Por
Alessander Laurentino
Jogo 1: Blues 6 x 0 Canucks
Após entregar de bandeja o título da Divisão Noroeste
para os Avs, quando precisava de apenas um ponto contra o Los Angeles
Kings na última partida da temporada regular, os Canucks ainda
resolveram entregar, também de bandeja, a primeira partida da
série melhor de sete contra os Blues.
Seguindo a minissérie de colapsos gerais, o time de Vancouver
simplesmente não entrou no gelo na primeira partida no GM Place,
em Vancouver, e, após apenas dois minutos decorridos de jogo,
já perdia a partida por 2-0. A famosa linha de Naslund, Morrison
e Bertuzzi, além de não ter feito nada, ainda entregou
parte dos gols do adversário, com contribuições
de toda a defesa e fartas falhas de Dan Cloutier, resultando no desastre
total que foi a derrota por 6-0.
Com o resultado, ressurgiram as dúvidas se o time seria realmente
capaz de disputar com chances de vencer uma série de playoffs.
Também voltaram a martelar na cabeça dos torcedores as
dúvidas sobre a sempre tão criticada posição
de goleiro titular em Vancouver. Seria Cloutier capaz de levar o time
adiante ou ficaria famoso por amarelar quando realmente importa? E por
onde andaria a produção da linha 1, considerada por muitos
uma das melhores linhas do hóquei atual?
Todas essas perguntas resultaram em uma enorme frustração
para quem se deslocou até o GM Place para acompanhar a abertura
da série contra o time de St. Louis. Os Canucks foram batidos
impiedosamente pelos visitantes, que deram um passeio no gelo.
Nem mesmo o mais pessimista torcedor da Colúmbia Britânica
ou o mais otimista torcedor do Missouri esperaria o que realmente houve
no primeiro jogo. Ao final dos 60 minutos, Alexander Khavanov tinha
marcado dois gols, Pavol Demitra e Chris Pronger tinham conseguido duas
assistências e Chris Osgood marcava um importante shutout pelos
Blues.
Jogo 2: Blues 1 x 2 Canucks
Quem viu a primeira partida não poderia acreditar que o St. Louis
Blues estava jogando contra o mesmo adversário. Dessa vez, apesar
de Naslund e Bertuzzi terem passado em branco, os Canucks conseguieam
vencer uma partida em que estiveram praticamente perfeitos, tendo deixado
escapar o shutout quando faltava menos de um minuto para o final do
jogo. Cloutier teve uma atuação fantástica, sendo,
de longe, o principal diferencial na vitória desse sábado.
Com incríveis defesas durante toda a partida, incluindo algumas
inacreditáveis durante vantagens numéricas a favor dos
Blues, Cloutier se redimiu da partida anterior e teve suas defesas reconhecidas
pela torcida presente no GM Place, que no terceiro período cantou
"Cloutier, Cloutier" em várias oportunidades.
Obviamente, o tranco dado por Bertuzzi em Al MacInnis ainda no começo
do jogo deixou os Blues com um vazio na defesa e debilitado em seu poder
de fogo. Se nem Bertuzzi nem Naslund conseguiram marcar, Trent Klatt
e Ed Jovanovski deixaram suas marcas, zerando uma seqüência
de mais de 160 minutos sem os Canucks marcarem gols. Faltando apenas
54 segundos para o final da partida, Pavol Demitra tirou o shutout de
Dan Cloutier ao marcar o gol solitário do Blues.
Alguns mais críticos alegariam que Osgood comprometeu a partida
a favor do Canucks durante o segundo gol dos donos da festa, mas eu
prefiro dar o crédito à criatividade e ao talento de Jovanovski,
que conseguiu marcar um gol quase sem ângulo.
Com a vitória, os Canucks empataram a série em 1-1, indo
agora para os Estados Unidos, onde o time de Vancouver espera levar
vantagem, por ter um retrospecto favorável durante toda a temporada
regular em jogos fora de casa.
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Alessander Laurentino não aposta, mas espera que os Canucks
faturem a série em 4-2. |
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