24 de abril de 2002
Quem vai levar os troféus para casa?

Mais um exercício de adivinhação da equipe The Slot BR. Os troféus Art Ross e Rocket Richard já estão definidos -- Jarome Iginla, do Calgary Flames, ficou com eles --, mas os demais vencedores só serão anunciados depois dos playoffs.

Enquanto os mesmos aquecem as turbinas, dedicamos a nossa capa a tentar descobrir os vencedores. E foi difícil: não chegamos à unanimidade em nenhum dos troféus...

Troféu Memorial Hart
Dado ao jogador considerado o mais valioso para seu time

Alexandre Giesbrecht -- Jarome Iginla, Patrick Roy e José Théodore. Por mais que os Flames não tenham ido aos playoffs, Jarome Iginla não pode ficar sem este troféu. Claro que Patrick Roy foi importante para o Colorado, mas o time teria ido aos playoffs sem ele. Já os Flames, sem Iginla, teriam disputado pau a pau a última colocação com os Thrashers. Vencedor: Iginla
Bruno Bernardo -- Jarome Iginla, Patrick Roy e José Théodore. Apesar de os Flames não terem se classificado para os playoffs, acredito que o vencedor do Troféu Hart será Iginla. Roy e Théodore fizeram boas campanhas, mas o atacante do Calgary, além de ganhar o Art Ross e o Maurice Richard, impulsionou seus dois companheiros de linha (Craig Conroy e Dean McAmmond) a baterem seus recordes de gols, assistências e pontos em uma temporada. Sem dúvida, Iginla foi o jogador mais valioso para seu time. Vencedor: Iginla
Eduardo Costa -- Jarome Iginla, Patrick Roy e José Théodore. Nenhum jogador foi mais importante pra sua equipe nessa temporada que José Théodore. O goleiro dos Canadiens foi espetacular, defendendo 93% dos chutes, e levando sua equipe aos playoffs após um hiato de três temporadas. Iginla, infelizmente, paga o preço por atuar em uma equipe fraca, que falhou no intento de ir aos playoffs. E Roy, em outra temporada fantástica, tem à sua frente a melhor defesa da liga: basta verificar que seu reserva, o suíço David Aebischer, também teve números excelentes na temporada. Vencedor: Théodore
Fabiano Pereira -- Jarome Iginla, Patrick Roy e José Théodore. Esta foi a mais difícil. Começou nos três escolhidos. Como não colocar Markus Naslund, dos Canucks, e Sean Burke, dos Coyotes, numa lista? Bem, tinha que fazer três escolhas e as minhas são estas. E meu escolhido é o goleiro dos Habs. Vamos por eliminação: Iginla foi o melhor atacante da liga, sem dúvida. Passou dos 50 gols e com pouco apoio. Mas pesa contra ele o fato de seu time não ter ido aos playoffs. Claro, os Flames melhoraram absurdamente, mas, ainda assim, não chegaram. Roy, bem... Roy tinha Foote e Blake à sua frente, além de especialistas em defesa, como Yelle e Hinote. Depois, ainda chegou Kasparaitis. Convenhamos: Théodore não tem isso para ajudá-lo. Ele, praticamente sozinho, conseguiu mais de 30 vitórias e números excepcionais, levando quase uns 500 chutes por jogo. Para mim, inquestionável. Vencedor: Théodore
