Por
Thomaz Alexandre
Se é abril na NHL, pode-se ter certeza de três coisas:
são Leafs contra Sens, Pens contra Caps e Stars contra Oilers.
E neste ano não poderia ser diferente, com os Leafs em quarto
no Leste, pegando os... bem, na verdade, em quinto vêm os Islanders
e os Senators acabaram terminando em sétimo. Mas os Penguins,
sim, esses terão mais uma chance de eliminar os Capitals... não,
não, os Capitals já estão eliminados... e os Penguins
também! É, quem restou para carregar a bandeira dessas
batalhas manjadas foram Oilers e Stars. O problema é que estes
também não irão aos playoffs. Pelo menos não
em 2002.
É, decepção por decepção, a dos times
de Ontário é a menor de todas. Afinal de contas, o que
é possível dizer deste pacote: Capitals contratando Jaromir
Jagr, o asa que dominou a liga de 1997-98 em diante, e falhando em se
classificar na fraquíssima Divisão Sudeste; Penguins,
que se livraram do alto salário do mesmo Jagr e confiaram na
juventude sob tutela de suas estrelas, estrelas estas que em boa parte
da temporada só viram hóquei pela TV; Stars, time altamente
competitivo há anos que sentou sobre sua estabilidade e esqueceu
ou, no mínimo, lembrou tarde demais, de seguir em frente; e Edmonton
Oilers, que vinham até muito bem, conseguiram tirar o queridinho
Mike York dos Rangers, mas amoleceram justamente na última semana?
Bem, não vamos dizer nada deste quarteto, principalmente a pífia
dupla do Leste.
Realmente, o embate de que mais sentiremos falta é Oilers contra
Stars. Sempre em longas séries, onde a prorrogação
em morte súbita é tão constante que já poderia
inclusive ser chamada de quarto período. As duas do Leste tinham
cartas mais marcadas, com Capitals sendo eliminados pelos Penguins em
seis de sete tentativas e os Senators perdendo para os Maple Leafs em
anos seguidos.
Exemplos da história do jogo sendo escrita nestas séries
são os quase três jogos seguidos sem levar gols do Curtis
'CuJo' Joseph, o gol de Martin Straka na prorrogação do
jogo 6 em 2001 e, principalmente, o gol de Todd Marchant contra os Stars
na prorrogação do jogo 7, meia década atrás.
Na época, o mesmo CuJo citado anteriormente segurava a borracha
para os Oilers.
Novas Séries -- A falta daquilo que já se havia
estabelecido leva, obviamente, as coisas a se reciclarem. Nesse caso,
podem-se enxergar algumas séries que emergeriam como salvação.
Bem, poderiam. A melhor candidata seria Kings contra Red Wings, só
que, por pouco, ela foi adiada. Quem sabe na segunda ou terceira rodadas?
Porque Kings e Wings já se pegaram duas vezes desde 99, com Wings
abrindo de vassoura na mão na primeira e saindo com o rabo entre
as pernas (tudo bem, sem Brendan Shanahan e Stevie Yzerman) no ano passado.
Aliás, ninguém aí esqueceu o gol de Adam Deadmarsh,
hein?
E ninguem aí acha que uma repetição de Devils e
Hurricanes pode fazer parte da lista, certo?
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Thomaz Alexandre não mandou um rodapé para esta
edição e quase ficou com o rodapé do Marcelo
Constantino. |
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