Edição n.º 66 | Editorial | Colunas | Rankings da Slot | Notas | Fotos
 
16 de janeiro de 2004
Como está a Divisão Sudeste

Por Daniel Rocha

Meia temporada já se foi. Certamente ainda é cedo para chegarmos a conclusões, ou nos gabarmos de termos acertado os nossos pitacos do início da temporada. Apesar disso, é possível rever alguns pontos de vista, além de reforçar outros. Até porquê, a partir de agora tudo pode mudar: aproximando-se o fim da temporada e a data limite de trocas, os times podem mudar suas caras, buscando reformulação, ou um último reforço para garantir a ida aos playoffs. Mas isso não vem ao caso, eu estou aqui ara rever o que previ no guia da temporada, da edição 52; e este será meu papel.

Antes de falar sobre eles, ao menos acertei que os times da Divisão Sudeste continuariam incapazes de brigar pelo título da conferência. O Tampa Bay, líder da divisão, se encontraria posicionado apenas na 8ª colocação se a liderança da divisão não o colocasse em terceiro. Os Thrashers, segundo colocado, encontram-se apenas em 9º lugar, empatados com os Islanders, que têm dois jogos a menos. Ponto para mim.

Atlanta Thrashers

Bem, aqui eu acertei um pouco, errei outro tanto. A saída de Dany Heatley, ao contrário do que eu imaginava, deu uma injeção de ânimo na equipe, que iniciou a temporada mostrando clara capacidade de chegar aos playoffs. Infelizmente, a defesa segue extremamente frágil. Já que Bob Hartley não conta com material humano suficiente para suprir essa deficiência, sobra para os goleiros Pasi Nurminen e Byron Dafoe, que até possuem bons números em termos de defesa, mas ainda assim sofreram uma média próxima a três gols por jogo, levando a defesa a ser menos vazada apenas do que os frágeis Penguins e Capitals.

Destaque positivo na equipe para o ressurgimento de Marc Savard, desaparecido desde a grande campanha pelos Flames quando atuava ao lado de Jarome Iginla. Ilya Kovalchuk, Vyacheslav Kozlov e Shawn McEachern vêm correspondendo às expectativas e Patrick Stefan... Bem, Stefan segue atuando abaixo do que se espera de uma escolha número 1.

A equipe segue contando com a volta de Heatley, o que daria um impulso extra para chegar aos playoffs pela primeira vez na história. Caso contrário, um reforço de última hora seria bem-vindo para ajudar a equipe a se manter no grupo dos classificados.

Carolina Hurricanes

Essa foi a equipe onde eu mais cometi erros, certamente. Após a desastrosa temporada passada, acreditava que com a volta dos jogadores contundidos o elenco voltaria a brigar pelos playoffs... Claro engano. Ao menos eu acertei que a saída de Paul Maurice era evidente caso a equipe não engrenasse. O ataque da equipe continua inoperante, já que Rod Brind'Amour não consegue repetir as campanhas anteriores e Jeff O'Neil parece ter perdido a mão para seus tiros. Ron Francis não tem a quem servir, levando o ataque dos Hurricanes a ser o menos eficiente dentro da liga.

A defesa, como já previa, consegue manter o time não muito longe dos playoffs, mas a equipe mostra estar abaixo até mesmo de seus companheiros de divisão. A chegada de Peter Laviolette deu nova vida à equipe por um curto espaço de tempo, mas pouco a pouco volta à sua sina de perder mais do que ganhar.

Outro erro cometido: Kevin Weekes tem se mostrado bastante sólido debaixo das traves, e a equipe, quando conta com ele, mantém aproveitamento próximo aos 50%. Já quando o cone Jason Storr entra...