Humberto Fernandes -- Jarome Iginla, Markus Naslund e José Théodore. José Théodore esteve incrível. Conduziu os Canadiens aos playoffs com maestria. Foi a alma do time, disso ninguém tem dúvidas, fazendo valer a verdadeira definição do Troféu Hart. O ponto negativo da temporada de Théodore foi ter conseguido mau retrospecto contra os grandes times da liga. Contra os pequenos, ele só não fez nevar. Maskus Naslund -- leia-se também Todd Bertuzzi -- foi o grande nome do Vancouver Canucks, liderando a equipe e sendo o responsável direto pela classificação aos playoffs. Foram 40 gols e 90 pontos de Naslund e 36 gols e 85 pontos de Bertuzzi. Se fosse possível juntar os dois jogadores, certamente o prêmio seria deles. Como não é possível, passemos ao próximo. O jogador mais importante para sua equipe certamente foi Jarome Iginla. Ele esteve brilhante e proporcionou ao seu time e à sua torcida um cheiro de playoffs no ar. Infelizmente para os fãs do esporte, ele, praticamente sozinho, não conseguiu levar os Flames. Tanto não foram aos playoffs quanto terminaram com uma campanha abaixo de 50%. E daí? Iginla liderou a liga em gols, com 52, e em pontos, com 96. Vencedor: Iginla
J. J. Júnior -- Jarome Iginla, Markus Naslund e José Théodore. Preciso falar? Iginla teve 52 gols, sendo 16 em vantagem numérica, teve 44 assistências e ainda conseguiu ter um altíssimo +/- num time medonho como os Flames? O Hart é de Iginla e ponto final. Vencedor: Iginla
Marcelo Constantino -- Jarome Iginla, Patrick Roy e José Théodore. Ficam poucas dúvidas de que estes três foram os mais destacados da temporada. Iginla e Theodore foram, antes de tudo, grandes surpresas. Roy vence o Vezina e abre espaço para o verdadeiro grande destaque da temporada, Jarome Iginla. Não existe essa de o time não ter chegado aos playoffs, nem mesmo alguns absurdos absolutos como mencionar algum jogador dos Red Wings para este prêmio. Vencedor: Iginla
Marco Aurelio Lopes -- Bill Guerin, Jarome Iginla e Brendan Shanahan. Não se limitando a ter uma temporada espetacular em um time limitado como os Flames, Iginla manteve-se regular por toda a campanha, marcando gols e pontos, e fazendo com que seus parceiros de linha ofensiva (mais freqüentemente Craig Conroy e Dean McAmmond) também tivessem recordes pessoais de gols e pontos. Vencedor: Iginla
Thomaz Alexandre -- Jarome Iginla, Markus Naslund e José Théodore. Mesmo jogando num time perdedor, Iginla tem um retrospeco positivo, marcando 96 pontos para liderar a liga. Em sua linha, jogadores tiveram o melhor ano de suas carreiras. Concorrência, bata palmas. José Théodore foi a diferença entre seu time estar ou não nos playoffs. Seu ano foi melhor que qualquer um que Patrick Roy já tenha tido. Markus Naslund renovou com o Vancouver sendo agente livre, mesmo podendo conseguir contratos mais apetitosos em outros mercados. Manteve-se entre os primeiros em pontos por grande parte da temporada, impulsionando as performances de Bertuzzi, Cassels e Morrison. Se você é capitão de um ex-time de Mark Messier e é celebrado, as coisas não poderiam ir melhor. Vencedor: Iginla
Vencedor -- Iginla

