Por
Rafael Roberto
Colorado Avalanche -- Depois de conhecer o céu e o
inferno em menos de três semanas no final da ultima temporada a gerência
do Colorado Avalanche montou um time bem diferente para este ano.
A primeira mudança ocorreu no gol, onde saiu a segurança de Patrick
Roy e irão começar as provas da nova dupla formada por David
Aebischer e Philip Sauve. O primeiro é um veterano de três temporadas
com a grande chance de mostrar que não é apenas um bom reserva, mas
que tem a capacidade de levar um time cheio de estrelas a mais um título
da Copa Stanley.
Caso Abby não jogue o mínimo esperado, Sauve entrará em ação. Mesmo
sem experiência alguma na NHL, Philip possui na bagagem o título de
melhor jogador da AHL da ultima temporada. Porém, se nenhum dos dois
convencerem o gerente geral Pierre Lacroix, ele deverá procurar no mercado
um goleiro mais experiente.
E, numa clara tentativa de diminuir a pressão sobre os inexperientes
goleiros e sobre a defesa, enfraquecida -- mas ainda bem sólida -- com
a saída de Greg DeVries (para o New York Rangers) e Bryan Marchment
(para o Toronto Maple Leafs), Lacroix investiu no ataque juntando novamente
a dupla Paul Kariya e Teemu Selanne, que agora serão centrados por Joe
Sakic.
Somando os três a Peter Forsberg, Milan Hejduk e Alex Tanguay, que formaram
a linha mais quente na segunda metade da temporada passada, o Avalanche
tem como resultado um ataque com dois vencedores do Troféu Hart
(prêmio concedido ao melhor jogador da temporada) e quatro jogadores
que já marcaram 50 gols ou mais numa única temporada.
Para proteger suas estrelas e tentar melhorar o rendimento das outras
duas linhas o Avalanche contratou Peter Worrell, o melhor intimidador
disponível, e Andrei Nikolishin para jogar com Bates Battaglia. Devido
a este super elenco, o Avalanche é um dos maiores favoritos ao título
desta temporada e este favoritismo só não fica tão evidente devido à
grande dúvida sobre a atuação dos goleiros.
Minnesota Wild -- Na ultima temporada o Minnesota Wild
conseguiu chegar muito além do esperado ao se classificar para os playoffs
e eliminar Colorado Avalanche e Vancouver Canucks, depois de estar perdendo
ambas as séries por 3-1.
Foi com um sistema de armadilha na zona neutra e rápida transição para
o ataque que o treinador Jacques Lemaire conseguiu levar o Wild tão
longe na ultima temporada. Jogando defensivamente e esperando os erros
do adversário para contra-atacar.
Mas nesta nova temporada não se deve esperar o mesmo sucesso dessa tática
caso o Wild não renove com Marian Gaborik e Pascal Dupuis. Sem os dois,
somado à perda de Cliff Ronning, o clube perderá um trio que
marcou 67 gols na ultima temporada. Sem eles não há o contra-ataque
rápido necessário para pegar a defesa adversária desprevenida.
A única aquisição de relativo peso foi a de Marc Chouinard, como agente
livre vindo do Anaheim Mighty Ducks, para ter uma maior presença física
na zona neutra.
O ponto forte do Minnesota continua sendo sua consistência, isso porque
cada jogador sabe exatamente qual a sua função no time e não inventa
fazendo o que não sabe. Um exemplo deste jogo simples e eficiente é
Filip Kuba, um defensor forte, difícil de ser batido, e por isso joga
contra as principais linhas adversárias.
Junto com Kuba, a defesa ainda tem Andrei Zuyzin e os mais defensivos
Brad Mombardir e Willie Mitchell. Os quatro terão a missão de proteger
os goleiros Dwayne Roloson e Manny Fernandez, que alternam como titulares
num rodízio que funcionou muito bem na ultima temporada, quando o Wild
teve o melhor percentual de defesa da liga (92,4%).
Sem as estrelas maiores, o ataque do Wild vai depender bastante dos
veteranos Andrew Brunette e Antti Laaksonen, que juntos marcaram 33
gols. Sem as estrelas maiores, o Wild pode não ser tão selvagem como
na ultima temporada. Portanto, cabe ao gerente geral Doug Risebrough
tentar agilizar ao máximo a renovação dos contratos de Gaborik e Dupuis,
pois sem eles o sistema de Lemaire dificilmente funcionará como o esperado.
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Rafael Roberto está muito ansioso para esta nova temporada.
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