultou
a vida de Scotty na hora de manter a concentração no fim da temporada.
Ken, da próxima vez, lembre-se que, com mestre Scotty, não é preciso
exagerar. Os artilheiros do San Jose de Darryl Sutter beiraram 55 pontos
e 30 gols. Imagine então o restante... Bem, o restante ficou mais ou
menos por aí também. No time de Darryl Sutter, todos fazem de tudo,
sabendo seu lugar no esquema. Senão, como Selanne, homem dos 76 gols,
continuaria motivado marcando "apenas" 29? Vencedor: Sutter
(o Brian)
Vencedor -- Brian Sutter, por um
voto
Troféu
Memorial Calder |
Dado ao jogador considerado
o melhor novato da temporada |
Alexandre Giesbrecht -- Dany
Heatley, Ilya Kovalchuk e Radim
Vrbata. Há pouco mais de um mês, eu apostaria seco
em Kovalchuk, mas a contusão que encerrou prematuramente sua
temporada pode complicar sua votação. Vrbata entra aqui
como mero coadjuvante, porque o prêmio vai ficar mesmo com um
dos dois fenômenos de Atlanta. E eu acho que vão dar o
prêmio ao contundido por menos tempo. Vencedor: Heatley
Bruno Bernardo -- Nick
Boynton, Dany Heatley, e
Ilya Kovalchuk. Acho que Kovalchuk possui
mais habilidades, um futuro melhor e foi líder com 29 gols, apesar da
sua contusão. Agora, se o Atlanta não fizer nenhuma besteira
e se as coisas continuarem neste ritmo, poderemos ter uma dupla excelente
nos Thrashers. Vencedor: Kovalchuk
Eduardo Costa -- Dany Heatley, Kristian
Huselius e Ilya Kovalchuk. Kovalchuk
é mais um gênio produzido pela escola russa. Sua habilidade, velocidade
e força indicam um futuro promissor. O principal adversário na briga
pelo Calder é o seu companheiro de equipe Dany Heatley, que leva a vantagem
de ter jogado mais jogos que o companheiro. Kristian Huselius, do Florida,
teve mais tempo de gelo que Datsyuk e Vrbata, por isso uma produção
melhor. Vencedor: Kovalchuk
Fabiano Pereira -- Eric Cole,
Dany Heatley e Kristian Huselius.
Bem, eu votaria em Kovalchuk. Mas, infelizmente, ele não jogou toda
a temporada. Heatley é ótimo passador, marca bons gols e será com certeza
o líder dos Thrashers no futuro. Algo que Lecavalier nunca foi no Lightning.
Huselius e Cole são bons jogadores, mas precisam de tempo para se fixarem
melhor. Vencedor: Heatley
Humberto Fernandes -- Dany Heatley,
Kristian Huselius e
Ilya Kovalchuk. A NHL poderia conceder este prêmio a Ilya Kovalchuk.
O russo foi, sem dúvida, o melhor. Mesmo jogando 16 partidas a menos
que seu companheiro de equipe e rival de Troféu Calder, Dany Heatley,
Kovalchuk marcou mais gols, mas teve menor média de pontos. Se não fosse
a grave contusão do final de temporada, ele teria sido o melhor. Quem
lucrou com isso foi exatamente Heatley, que pode ver o troféu cair em
seu colo. De certo mesmo, apenas que o prêmio fica em Atlanta, berço
do pior time da NHL atualmente. Outro time muito ruim, o Florida Panthers,
apresentou a sensação Kristian Huselius. O sueco foi o destaque de sua
apagada equipe na temporada. Menções honrosas para Eric Cole, do Carolina
Hurricanes, e Pavel Datsyuk, do Detroit Red Wings. Vencedor: Heatley
J. J. Júnior -- Pavel Datsyuk,
Kristian Huselius e
Ilya Kovalchuk. O premiado seria Kovalchuk, por se destacar num
time com uma campanha ruim como os Thrashers e ter bons números,
com 29 gols e 22 assistências em 65 jogos. Vencedor: Kovalchuk
Marcelo Constantino -- Dany Heatley,
Ilya Kovalchuk e Radim
Vrbata. Se depender da dupla de novatos do Atlanta, podemos ter
uma futura repetição dos bons tempos da dupla Paul Karyia
e Teemu Selanne no Anaheim. Quer dizer, um time ruim com uma dupla infernal.
Uma grave contusão acabou por abreviar a brilhante temporada
de estréia de Kovalchuk, que, ainda assim, marcou mais gols do
que qualquer outro novato. Vrbata é mais uma grata revelação
do celeiro de novidades dos Avs, que parece nunca secar. Vencedor: Kovalchuk
Marco Aurelio Lopes -- Dany Heatley,
Kristian Huselius e
Ilya Kovalchuk. Em uma temporada onde os calouros não brilharam
tanto, Huselius foi um dos poucos que se salvaram na bisonha campanha
do Florida Panthers. Vencedor: Huselius
Thomaz Alexandre -- Pavel Datsyuk,
Dany Heatley e Ilya
Kovalchuk. Dany Heatley, promissor ala de força, também mostrou
consistência e bom encaminhamento para se tornar um líder. Jogou
na linha de Kovalchuk por um bom tempo e segurou a onda enquanto este
se contundiu. Ilya Kovalchuk, jogador mais valioso do mundial sub-18
em 2001, foi a primeira escolha do recrutamento e jamais pisou num rinque
de liga menor. A NHL foi palco para sua velocidade, controle de disco
e imenso talento para marcar gols, o que inevitavelmente remete a Pavel
Bure. Se não bastasse, ele também não leva desaforo para casa e não
se intimida com armários, não hesitando em partir para os socos. Foi
o jogador mais valioso no jogo das jovens estrelas, marcando seis gols.