Troféu Vezina
Dado ao goleiro considerado o melhor da liga na temporada

Alexandre Giesbrecht -- Sean Burke, Patrick Roy e José Théodore. Burke e Théodore poderiam levar tranqüilamente o troféu, mas Roy nunca se deu tão bem na temporada regular como em 2001-02. Além do mais, com o Hart indo para Iginla, vão dar o Vezina para ele. Vencedor: Roy
Bruno Bernardo -- Nikolai Khabibulin, Patrick Roy e José Théodore. Patrick Roy é um goleiro excelente, que dispensa todos os comentários, mas acho que chega por enquanto. Théodore foi superior a todos os outros goleiros na liga, foi o segundo goleiro a encarar mais chutes e defendeu mais de 90% deles. Graças a ele, os Canadiens tiveram a melhor unidade de desvantagem numérica da liga e os Habs devem a Théodore grande parte do mérito de sua classificação para os playoffs. Vencedor: Théodore
Eduardo Costa -- Sean Burke, Patrick Roy e José Théodore. Em uma época dominada pelos goleiros, Roy se consolida ainda mais no posto de melhor de sua geração. Mas nesta temporada Théodore roubou a cena: sem ele, os Canadiens passariam longe dos playoffs. O mesmo vale para Sean Burke e o Phoenix Coyotes. Na verdade, Burke e Théodore tiveram temporadas parecidas, com destaque para as rodadas finais da temporada regular, mas, dando uma olhada na defesa dos Habs e na defesa do Phoenix, vamos encontrar uma diferença: Teppo Numminen. Vencedor: Théodore
Fabiano Pereira -- Nikolai Khabibulin, Patrick Roy e José Théodore. Quando o melhor jogador que se tem à sua frente atende pelo nome de Pavel Kubina e você ainda consegue ganhar mais de 20 jogos por seu time, além de números impressionantes, como uma média de gols contra por jogo de aproximadamente 2,35, percentual de defesas de chutes em torno de 92% e sete shutouts, levando quase 2 mil chutes em toda a temporada, fica difícil querer escolher Roy e Théodore, mesmo seus números sendo melhores. Na escolha para o Hart, votei em Théodore, porque ele levou seu time aos playoffs. E, mesmo a defesa dos Canadiens não sendo boa como a do Avalanche, ainda assim é melhor que a do Lightning. Vencedor: Khabibulin
Humberto Fernandes -- Nikolai Khabibulin, Patrick Roy e José Théodore. Quando se fala no Troféu Vezina, logo se pensa em Dominik Hasek. O novo goleiro dos Red Wings, desta vez, não merece o prêmio. Não que ele tenha ido mal, pelo contrário; mas outros foram ainda melhores. Patrick Roy esteve fantástico, mesmo quando o Avalanche demonstrava sinais de fraqueza. Ele segurou vários jogos para seu time e não seria surpresa que ele vencesse o prêmio. Entretanto, em matéria de números, seu reserva David Aebischer foi melhor, bem melhor, mas, claro, como um reserva, não atingiu o mínimo de jogos exigidos. Nikolai Khabibulin é a grande incógnita da NHL. Todos gostariam de saber onde ele busca inspiração para defender o fraco Tampa Bay Lightning. O time não ajuda e, mesmo assim, ele faz milagres lá atrás. José Théodore também joga em um time não muito forte, mas foi o maior responsável por uma grande campanha dos Canadiens. Diziam que ele só poderia vencer o prêmio se levasse o Montreal aos playoffs. E ele assim o fez. Vencedor: Théodore