Florida Panthers

Os Panthers são considerados por muitos (inclusive eu) a equipe do futuro. Bem, por enquanto os Panthers não passam disso mesmo. Valeri Bure carrega a equipe ofensivamente junto com Olli Jokinen (que deu uma esfriada), Kristian Huselius (que não parece o mesmo da temporada de calouro) e Viktor Kozlov (que continua o mesmo, com Bure, o outro Bure ou Jokinen). Stephen Weiss começou a mostrar a cara, enquanto Jay Bouwmeester, além de bom defensivamente, vem mostrando seu talento ofensivo com 15 pontos até agora.

No gol vem o grande destaque da equipe: Roberto Luongo. Com uma defesa ainda verde a sua frente, não é raro Luongo encarar de 30 a 40 chutes por jogo. A grande quantidade de chutes ajuda com um número ainda mais significativo: 93,2% de defesas. Se os torcedores dos Panthers esperam o amadurecimento da equipe, Luongo pode servir de exemplo: claramente, é o melhor jogador da equipe.

O ponto fraco foi a demissão de Mike Keenan, treinador com grande experiência no amadurecimento de novas estrelas. A equipe ainda não deve ir aos playoffs nessa temporada, mas na temporada 2004-2005 a não ida da equipe já poderá ser uma decepção. Os treinadores têm que tomar cuidado para a equipe não perder o ponto de amadurecimento e apodrecer.

Tampa Bay Lightning

Bem, nesse aqui eu posso me gabar. Já havia previsto que o Tampa Bay tinha a equipe mais preparada para brigar pelo título da divisão, devido em especial à profundidade, que falta a praticamente todas as outras equipes concorrentes (talvez com exceção dos Panthers). A queda repentina no fim de novembro e início de dezembro prejudicou a equipe, mas ainda assim foram capazes de manter a liderança da divisão, e com jogos de sobra.

Martin St. Louis, como esperado, segue sendo uma peste marcando muitos gols, enquanto Cory Stillman e cia. (todos dos quais eu falei, com exceção do Ruslan Fedotenko) acompanham ofensivamente.

A defesa não é exatamente um paredão, mas Nikolai Khabibulin e John Grahame têm dado conta do recado, levando a equipe a ser a única da divisão com mais gols marcados do que sofridos.

Certamente os Bolts estarão nos playoffs, e como eu esperava, continuo achando difícil a equipe ir mais longe do que isso. Se a equipe terminar realmente como líder da divisão, deve pegar o 6º colocado que, segundo minhas previsões, será o Boston Bruins. Aí sim os Bolts sofrerão realmente o teste para saber se merecem ir mais longe.

Washington Capitals

Outro acerto meu. Os Capitals não fizeram muito mais do que dar decepções e goleadas sofridas para seus torcedores. Tirando Robert Lang, que tenta carregar sozinho o ferrolho ofensivo dos Capitals, pouco, ou nada, se salva.

Até mesmo o goleador perene Peter Bondra parece ter perdido a magia, levando a equipe ao total de 26 derrotas na temporada. No gol, além de Olaf Kolzig não vir correspondendo, nenhum outro goleiro pode substituí-lo para pressionar pela posição.

Na defesa, Sergei Gonchar segue firme, especialmente ofensivamente. Mas, repito, os outros defensores não fazem, juntos, o que Gonchar faz com uma perna. Aí fica difícil.

Resta aos torcedores da equipe torcer muito para que o quadro se reverta. Os prospectos da capital americana até agora não despontaram, e os que poderiam agora aparecer estão em Pittsburgh. Então é rezar para que consigam a 1ª escolha e peguem Alexander Ovechkin. Pode ser a grande saída.

Daniel Rocha lembrou-se de assinar e acha que o placar nos palpites foi acertos 4-2 erros. Só não explica os critérios.
 
Edição atual | Edições anteriores | Sobre The Slot BR | Contato | Envie esta matéria para um amigo
© 2002-04 The Slot BR. Todos os direitos reservados.
É permitida a republicação do conteúdo escrito, desde que citada a fonte.
Página publicada em 14 de janeiro de 2004.