Uma contusão deu fim precoce a sua temporada. Será ainda melhor quando
aprender a defender e se comunicar com treinadores sem tradutor. Pavel
Datsyuk é um jovem Larionov que tem a visão de um enxadrista.
Pode achar qualquer companheiro com um passe e ainda tem anos e anos
de juventude pela frente. Vencedor: Heatley
Vencedor -- Kovalchuk e Heatley
terminaram empatados
Troféu
Lady Byng |
Dado ao jogador considerado
o de estilo de jogo mais "cavalheiro" |
Alexandre Giesbrecht -- Este troféu
não deveria existir, por isso abstenho-me. Vencedor: -
Eduardo Costa -- Ron Francis, Joe
Sakic e Mike York. Ron Francis teve
uma temporada fantástica e, mesmo atuando na principal linha do Carolina,
teve 18 minutos de penalidade em 80 jogos. Mike York atuou boa parte
da temporada acompanhado de dois jogadores no mínimo polêmicos e não
se deixou influenciar. Joe Sakic, a exemplo de Francis, levou pancada
a torto e direito, mas manteve o cavalheirismo intacto. Vencedor: Francis
Humberto Fernandes -- Niklas Lidstrom,
Joe Sakic e Mike
York. Oficialmente, este prêmio é dado ao melhor jogador que
aliar boa conduta e habilidade. Faltou dizer que também depende muito
da mídia. Por isso, aposto em um destes três nomes. Não é possível nem
avaliar quem mereceu mais. Tomas Kaberle, defensor do Toronto Maple
Leafs, cometeu apenas uma penalidade em toda a temporada, ou seja, dois
minutos de punição, em 69 jogos. Pavel Datsyuk, novato
do Detroit Red Wings, cometeu apenas duas penalidades, quatro minutos
de punição, também em 69 jogos. Habilidosos estes dois
são. E outros vários também, com baixo PIM. Mas o prêmio certamente
não fica com nenhum deles. Joe Sakic levou este troféu na temporada
passada, não sendo tão merecedor quanto Lidstrom, que, ano após ano,
é nome certo entre os favoritos. Desta vez, Mike York também foi muito
bem no que é necessário fazer para ser um concorrente e pode surpreender,
junto de outros diversos nomes pela Liga. Mas, finalmente, este prêmio
é de Lidstrom. Vencedor: Lidstrom
J. J. Júnior -- Andrew Brunette,
Ron Francis e Joe
Sakic. Voto em Ron Francis, por ser um ótimo jogador sem precisar
se utilizar da violência, usando apenas seu talento, e por ter levado
os Hurricanes aos playoffs. Vencedor: Francis
Marcelo Constantino -- Ron Francis,
Nicklas Lidstrom e Joe
Sakic. Este é um prêmio para que Nicklas Lidstrom
vem sendo continuamente indicado, sem conseguir obtê-lo. Mesmo
sendo defensor e tendo mais uma temporada finesse, Lidstrom deverá
novamente perder, desta vez para Ron Francis, que parece ter sido 'redescoberto'
neste ano. Joe Sakic completa o trio com uma temporada realmente limpa.
Outra escolha difícil entre Lidstrom e Francis. Vencedor: Francis
Marco Aurelio Lopes -- Não só teve uma temporada espetacular
em um time limitado como o Flames, Iginla manteve-se regular por toda
a campanha, marcando gols e pontos, e fazendo com que seus parceiros
de linha ofensiva (mais freqüentemente Craig Conroy e Dean McAmmond)
também tivessem recordes pessoais de gols e pontos.
Thomaz Alexandre -- Pavel Datsyuk,
Ron Francis e Teppo
Numminen. Teppo Numminen capitaneou a volta de um renovado e
jovem Phoenix aos playoffs. Defensor que permanece por muito tempo no
gelo, manteve seu retrospecto em +12, enquanto compilava 45 pontos em
75 jogos. Cumpriu apenas 20 minutos em penalidades. Ron Francis, um
dos mais constantes patinadores de que se tem notícia, fez o necessário
para uma temporada louvável: jogar como Ron Francis. Aos 39 anos, este
líder, cavalheiro e embaixador do hóquei inspirou seus comandados na
conquista do título de divisão. Em 80 jogos, 77 pontos e apenas 18 minutos
em penalidades. Pavel Datsyuk, em sua primeira temporada na NHL, foi
ofuscado pela explosão de Heatley e Kovalchuk nos Thrashers. Mas nesta
seção ele encontra seu lugar ao sol (o que a um russo deve ser raro
prazer), com sua ridícula marca de quatro (!) minutos de penalidades
em 69 jogos. Joe Sakic poderia ficar com esta indicação, mas a juventude
e hipotética inexperiência de Datsyuk o favorecem. Vencedor: Francis
Vencedor -- Francis, no mais próximo
que chegamos de uma unanimidade
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IGINLA O atacante dos Flames,
que já venceu o Art Ross e o Rocket Richard, foi o mais próximo
que conseguimos chegar de uma unanimidade (Sue Ogrocki/Reuters-
07/04/2002) |
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JOSÉ THÉODORE
De acordo com nossa equipe, o goleiro dos Canadiens perde o Hart,
mas vence o Vezina (Winslow Townson/AP - 21/04/2002) |
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