J. J. Júnior -- Nikolai Khabibulin, Patrick Roy e José Théodore. Irei inovar e votar em José Théodore. Por quê? Porque Théodore sofreu do mesmo caso de Khabibulin, não ter uma boa defesa para protegê-lo. E mais, os Habs tiveram sempre sérias contusões de seus principais jogadores, o que fez sobrar a tarefa difícil para Théodore, que teve números expressivos, como sete shutouts, 30 vitórias e um aproveitamento de 93,2% de defesas, levando os Habs aos playoffs. Vencedor: Théodore
Marcelo Constantino -- Sean Burke, Patrick Roy e José Théodore. Roy surpreendeu pela excelente forma técnica do alto de seus 37 anos e pela excelência durante a temporada, quando seu forte sabidamente são os playoffs. Théodore foi a principal razão para os Canadiens chegarem aos playoffs sem seu capitão Saku Koivu. E Burke, mesmo descontando a campanha que Wayne Gretzky vem fazendo em cima do seu nome, é um dos grandes responsáveis pela inacreditável campanha dos Coyotes. O principal argumento para Théodore é que, sem ele, fica difícil acreditar que os Canadiens chegariam aos playoffs. Sem Roy, como estariam os Avs, um time largamente superior ao Montreal? Certamente não seriam os segundos colocados na conferência, ainda mais com a famosa dificuldade de fazer gols. É a escolha mais difícil de todas, Théodore x Roy, mas fico com Roy. Vencedor: Roy
Marco Aurelio Lopes -- Evgeni Nabokov, Patrick Roy e José Théodore. Entrar em uma situação difícil, substituindo o lesionado titular Jeff Hackett, e fazer a torcida esquecer dele, além de ser fundamental no retorno do Montreal Canadiens aos playoffs, com atuações dignas de veterano, fazem com que o jovem mereça o prêmio. Vencedor: Théodore
Thomaz Alexandre -- Nikolai Khabibulin, Patrick Roy e José Théodore. José Théodore, mesmo sendo um dos três goleiros que viu mais chutes na temporada, emplacou um percentual de defesas superior ao de qualquer titular na liga. Nada mal para quem era reserva em outubro, lembrando que a titularidade conseguida na contusão de Hackett pareceu uma grande fria na época. No jogo das estrelas, Théodore conseguiu o raro feito de defender 100% dos chutes sofridos durante todo o período. Sem ele no time, o Washington Capitals estaria nos playoffs neste momento, no lugar dos Habs. A temporada de 2001-02 não foi a melhor para o Colorado Avalanche no quesito ataque. Logo, se o time marca menos gols, precisa também sofrer menos. Tudo bem, eles têm Patrick Roy. São Patrick teve os melhores números de sua carreira e isso é assustador para quem, no mesmo ano, estava vencendo sua 500.ª partida. Que meda, Wah! Mesmo que após as Olimpíadas seu percentual de defesas tenha sido mais de um ponto inferior ao de antes (o que, mesmo assim, é altíssimo), a performance de Khabibulin entre outubro e fevereiro foi notável. Até então, ele era o jogador mais valioso e maior atração da liga, mantendo o ridículo Tampa Bay Lightning a rondar a última vaga aos playoffs, mesmo com o pior ataque da liga. Como explicar tal concentração e motivação quando se luta por uma causa perdida? Vencedor: Théodore
Vencedor -- Théodore

