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18 de abril de 2003
O que rolou nos primeiros jogos entre Blues e Canucks

Por Alessander Laurentino

Jogo 1: Blues 6 x 0 Canucks
Após entregar de bandeja o título da Divisão Noroeste para os Avs, quando precisava de apenas um ponto contra o Los Angeles Kings na última partida da temporada regular, os Canucks ainda resolveram entregar, também de bandeja, a primeira partida da série melhor de sete contra os Blues.

Seguindo a minissérie de colapsos gerais, o time de Vancouver simplesmente não entrou no gelo na primeira partida no GM Place, em Vancouver, e, após apenas dois minutos decorridos de jogo, já perdia a partida por 2-0. A famosa linha de Naslund, Morrison e Bertuzzi, além de não ter feito nada, ainda entregou parte dos gols do adversário, com contribuições de toda a defesa e fartas falhas de Dan Cloutier, resultando no desastre total que foi a derrota por 6-0.

Com o resultado, ressurgiram as dúvidas se o time seria realmente capaz de disputar com chances de vencer uma série de playoffs. Também voltaram a martelar na cabeça dos torcedores as dúvidas sobre a sempre tão criticada posição de goleiro titular em Vancouver. Seria Cloutier capaz de levar o time adiante ou ficaria famoso por amarelar quando realmente importa? E por onde andaria a produção da linha 1, considerada por muitos uma das melhores linhas do hóquei atual?

Todas essas perguntas resultaram em uma enorme frustração para quem se deslocou até o GM Place para acompanhar a abertura da série contra o time de St. Louis. Os Canucks foram batidos impiedosamente pelos visitantes, que deram um passeio no gelo.

Nem mesmo o mais pessimista torcedor da Colúmbia Britânica ou o mais otimista torcedor do Missouri esperaria o que realmente houve no primeiro jogo. Ao final dos 60 minutos, Alexander Khavanov tinha marcado dois gols, Pavol Demitra e Chris Pronger tinham conseguido duas assistências e Chris Osgood marcava um importante shutout pelos Blues.

Jogo 2: Blues 1 x 2 Canucks
Quem viu a primeira partida não poderia acreditar que o St. Louis Blues estava jogando contra o mesmo adversário. Dessa vez, apesar de Naslund e Bertuzzi terem passado em branco, os Canucks conseguieam vencer uma partida em que estiveram praticamente perfeitos, tendo deixado escapar o shutout quando faltava menos de um minuto para o final do jogo. Cloutier teve uma atuação fantástica, sendo, de longe, o principal diferencial na vitória desse sábado. Com incríveis defesas durante toda a partida, incluindo algumas inacreditáveis durante vantagens numéricas a favor dos Blues, Cloutier se redimiu da partida anterior e teve suas defesas reconhecidas pela torcida presente no GM Place, que no terceiro período cantou "Cloutier, Cloutier" em várias oportunidades.

Obviamente, o tranco dado por Bertuzzi em Al MacInnis ainda no começo do jogo deixou os Blues com um vazio na defesa e debilitado em seu poder de fogo. Se nem Bertuzzi nem Naslund conseguiram marcar, Trent Klatt e Ed Jovanovski deixaram suas marcas, zerando uma seqüência de mais de 160 minutos sem os Canucks marcarem gols. Faltando apenas 54 segundos para o final da partida, Pavol Demitra tirou o shutout de Dan Cloutier ao marcar o gol solitário do Blues.

Alguns mais críticos alegariam que Osgood comprometeu a partida a favor do Canucks durante o segundo gol dos donos da festa, mas eu prefiro dar o crédito à criatividade e ao talento de Jovanovski, que conseguiu marcar um gol quase sem ângulo.

Com a vitória, os Canucks empataram a série em 1-1, indo agora para os Estados Unidos, onde o time de Vancouver espera levar vantagem, por ter um retrospecto favorável durante toda a temporada regular em jogos fora de casa.

Alessander Laurentino não aposta, mas espera que os Canucks faturem a série em 4-2.
 
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Página publicada em 16 de abril de 2003.