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4 de junho de 2004
Filantropia Slot BR

Por Jacy Borreaux

A turma da sua Slot BR reuniu-se em São Paulo para uma partida de hóquei in-line, como confraternização de fim de temporada, talvez a última em alguns anos. O que dá para se afirmar? Se, por um lado, nós somos péssimos colunistas de hóquei, como jogadores somos piores ainda.

Aproveitamos nossa crescente fama e resolvemos cobrar como ingresso 1 kg de alimento não-perecível. Vê se os bastardos daquele pasquim conhecido como Folha de S. Paulo, que entrevistaram o Binho Regehr e roubaram boa parte de nossos 20 leitores, se preocupam com o social? Claro que não!

Mas nós, sim, estimados leitores. Tínhamos a intenção de doar tudo para o Fome Zero. Até os colunistas ajudaram. Fabiano Pereira levou cerca de 20 kg de guloseimas. Pena que comeu tudo sozinho. Um outro, que não vou dizer quem é, fez pior. Comeu tudo que os outros levaram. Levei um litro de tequila José Cuervo, para consumo próprio. Afinal, se o presidente pode trabalhar na manguaça, por que não eu?

O jogo atrasou 20 minutos, porque um maluco apareceu com a Playboy da Juliana Paes, e, como ninguém na Slot é rico pra pagar R$ 10,90 por uma revista, aproveitamos a oportunidade única para vermos a moça pelada.

Fomos colocar a parafernália que se exige em um jogador de hóquei. Surpreendi-me: a maioria da equipe da Slot consegue ficar em pé em cima dos patins! Agora só resta aprender a patinar para trás, frear, passar o disco e chutar a gol. Mas uma coisa de cada vez. Até a edição 23.768 da Slot, já estaremos jogando decentemente.

Separarmos o time por nível de ruindade. Os péssimos de um lado, os piores do outro. Como no futebol, os mais gordos foram para o gol. Como a máscara de goleiro de hóquei é cara, eles usaram máscaras do Darth Vader para proteção.

Nem precisaram. Ao final da partida, foram cerca de 43 tentativas de tiro a gol. Eu disse tentativas. Alguns dos disparos sequer chegaram ao gol. Outros passavam a dez metros do real alvo. Como estava tão difícil marcar um mísero gol, retiramos os goleiros.

Os torcedores dos Pens na equipe da Slot usavam orgulhosamente a camisa de Mario Lemieux. Quanta blasfêmia. Super Mario não jogaria tão mal nem mesmo após beber 22 potes de Yakult. Nosso editor-chefe-ditador Alexandre Giesbrecht não foi tão mal, pois já jogou hóquei tradicional na Portuguesa.

Outro que já sabia jogar era Daniel Rocha, mas ele foi punido, justamente por ser bom jogador. Virou o juiz. Já Rafael Roberto e Cláudio Aguiar mostraram que não é só de Robin Regehrs que vive o estado de Pernambuco. Deu pena.

Aguiar, por exemplo: no primeiro lance dele na partida, foi logo se exibir e deu duplo spin counter-clockwise, seguido de um salto vertical. Não preciso nem dizer que foi o primeiro abandonar o jogo com alguma parte do corpo quebrada.

Marco Aurelio Lopes, Bruno Bernardo e Thomaz Alexandre formaram uma linha totalmente Penguins. Foi digna do que o time deles é atualmente, uma piada. Marco caiu tanto, ganhou tantos hematomas roxos pelo corpo, que parecia um dos Teletubbies (acho que o Winky) ao término da partida.

Para combater essa linha, foi montada a grind line, dos Red Wings! Marcelo Constantino centrou a linha de Humberto Fernandes, que ficou na direita, e Eduardo Costa, que caiu mais pela esquerda. Caiu também para trás, para frente, caiu para tudo que foi lado, mal conseguiu ficar em pé. Pelo menos Eduardo honrou o apelido de intimidador da Slot. Quebrou geral. Seus dentes frontais, por exemplo.

O único representante dos Isles do grupo, J.J. MecWhalers, ficou isolado na frente. Na frente do bar do clube. Só apareceu para marcar o gol da vitória a favor do time dos Péssimos, formado por mim, Constantino (capitão), Fernandes, Eduardo, Mec e Laurentino.

O time dos Piores (composto por Thomaz, Bruno, Marco, Giesbrecht, Cláudio Aguiar, Fabiano e Rafael Roberto) reclamou que Mec estava na banheira. Mas o juiz Daniel Rocha ignorou o impedimento, principalmente porque o compramos antes da partida, em troca de uma caixa de Skol.

Revolucionamos o conceito de jogar mal. Stevie Wonder e Ray Charles ficariam felizes se estivessem presentes. Minhas palavras finais sobre o jogo? Bem, digo que Israel, ao invés de tentar dizimar a população civil palestina, deveria mirar seus mísseis para o time de hóquei in-line da Slot e mandar bala. Nós, sim, somos dignos de uma explosão nuclear!

Jacy Borreaux sempre vibra com os solos de "chaleira" do poli-instrumentista Hermeto Pascoal.

 

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Página publicada em 2 de junho de 2004.