Troféu Norris
Dado ao zagueiro que mais se destacou na temporada

Alexandre Giesbrecht -- Chris Chelios, Sergei Gonchar e Nicklas Lidstrom. Assim como no caso dos goleiros, é difícil ver outros finalistas que não estes três. Gonchar, sempre com altos números ofensivos, pode acabar levando o troféu por essa tendência recente da NHL, mas acho que o troféu vai para a casa de Chelios, pelo enredo: um jogador de 40 anos, que todos pensavam que iria encerrar a carreira decadentemente, tem uma de suas melhores temporadas atrás de um time vencedor. Vencedor: Chelios
Bruno Bernardo -- Chris Chelios, Sergei Gonchar e Nicklas Lidstrom. A briga deve ser interna entre Chelios e Lidstrom. Nicklas tem, em média, 29 minutos por jogo e possui os melhores atributos para um defensor. Ele também é o jogador de defesa que mais marcou na história do time. Chelios deve ser lembrado: ele teve este ano sua melhor temporada ofensiva em Detroit, com 39 pontos em 79 jogos, mas, mesmo assim, ainda acho que o prêmio vai para Lidstrom. Vencedor: Lidstrom
Eduardo Costa -- Rob Blake, Chris Chelios e Nicklas Lidstrom. Chelios foi o mais regular jogador da temporada, liderou a liga na categoria mais-menos e isso com 40 anos de idade. E é bom lembrar que ele ficou uma boa parte do tempo machucado na temporada 2000-01. Lidstrom e Blake seguem sendo os dois defensores mais perigosos ofensivamente da NHL. Vencedor: Chelios
Fabiano Pereira -- Chris Chelios, Brian Leetch e Nicklas Lidstrom. Chelios seria a escolha afetiva. 40 anos, +/- de +40, mais de 40 pontos. É, um perfeito quarentão. Mas Lidstrom é, inquestionavelmente, o melhor defensor da liga. No apoio ao ataque ou defendendo. Seus números ofensivos e defensivos são impressionantes, além de ficar muito tempo no gelo. Quando em vantagem numérica, os Red Wings são beneficiados, e muito, com sua presença no gelo. É uma decisão difícil, mas fico com o jogador sueco. Vencedor: Lidstrom
Humberto Fernandes -- Rob Blake, Chris Chelios e Nicklas Lidstrom. Este prêmio nem merecia ter concorrentes. Chris Chelios, mesmo com 40 anos, foi um monstro durante toda a temporada. Encantou não só a torcida do Detroit, como desfilou sua magia por toda a NHL. Apenas não o credito como concorrente ao Troféu Hart porque ele fez parte da máquina vermelha dos Red Wings. Líder em +/- de toda a Liga, representa o melhor exemplo de defensor, enquanto outros, como Sergei Gonchar, parecem atacantes. Nicklas Lidstrom e Rob Blake, como sempre, tiveram bons anos. Lidstrom caracterizou-se por uma redução na produção ofensiva, mas defensivamente ele continua perfeito. Blake sempre foi ótimo atrás e continua fazendo seus gols. Sem dúvida alguma, Lidstrom e Blake são os dois melhores defensores da NHL, mas, este ano, Chelios esteve acima de qualquer um. Vencedor: Chelios
J. J. Júnior -- Rob Blake, Nicklas Lidstrom e Chris Pronger. Voto em Rob Blake, pois foi o defensor mais regular, fazendo 16 gols, dos quais 10 sendo em vantagem numérica, e 40 assistências, tendo um +/- de +16 e ainda fazendo poucas penalidades (58 PIM). Vencedor: Blake
Marcelo Constantino -- Chris Chelios, Sergei Gonchar e Nicklas Lidstrom. Parece que finalmente a NHL deverá premiar um defensor por suas qualidades defensivas! Esta não foi a melhor temporada da carreira de Lidstrom nem a segunda nem a terceira. Ele deverá estar entre os três por falta de concorrência no seu nível. Sergei Gonchar é outro defensor que vem melhorando a cada ano e teve outra ótima temporada, desta vez marcando nada menos do que 26 gols. Mas Chris Chelios é o nome do ano. Aos 40 anos de idade, no último ano de seu contrato -- e que seria o último de sua carreira --, Chelios mostrou a toda a NHL o que é um defensor propriamente dito. Vencedor: Chelios
Marco Aurelio Lopes -- Chris Chelios, Sergei Gonchar e Phil Housley. Aos 40 anos, mostrou habilidade e liderança, sendo um dos pilares dos Wings nesta campanha, comandando a defesa vermelha. Além disso, Chelios teve neste ano sua melhor temporada em Detroit desde que veio para a equipe. Vencedor: Chelios
Thomaz Alexandre -- Adrian Aucoin, Chris Chelios e Sergei Gonchar. Chris Chelios, aos 40 anos, impôs-se sobre os mais jovens, sendo o único defensor notável da temporada. Sua performance defensiva não foi nem mesmo aproximada e, para insultar ainda mais, contribuiu com bons passes, inclusive nos times especiais. Foi também escolhido para o primeiro time das estrelas dos jogos de Salt Lake City. Adrian Aucoin assumiu a responsabilidade sobre uma defesa bastante frágil. Jogou mais de 25 minutos por jogo, permitiu poucos ataques dos adversários no cinco-contra-cinco e marcou 18 pontos apenas na vantagem numérica. Sergei Gonchar, apesar de o ritmo ter caído após o intervalo olímpico, marcou 26 gols, nove a mais que os do segundo colocado entre os defensores. Até o meio da temporada, estava com ritmo para fazer 30. Seu chute forte é inspirador e o talento poderia valer-lhe uma tentativa como asa direito na próxima temporada. Vencedor: Aucoin
Vencedor -- Chelios

Troféu Jack Adams
Dado ao técnico considerado o melhor da liga na temporada

Alexandre Giesbrecht -- Bobby Francis (PHX), Robbie Ftorek (BOS) e Brian Sutter (CHI). Três times revitalizados. Tudo bem que Ftorek tinha um elenco recheado de estrelas, mas, com poucas modificações, levou o time à primeira colocação no Leste depois de ficar de fora no ano passado. Só que ele não tem chance contra Sutter e, principalmente, Francis. Sutter pegou praticamente o mesmo time que vinha seguidamente ficando de fora dos playoffs e deu uma cara nova a ele. Francis pegou um time cotado para a última colocação e levou-o aos playoffs. Por isso, ele leva. Vencedor: Francis
Bruno Bernardo -- Scott Bowman (DET), Bobby Francis (PHX) e Robbie Ftorek (BOS). Simplesmente por levar um time que nem se classificou aos playoffs no ano passado à primeira colocação no Leste -- e, quem sabe, vencedor da conferência. Vencedor: Ftorek
Fabiano Pereira -- Bobby Francis (PHX), Robbie Ftorek (BOS) e Brian Sutter (CHI). Sutter tem um elenco não muito forte, excetuando alguns poucos jogadores. Seu time jogou muito bem, chegando, em épocas, a ameaçar os todo-poderosos Red Wings. E, mesmo tendo decaído no meio da temporada, ele segurou bem o time. Mas, principalmente: fez com que jogadores como Daze, Zhamnov, Thibault e Mironov tivessem temporadas excepcionais. Fiquei tentado a votar no Bobby Francis, mas, pelo show de horrores que é Chicago, a pressão da cidade, fico com Sutter. Vencedor: Sutter
Eduardo Costa -- Bobby Francis (PHX), Robbie Ftorek (BOS) e Brian Sutter (CHI). Brian Sutter e Robbie Ftorek tiveram o valioso mérito de reconduzir duas tradicionais equipes aos playoffs. Ftorek teve um elenco mais valioso em suas mãos, mas o primeiro lugar na Conferência Leste foi muito mais do que todos esperavam. A tarefa de Sutter era mais difícil, afinal contava praticamente com o mesmo elenco da vergonhosa campanha da temporada passada. No final da temporada regular, o Chicago somava 96 pontos, 25 a mais em relação à temporada passada. Bobby Francis conseguiu fazer do Phoenix um time melhor do que quando possuía as super estrelas Keith Tkachuk e Jeremy Roenick. Vencedor: Sutter
Humberto Fernandes -- Bobby Francis (PHX), Peter Laviolette (NYI) e Brian Sutter (CHI). Analisando os elencos, Peter Laviolette teve um melhor material humano em mãos para trabalhar e, por isso, talvez não mereça tanto o troféu como os outros dois indicados. Seu mérito foi ter conseguido acertar os Islanders, criando um poderoso ataque. Bob Francis pegou um perdido Phoenix e transformou-o completamente, conseguindo montar um sistema de jogo e, com isso, garantiu a vaga aos playoffs. Vários jogadores da equipe tiveram a temporada de suas carreiras, mostrando também que o elenco esteve unido. Brian Sutter conseguiu as mesmas coisas que Laviolette e Francis conseguiram. E mais. Pegou um time de tamanha tradição, sinônimo de decepção nos últimos anos, e deu a volta por cima. O Chicago chegou a ser o segundo melhor time da NHL, em meados de dezembro. Sutter fez Chicago, uma das seis cidades originais do hóquei, renascer para o esporte. Vencedor: Sutter
J. J. Júnior -- Bobby Francis (PHX), Robbie Ftorek (BOS) e Brian Sutter (CHI). Voto em Bob Francis, pois ele surpreendeu toda a NHL, com o elenco dos Coyotes cheio de belos jogadores em todos os setores do rinque. E ainda levou o time para os playoffs. Parece que o Wayne Gretzky acertou em cheio desta vez. Vencedor: Francis
Marcelo Constantino -- Bobby Francis (PHX), Peter Laviolette (NYI) e Brian Sutter (CHI). Sutter realizou um impressionante trabalho, revitalizando vários jogadores de potencial que pareciam adormecidos -- alguns deles até tidos como grandes enganações da Liga (leia-se Alexei Zhamnov). Laviollete venceria o Troféu Calder dos técnicos, com uma estréia surpreendente e de grande sucesso. Mas os Islanders passaram a contar com estrelas no elenco, como Peca e Yashin, coisa que Francis não tem. Este é o que mais me impressionou, conseguindo levar aquele time dos Coyotes até uma incrível sexta colocação na Conferência Oeste. Vencedor: Francis
Marco Aurelio Lopes -- Bobby Francis (PHX), Robbie Ftorek (BOS) e Peter Laviolette (NYI). Como treinador calouro, levou o New York Islanders a uma revolução, fazendo com que a equipe passasse de saco de pancadas da liga a um dos candidatos do Leste para a Stanley Cup em apenas uma temporada. Vencedor: Laviolette
Thomaz Alexandre -- Scott Bowman (DET), Brian Sutter (CHI) e Darryl Sutter (SAN). Brian Sutter, sem mudar muito o elenco, brincou com as peças e, antes que percebessem, ele já estava quebrando a banca. Com ele, Zhamnov é consistente, Sullivan parece um líder nato e Karpovtsev é uma coluna grega. Até Steve Passmore venceu jogos defendendo este time. O melhor elenco da liga nas mãos de Scott Bowman é covardia. O problema é que Ken Holland fez um time tão bom, mas tão bom, que dificultou a vida de Scotty na hora de manter a concentração no fim da temporada. Ken, da próxima vez, lembre-se que, com mestre Scotty, não é preciso exagerar. Os artilheiros do San Jose de Darryl Sutter beiraram 55 pontos e 30 gols. Imagine então o restante... Bem, o restante ficou mais ou menos por aí também. No time de Darryl Sutter, todos fazem de tudo, sabendo seu lugar no esquema. Senão, como Selanne, homem dos 76 gols, continuaria motivado marcando "apenas" 29? Vencedor: Sutter (o Brian)
Vencedor -- Brian Sutter, por um voto

Troféu Memorial Calder
Dado ao jogador considerado o melhor novato da temporada

Alexandre Giesbrecht -- Dany Heatley, Ilya Kovalchuk e Radim Vrbata. Há pouco mais de um mês, eu apostaria seco em Kovalchuk, mas a contusão que encerrou prematuramente sua temporada pode complicar sua votação. Vrbata entra aqui como mero coadjuvante, porque o prêmio vai ficar mesmo com um dos dois fenômenos de Atlanta. E eu acho que vão dar o prêmio ao contundido por menos tempo. Vencedor: Heatley
Bruno Bernardo -- Nick Boynton, Dany Heatley, e Ilya Kovalchuk. Acho que Kovalchuk possui mais habilidades, um futuro melhor e foi líder com 29 gols, apesar da sua contusão. Agora, se o Atlanta não fizer nenhuma besteira e se as coisas continuarem neste ritmo, poderemos ter uma dupla excelente nos Thrashers. Vencedor: Kovalchuk
Eduardo Costa -- Dany Heatley, Kristian Huselius e Ilya Kovalchuk. Kovalchuk é mais um gênio produzido pela escola russa. Sua habilidade, velocidade e força indicam um futuro promissor. O principal adversário na briga pelo Calder é o seu companheiro de equipe Dany Heatley, que leva a vantagem de ter jogado mais jogos que o companheiro. Kristian Huselius, do Florida, teve mais tempo de gelo que Datsyuk e Vrbata, por isso uma produção melhor. Vencedor: Kovalchuk
Fabiano Pereira -- Eric Cole, Dany Heatley e Kristian Huselius. Bem, eu votaria em Kovalchuk. Mas, infelizmente, ele não jogou toda a temporada. Heatley é ótimo passador, marca bons gols e será com certeza o líder dos Thrashers no futuro. Algo que Lecavalier nunca foi no Lightning. Huselius e Cole são bons jogadores, mas precisam de tempo para se fixarem melhor. Vencedor: Heatley
Humberto Fernandes -- Dany Heatley, Kristian Huselius e Ilya Kovalchuk. A NHL poderia conceder este prêmio a Ilya Kovalchuk. O russo foi, sem dúvida, o melhor. Mesmo jogando 16 partidas a menos que seu companheiro de equipe e rival de Troféu Calder, Dany Heatley, Kovalchuk marcou mais gols, mas teve menor média de pontos. Se não fosse a grave contusão do final de temporada, ele teria sido o melhor. Quem lucrou com isso foi exatamente Heatley, que pode ver o troféu cair em seu colo. De certo mesmo, apenas que o prêmio fica em Atlanta, berço do pior time da NHL atualmente. Outro time muito ruim, o Florida Panthers, apresentou a sensação Kristian Huselius. O sueco foi o destaque de sua apagada equipe na temporada. Menções honrosas para Eric Cole, do Carolina Hurricanes, e Pavel Datsyuk, do Detroit Red Wings. Vencedor: Heatley
J. J. Júnior -- Pavel Datsyuk, Kristian Huselius e Ilya Kovalchuk. O premiado seria Kovalchuk, por se destacar num time com uma campanha ruim como os Thrashers e ter bons números, com 29 gols e 22 assistências em 65 jogos. Vencedor: Kovalchuk
Marcelo Constantino -- Dany Heatley, Ilya Kovalchuk e Radim Vrbata. Se depender da dupla de novatos do Atlanta, podemos ter uma futura repetição dos bons tempos da dupla Paul Karyia e Teemu Selanne no Anaheim. Quer dizer, um time ruim com uma dupla infernal. Uma grave contusão acabou por abreviar a brilhante temporada de estréia de Kovalchuk, que, ainda assim, marcou mais gols do que qualquer outro novato. Vrbata é mais uma grata revelação do celeiro de novidades dos Avs, que parece nunca secar. Vencedor: Kovalchuk
Marco Aurelio Lopes -- Dany Heatley, Kristian Huselius e Ilya Kovalchuk. Em uma temporada onde os calouros não brilharam tanto, Huselius foi um dos poucos que se salvaram na bisonha campanha do Florida Panthers. Vencedor: Huselius
Thomaz Alexandre -- Pavel Datsyuk, Dany Heatley e Ilya Kovalchuk. Dany Heatley, promissor ala de força, também mostrou consistência e bom encaminhamento para se tornar um líder. Jogou na linha de Kovalchuk por um bom tempo e segurou a onda enquanto este se contundiu. Ilya Kovalchuk, jogador mais valioso do mundial sub-18 em 2001, foi a primeira escolha do recrutamento e jamais pisou num rinque de liga menor. A NHL foi palco para sua velocidade, controle de disco e imenso talento para marcar gols, o que inevitavelmente remete a Pavel Bure. Se não bastasse, ele também não leva desaforo para casa e não se intimida com armários, não hesitando em partir para os socos. Foi o jogador mais valioso no jogo das jovens estrelas, marcando seis gols. Uma contusão deu fim precoce a sua temporada. Será ainda melhor quando aprender a defender e se comunicar com treinadores sem tradutor. Pavel Datsyuk é um jovem Larionov que tem a visão de um enxadrista. Pode achar qualquer companheiro com um passe e ainda tem anos e anos de juventude pela frente. Vencedor: Heatley
Vencedor -- Kovalchuk e Heatley terminaram empatados

Troféu Lady Byng
Dado ao jogador considerado o de estilo de jogo mais "cavalheiro"

Alexandre Giesbrecht -- Este troféu não deveria existir, por isso abstenho-me. Vencedor: -
Eduardo Costa -- Ron Francis, Joe Sakic e Mike York. Ron Francis teve uma temporada fantástica e, mesmo atuando na principal linha do Carolina, teve 18 minutos de penalidade em 80 jogos. Mike York atuou boa parte da temporada acompanhado de dois jogadores no mínimo polêmicos e não se deixou influenciar. Joe Sakic, a exemplo de Francis, levou pancada a torto e direito, mas manteve o cavalheirismo intacto. Vencedor: Francis
Humberto Fernandes -- Niklas Lidstrom, Joe Sakic e Mike York. Oficialmente, este prêmio é dado ao melhor jogador que aliar boa conduta e habilidade. Faltou dizer que também depende muito da mídia. Por isso, aposto em um destes três nomes. Não é possível nem avaliar quem mereceu mais. Tomas Kaberle, defensor do Toronto Maple Leafs, cometeu apenas uma penalidade em toda a temporada, ou seja, dois minutos de punição, em 69 jogos. Pavel Datsyuk, novato do Detroit Red Wings, cometeu apenas duas penalidades, quatro minutos de punição, também em 69 jogos. Habilidosos estes dois são. E outros vários também, com baixo PIM. Mas o prêmio certamente não fica com nenhum deles. Joe Sakic levou este troféu na temporada passada, não sendo tão merecedor quanto Lidstrom, que, ano após ano, é nome certo entre os favoritos. Desta vez, Mike York também foi muito bem no que é necessário fazer para ser um concorrente e pode surpreender, junto de outros diversos nomes pela Liga. Mas, finalmente, este prêmio é de Lidstrom. Vencedor: Lidstrom
J. J. Júnior -- Andrew Brunette, Ron Francis e Joe Sakic. Voto em Ron Francis, por ser um ótimo jogador sem precisar se utilizar da violência, usando apenas seu talento, e por ter levado os Hurricanes aos playoffs. Vencedor: Francis
Marcelo Constantino -- Ron Francis, Nicklas Lidstrom e Joe Sakic. Este é um prêmio para que Nicklas Lidstrom vem sendo continuamente indicado, sem conseguir obtê-lo. Mesmo sendo defensor e tendo mais uma temporada finesse, Lidstrom deverá novamente perder, desta vez para Ron Francis, que parece ter sido 'redescoberto' neste ano. Joe Sakic completa o trio com uma temporada realmente limpa. Outra escolha difícil entre Lidstrom e Francis. Vencedor: Francis
Marco Aurelio Lopes -- Não só teve uma temporada espetacular em um time limitado como o Flames, Iginla manteve-se regular por toda a campanha, marcando gols e pontos, e fazendo com que seus parceiros de linha ofensiva (mais freqüentemente Craig Conroy e Dean McAmmond) também tivessem recordes pessoais de gols e pontos.
Thomaz Alexandre -- Pavel Datsyuk, Ron Francis e Teppo Numminen. Teppo Numminen capitaneou a volta de um renovado e jovem Phoenix aos playoffs. Defensor que permanece por muito tempo no gelo, manteve seu retrospecto em +12, enquanto compilava 45 pontos em 75 jogos. Cumpriu apenas 20 minutos em penalidades. Ron Francis, um dos mais constantes patinadores de que se tem notícia, fez o necessário para uma temporada louvável: jogar como Ron Francis. Aos 39 anos, este líder, cavalheiro e embaixador do hóquei inspirou seus comandados na conquista do título de divisão. Em 80 jogos, 77 pontos e apenas 18 minutos em penalidades. Pavel Datsyuk, em sua primeira temporada na NHL, foi ofuscado pela explosão de Heatley e Kovalchuk nos Thrashers. Mas nesta seção ele encontra seu lugar ao sol (o que a um russo deve ser raro prazer), com sua ridícula marca de quatro (!) minutos de penalidades em 69 jogos. Joe Sakic poderia ficar com esta indicação, mas a juventude e hipotética inexperiência de Datsyuk o favorecem. Vencedor: Francis
Vencedor -- Francis, no mais próximo que chegamos de uma unanimidade

IGINLA O atacante dos Flames, que já venceu o Art Ross e o Rocket Richard, foi o mais próximo que conseguimos chegar de uma unanimidade (Sue Ogrocki/Reuters- 07/04/2002)
 
JOSÉ THÉODORE De acordo com nossa equipe, o goleiro dos Canadiens perde o Hart, mas vence o Vezina (Winslow Townson/AP - 21/04/2002)
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Página publicada em 22 de abril de 2002.